segunda-feira, 29 de março de 2021

7- TEOLOGIA, O ESTUDO PARA SER PADRE -2

 

7-   TEOLOGIA, O ESTUDO PARA SER PADRE.    2    29/03/2021

            Já fazem anos... muita coisa deve ter mudado. Para ser padre, naquele tempo, tinha uma escada com degraus; 1º. OSTIARIATO, era uma celebração, onde era conferido o “poder” de abrir e fechar as portas da Igreja para os fiéis; 2º LEITORATO, “poder” de ler os textos bíblicos da celebração da missa; 3º EXORCISTATO, o bispo indica os três “poderes” de expulsar os demônios, de mandar sair da igreja os não-comungantes e de ministrar a água nas santas funções; 4º ACOLITATO, “poder” especial para ajudar na Missa e se aproximar do altar. Esses quatro degraus eram chamados de" ORDENS MENORES.

            Há mais três degraus. 5º SUBDIACONATO, é a primeira das ordens maiores, a Igreja confere o “poder" de servir ao diácono na missa solene, de cantar a epístola.... 6º DIACONATO, é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. O diácono deixa sua condição de leigo e passa a fazer parte do “poder” do clero. (Ps., hoje a Igreja criou o diaconato permanente para os leigos, sem lhes dar o poder de participarem da hierarquia). O penúltimo degrau é o PRESBITERATO, quando o seminarista é ordenado para ser PADRE e recebe o “poder” de celebrar a missa, ministrar os sacramentos e ter todo “poder” sobre os leigos, dentro da paróquia; acima dele só existe o EPISCOPATO: ser bispo (que tem o “poder” sobre todos os padres. E o PAPA? Ele tem o “poder” sobre todos os bispos; na teoria, qualquer leigo pode ser escolhido para ser Papa; na prática não acontece.

            Subi um a um, os seis degraus para chegar no sétimo, o presbiterato. Enquanto subia a escada “dos poderes”, ia acontecendo o estudo das matérias da teologia: 1. Teologia Fundamental; 2. Teologia Dogmática; 3. Teologia Moral; 4. História Eclesiástica; 5. História Eclesiástica do Brasil; 6. Direito Canônico; 7. Direito Público; 8. Introdução Sagrada Escritura; 9. Liturgia; 10. Teologia Ascética e Mística; 11. Sagrada Escritura e 12. Ação Católica. Na minha avaliação faltou aula de oratória (impostação de voz...), já que a principal ferramenta de trabalho da pastoral é a pregação.

            No Seminário Maior, a disciplina (horários e estudos) era a mesma da filosofia e do seminário menor, bem como a espiritualidade, mais “religiosidade”, meditação, reza do terço, missa diária em latim, e um pequeno estágio pastoral, nos fins de semana, a partir do quarto ano, em alguma paróquia, e com o acréscimo de toda essa bagagem de conhecimentos, estava apto para ter todo o “poder” e ser “ordenado padre”.

            Seria uma caricatura, um exagero esse modo de ver ou tem algo com os fatos atuais?

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quarta-feira, 24 de março de 2021

TEOLOGIA, O ESTUDO PARA SER PADRE

 

LEMBRANÇAS E REFLEXÕES José Vanin Martins – 

6-   TEOLOGIA, O ESTUDO PARA SER PADRE.     23/03/2021

            Terminada a filosofia fui cursar a Teologia no Seminário da Imaculada Conceição no bairro Ipiranga-São Paulo. Lá era obrigatório o uso da batina preta para todos. Teologia= “ciência ou estudo que