quarta-feira, 28 de agosto de 2019


ACEITAR O DIFERENTE
José Vanin Martins – Agosto 2019

            Aceitar o diferente é muito mais que tolerar o diferente. Como fico feliz quando o diferente me aceita do jeito que eu sou sem querer conquistar-me para o seu modo de ser, pensar e escolher.
            Confesso que mesmo sabendo de tudo isto eu tenho dificuldades em aceitar o diferente. A teoria é uma e a minha prática muitas vezes é outra. É a partir desta minha vivência que quero expressar a minha admiração.
            Admiro pessoas que na teoria e na prática aceitam o ecumenismo e o pluralismo. Aceitam e respeitam pessoas de todos os credos e espiritualidades diferentes. Tive dificuldades em aceitar a escolha de minha esposa quando se tornou  evangélica e evangélica praticante dentro da sua igreja. Como fico feliz quando pessoa de outros credos me convida para colaborar com alguma reflexão ou algum trabalho na Igreja deles.
            Admiro pessoas de escolhas políticas partidárias diferentes, que defendem seu candidato e suas ideias, respeitando os outros candidatos e seus seguidores. Fogem de todo sectarismo, xingamentos, boatos, humor negro e hostilidades. 
            Admiro pessoas que na área esportiva defendem seus clubes, torcem por eles e se alegram com suas vitórias. Fazem comemorações, soltam rojões e se reúnem para celebrarem. Não desmerecem o adversário, porque sabem que o adversário quanto mais talentoso reforça mais ainda o brilho da vitória. Elas sabem dar as mãos, conviver com o adversário sem gozação ou hostilidade alguma.
            Admiro pessoas que sabem respeitar, admirar e amar o outro sem levar em conta o sexo, a classe social, a nacionalidade, o lugar de origem, a escolaridade, a profissão, a religião, a escolha política, o clube esportivo, o modo de se vestir,... A escolha é pela pessoa e não pelos complementos externos.
            A beleza está na variedade de cores, perfumes, tamanhos, espécies, brilho,... Como seria chato, insosso se todos fossem iguais.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019


FÉ E CIDADANIA – 02  TEMPO DOS REIS   José Vanin Martins   
01-  POR QUE O POVO QUIS UM REI?

Antes de entrar no sistema da monarquia é bom perceber como se deu esta transição.
Houve vários motivos para o povo judeu, dividido em doze tribos e cada uma, na posse da própria terra, querer mudar o sistema de organização tribal, deixada por Moisés.
Um primeiro motivo era a corrupção dos próprios sacerdotes. Os filhos de ELI, antecessor de SAMUEL eram sacerdotes corruptos (1Sam 2,11-17.22-25).
O segundo motivo,  a corrupção dos Juízes, incluindo os filhos de Samuel, Joel e Abias (1Sam 8,1-6).
O terceiro motivo o desejo do progresso. Também queriam, como os filisteus, terem bois para o campo e o domínio sobre o ferro para fazerem ferramentas de trabalho (1Sam 13,19-22).
Vejo aqui, como o povo de Deus ontem, e ainda hoje, o povo brasileiro busca por uma nova forma de governo. Estão insatisfeitos e inseguros com a corrupção que acontece tanto no meio religioso como nos direitos que lhe cabe por justiça.
O povo vive a experiência de abandono das autoridades.  Não há mais justiça nesta terra, especialmente para os idosos e empobrecidos. Até líderes religiosos e juízes são corruptos.
Os jovens querem trabalhar e terem acesso pela educação no domínio da nova tecnologia.
A bíblia mostra a situação, aponta onde está o descontentamento e decepção do povo e apresenta o novo caminho e as novas aspirações. Mudar é preciso. Os critérios para esta mudança devem incluir a vontade, o projeto que Deus tem para esta terra. No PAI NOSSO continuamos insistindo VENHA A NÓS O VOSSO REINO.
Quando deixa de existir a denúncia verdadeira e até os religiosos e juízes se corrompem pela ganância poderá dar certo a mudança?  É o que veremos.

terça-feira, 13 de agosto de 2019


Querido filho PAULO HENRIQUE, hoje você completa 38 anos. Fui buscar no BAÚ DAS RECORDAÇÕES, aquilo que escrevi para você CINCO MESES antes de você nascer.
FELIZ ANIVERSÁRIO.

PARA AQUELE QUE VAI CHEGAR
PAULO HENRIQUE  ABRIL-1981

Você será o terceiro (a)
Antes mesmo de o (a) conceber,
Foi a sua chegada,
Pensada e planejada
Para ser em AGOSTO.

Assim,
A mamãe terá o gosto
De mais tempo ficar com você:
Primeiro será a licença,
Depois serão as férias
E assim,
Por seis meses
A mamãe espera
Poder curtir aquele (a)
Que será o coroamento
Dos filhos amados,
Porque será o último rebento,
Por nós desejado.

Você encontrará
O TIAGO JOSÉ E A LÍGIA MARIA;
Dois irmãozinhos
Que lhe farão muita festa
Na medida em que você crescer.
Ainda você terá
A titia GISA
Que como Anjo da Guarda
Vai cuidar também de você.

Assim, filho (a) amado (a),
Desde novo gerado (a)
Já anunciamos para todos,
Este grande presente
Que Deus nos permitiu gerar
Para ao mundo oferecer
Como nova força, vida-se mente,
Com a nossa mesma tarefa
De este mundo transformar
Numa grande família,
Onde a igualdade balada no amor
Fruto da justiça,
Reinará para sempre.



O CAPÍTULO SEGUINTE
10- OS QUE CONSEGUEM ADMINISTRAR  (1)
José Vanin Martins – Julho 2019

                Hoje a realidade que encontro no Amor Exigente é bem diferente de 23 anos atrás. Permanecem no movimento e chegam ao movimento muitos pais com os filhos na casa dos 40 anos mais ou menos. Antes a maioria dos pais que chegava, seus filhos eram adolescentes ou jovens.  
            Hoje vivemos diferentes situações, de filhos que na faixa dos quarenta, ainda usam a droga e convivem na casa dos pais ou estão fora da casa dos pais, casados ou não, mas que dependem financeiramente dos pais.  Vou expor algumas:
1.      Filhos usuários que com o uso continuo “sob controle” da maconha desenvolveram também o transtorno da esquizofrenia. Sem terminarem os estudos, sem preparo para o trabalho, vivem na casa dos pais em contínua ociosidade.
2.      Filhos usuários, que depois de muitos casamentos, tendo um filho com cada mulher e não ficando com nenhuma, com dificuldades na profissão, voltaram para dentro da casa dos pais e continuam o uso “sob controle”.
3.      Filhos usuários, que com o uso continuo de uma ou mais droga ilícita, somada ao uso da bebida, já tiveram filhos e não assumiram; os avós que criam. Hoje vivem às custas dos pais em outra união conjugal, sempre com comportamentos disfuncionais de agressividade e depressões.
4.      Filhos usuários, que com o uso sob controle da maconha e bebida, casaram, tiveram filhos, conseguiram se formar, sempre com dificuldades na profissão e no sustento da família vivem dependendo da ajuda da família dos pais. No lar dificuldades de relacionamentos.
5.      Filhos usuários,  “sob controle”, conseguiram se formar, já tiveram trabalho com carteira registrada; já passaram o susto de terem provocado uma falsa gravides, hoje vivem na casa dos pais, sem nenhuma perspectiva.
6.      Filhos usuários, “sob controle” morando na casa dos pais, faz algum trabalho profissional, de tempo em tempo, para ter seu “dinheirinho”.  Se sujeita, temporariamente às regras da casa, depois “apronta”... é mandado embora de casa. Fica fora por algum tempo, na necessidade faz promessas de mudança; é aceito de volta e tudo se repete.
7.      Filhos usuários, que trazem consigo outros transtornos mentais. Em casa, seus comportamentos agressivos, colocam em risco a própria família que por necessidade se sentem na obrigação de interna-los. Vão para a clínica, melhoram, recebem a alta, e voltando repetem os comportamentos inadequados.
8.      Filhos usuários, “sob controle”,  com mais transtornos conseguem se formar num curso superior, passam em concursos públicos,  tomam posse e trabalham; outros conseguem o exercício de uma profissão.  Fazem bons casamentos e tem filhos. Todos continuam com seus comportamentos inadequados, passam por muitas crises emocionais, financeiras e de relacionamentos. Os pais vivem a temer o que possa acontecer de pior.  É como viver em cima de uma corda bamba, ou em cima de um terreno minado. Até quando?!
Assim as situações vão se multiplicando. Quanto mais avançam em idade, mais arredios ficam à qualquer tratamento. Como será o capítulo seguinte?

BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675
BLOGGER: vaninmartins.blogspot.com.br


O CAPÍTULO SEGUINTE
9- FOI MAIS UM ACIDENTE
José Vanin Martins – Julho 2019

            O casal vivia em constante desavença. Tinha dois filhos. Morava num barraco, dentro do próprio terreno onde morava a mãe de sua esposa. A bebida corria solta, especialmente nos finais de semana..., mas o único considerado errado era o genro que além de beber, era chamado de “drogado”. Fumava maconha.
            Isac era fruto de um primeiro casamento. Eva, sua mãe, tentava ajuda-lo, principalmente para não ver os netos passando necessidades, porém, sempre encontrava obstáculo por parte de seu segundo marido.  
            Isac não tinha “sorte” nos empregos e sempre vivia necessitado. Perdeu mais ainda sua autoestima, e entrou em depressão. Depois de ter usado a sua droga de preferência saiu de moto, foi para a BR e entrou na rabeira de uma carreta que sem perceber o acontecido o arrastou por uns 100 metros.
            Tenho conhecimento de mais dois dependentes que tiveram o acidente do veículo como causa de suas mortes trágicas..., e muitos outros tiveram o mesmo fim.
            Sabemos, porque tudo isto acontece, mas ainda não sabemos como amar e exigir do dependente químico uma atitude que o leve buscar o tratamento.
O capítulo seguinte poderá ser a internação involuntária, internação esta, que a maioria dos pais não consegue, por falta de recursos. A solução só chega quando o dependente encontrar motivação suficiente para querer uma mudança de vida. Para tanto precisa de um acompanhamento psicológico, de tratamento medicinal, quando for preciso, da espiritualidade e de novos relacionamentos saudáveis, onde exista o amor verdadeiro, o respeito e a transparência... e, ele se nega a tudo isto.

BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675
BLOGGER: vaninmartins.blogspot.com.br


segunda-feira, 12 de agosto de 2019


INQUIETAÇÕES E LEMBRANÇAS
José Vanin Martins – Agosto 2019
3- Minha primeira nomeação
Fui nomeado padre coadjutor de meu irmão que já tinha 13 anos como padre. Ele era o vigário, dinâmico e também muito querido. Imaginem dois padres irmãos tomando conta da mesma paróquia. Ele me deu todo apoio para inovar e trabalhar.
A Igreja tinha sido recentemente construída. Uma verdadeira obra de arte. Era grande em forma de uma cruz quadrada. Cabem 1.500 pessoas sentadas. O altar era “cristocêntrico”, bem no meio da Igreja. Sua construção demorou apenas três anos; um recorde; desmentiu o “disse que disse” que os padres nunca terminam logo a construção da Igreja, para terem sempre como pegar o dinheiro do povo.
  Tornei-me um artista, ou evangelista para dar conta de proclamar o evangelho para tanta gente. Como conseguir atenção das pessoas sentadas nos quatro lados da Igreja!  Talvez também tenha perdido um pouco da minha voz. Naquela época ninguém falava de “fonoaudiólogo”.
Já tentei inovar desde o começo. Mesmo, em meio a uma Igreja tão grande e, o mesmo nas capelas, Igrejas pequenas, tentava envolver as pessoas, questionando e dando lhes vez e voz na hora do “sermão”. Participação era a palavra chave. Nada do padre ser o “dono” do evangelho. Acreditassem e compreendessem a proposta de Jesus e nada de acreditar na palavra do “padre”. Era, sou e sempre procurarei ser um servidor da Palavra de Jesus. Estava tudo  no começo.
             
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675



sexta-feira, 9 de agosto de 2019


INQUIETAÇÕES E LEMBRANÇAS
José Vanin Martins – Agosto 2019

1-      AS DUAS MANEIRAS DE SER PADRE
A)     À maneira antiga
Quando me ordenei, embora o CONCÍLIO já estivesse no seu final, aprendi ser padre ainda na maneira antiga, mas com alguma tintura de uma nova igreja, isto em janeiro de 1.966. Já completei 50 anos de padre, bodas de ouro. Não teve as festividades normais para um padre celibatário. Foi só na solidão dos pensamentos e recordações.
Ainda ordenei-me padre com uma missão: LEVAR TODAS AS ALMAS PARA O CÉU. Como foi prazeroso este trabalho no começo de minha vida. Havia muita gratificação. Era não só respeitado, mas até venerado, elogiado, paparicado...  ainda mais, “moderno”. Sempre gostei de me vestir como todas as pessoas se vestem. Já comecei ser padre sem precisar usar a batina. Eram os ventos do concílio soprando para arejar as velhas estruturas.
No evangelho Jesus me ensinou: “8 Quanto a vocês, nunca se deixem chamar mestre, pois um só é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. 9 Na terra, não chamem a ninguém Pai, pois um só é o Pai de vocês, aquele que está no céu. 10 Não deixem que os outros chamem vocês líderes, pois um só é o Líder de vocês: o Messias. 11 Pelo contrário, o maior de vocês deve ser aquele que serve a vocês. 12 Quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado Mt 23,8-12 
Pedia que me chamassem simplesmente de Vanin, e nada mais, nada de padre ou reverendo ou pastor. Simplesmente Vanin... e, assim eles me chamavam. Minha missão era de serviço para levar todos para o céu.
             
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675



quinta-feira, 8 de agosto de 2019


PAI, BÊNÇÃO DADA
José Vanin Martins – Agosto 2019

Já na obra da criação,
DEUS QUE É PAI,
Logo nos pais pensou,
Revestiu-os de autoridade,
Quer que sejam honrados pelos filhos,
Assim, tudo começou.

As bênçãos que o PAI oferece,
É de PAI para os pais,
Bênçãos de longevidade,
Garantida por mandamento,
É o caminho da paz,
Para quem busca a felicidade.

Filhos que se rebelam,
Seja na idade que for,
Afrontam a autoridade do pai,
Tiram-lhe toda honra,
Querem levar a própria vida,
Vida que receberam do pai.

Filhos que obedecem aos pais,
Constroem em paz o futuro,
Recebem bênçãos sobre bênçãos,
Que transbordam para seus filhos,
Trazem harmonia para a sociedade,
Fazendo  A VONTADE DO PAI.

De JESUS, o filho, aprendemos.
Ele sempre fez a vontade do PAI.
Do PAI ouviu
O melhor de todos os elogios:
“Tu és o meu Filho amado!
Em ti encontro o meu agrado”.

DIA DOS PAIS,
Motivação não falte,
Os pais aguardam com esperança,
Dos filhos, em todas as idades,
A OBEDIÊNCIA, o melhor presente,
Para os pais, O MELHOR AGRADO.


NÓS NOS OMITIMOS
José Vanin Martins – Agosto 2019

            Nós nos omitimos e procuramos mil justificativas. Nós nos omitimos de ser cristãos. Nós nos contentamos em ir à Igreja, participar do culto, da missa e às vezes até do pagamento do dízimo. O que mais Deus poderia querer?
            Nós nos omitimos em conhecer a história do Povo de Deus. Às vezes até chegamos ler a Bíblia e ficamos contentes em dizer que a Bíblia explica a própria Bíblia. Em grande parte das Igrejas, no serviço da Palavra, continuam proclamar a Palavra com aplicações ora personalistas, ora espiritualistas, ora psicológicas, ora moralistas e continuam omitindo como se deu a verdadeira caminhada de um povo rebelde, de cabeça dura, ambicioso, invejoso... que quis por Deus á seu serviço e dificilmente colocar-se à serviço de Deus.
            Nós nos omitimos ou nos impuseram desconhecer até a história verdadeira de nosso País. Sofremos e sentimos na pele a dificuldade de viver com o suor do trabalho.  Sabemos que fomos “civilizados”  por Portugal, Espanha, Holanda, interessados na exploração de nossas riquezas. O custo da exploração envolveu a escravidão e sempre a exclusão do próprio trabalhador brasileiro nativo,  os índios e negros, da riqueza, fruto de seu próprio trabalho. Depois vieram os ingleses, americanos.
            Da Europa, do Japão vieram os “expatriados”  pela fome, fruto da ambição do capital ameaçador que dominou o mundo. No caminhar da carruagem, Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos, com ambição de maiores riquezas impuseram o domínio, a velocidade, ferocidade no controle do mundo. Não deu nem tempo de nos tornarmos brasileiros, donos do nosso próprio nariz. Sempre subservientes ao capital estrangeiro.
            O DEUS DA HISTÓRIA é contra toda e qualquer escravidão RELIGIOSA OU POLÍTICA. Com a história de seu povo, com as lições dadas quer nos ensinar o verdadeiro caminho da liberdade. Com a vinda de JESUS continua válida esta VONTADE: “Jesus encontrou a passagem onde está escrito: 18 «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, 19 e para proclamar um ano de graça do Senhor.» 20 Em seguida Jesus fechou o livro, o entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21 Então Jesus começou a dizer-lhes: «Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir Lc 4,18-21.»”
            NÓS NOS OMITIMOS OU NOS OMITEM A COMPREENSÃO  DESTA MENSAGEM.  À QUEM CABERIA PROCLAMAR ESTA BOA NOTÍCIA?  

 “BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO”
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675

terça-feira, 6 de agosto de 2019


INQUIETAÇÕES E LEMBRANÇAS
José Vanin Martins – Agosto 2019

1-      COMEÇO DE CONVERSA
            Acordei às 02:30hs. Quem me acordou foram os pensamentos que já estavam querendo conversar comigo. Numa outra visão de muitos evangélicos, foi o ESPIRITO SANTO quem me acordou com a ordem de que escrevesse a história de minha vida.
            São dias que venho pensando e relutando. Esta dinâmica trouxe-me um pouco de depressão. Já estou “medicado”. Um pouco depressivo ou mais reflexivo? Na reunião do grupo de Amor-Exigente, alguém me perguntou: você não gostaria de escrever um livro?  Gostar até que gostaria, porém sempre tive medo e me achei incompetente.
            Foi neste estado de espírito que acordei. Tenho tanta coisa para dizer que estão “entaladas”. Estou criando coragem e vou tentar escrever. De certa maneira quando comecei escrever a série, LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS, ESPERANÇAS E MUDANÇAS já estaria escrevendo, em forma de contos um pouco de tudo que me aconteceu. Vou continuar aquela série, mas vou dar um salto no tempo e vou contar escrevendo a minha vida de padre celibatário e a minha vida de padre casado. Vou escrever, como um grito, um protesto, um jeito de falar sobre a maneira de como estamos vivendo o cristianismo nos dias de hoje. Ser CRISTÃO é muito mais. Não cabe dentro das estruturas religiosas que buscam “dominar”, “controlar” Deus e seus fiéis. Fazem o BEM, pior seria se não existissem?
            No meu primeiro ano de padre fui visitar um padre mais velho e famoso pela maneira que conduzia sua paróquia. Ele me aconselhou: “Vania  escreva tudo o que você vai fazer e falar. Isto poderá servir também para os outros e se não servir, eles mesmos ou você um dia jogará fora. Tenho muita coisa escrita, agora é a hora de aproveitar alguma coisa e jogar o resto fora.
            Vou escrevendo e já me expondo. Vou tentar escrever os resumos da mente que continuam me indagando. Pode ser que mais tarde, provocado por alguém, volte acrescentar alguns detalhes.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019


SONHAR É PRECISO
José Vanin Martins – Agosto 2019

            Pode ser desilusão! Sonhei alto demais, mas não quero que seja desesperança. O amanhã poderá ser melhor ainda e será. Muitos da minha geração estão chegando ou passando a casa dos 80. Os nascidos na década dos quarenta, quando nasci, segundo o estudo, a expectativa de vida do brasileiro, aumentou 30,5 anos. Quando a maioria deveria ter morrido lá pelos 47-50 anos, houve o milagre da melhoria das condições de vida e estamos/estou atingindo os 80 anos.
            Foi um milagre. A dedicação tanto da ciência, como dos trabalhadores, dos movimentos populares e de muitas pessoas, por motivos de fé ou não, mas guiados pela estrela do amor, conquistaram esta longevidade.  Fizemos a nossa parte; sonhamos, tivemos visões, lutamos, muitos morreram e contribuímos para que uma nova humanidade ressurgisse.
            Vimos acabarem as guerras mundiais, caírem regimes totalitários, caírem muros e ditaduras,  militares ou não... Agora, sorrateiramente, vemos crescer como praga, a ambição pelo poder e pelo ter em detrimento da distribuição de renda, da humanização e direitos humanos.  
            Nascem e crescem novas formas religiosas que enclausuram Deus e o povo nos templos, anestesiando com a promessa da vida eterna. Esquecem que Jesus dos empobrecidos e oprimidos quer aqui e agora, A VIDA EM ABUNDÂNCIA para  todos.
            Cabe à nova geração, que nasceu a partir da década dos 80, descobrir e criar novas maneiras de espiritualidade e luta, para que esta nova geração atinja 130 anos de vida. Só a amorização alcançará a humanização.
            Abracem esta causa. Não temam ficarem embriagados da nova esperança, descubram nova visão da fé e da política, proclamem novos tempos e nós idosos, continuaremos com nossos sonhos Atos 2,17.
               
BRASA QUE NTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675
BLOGGER: vaninmartins.blogspot.com.br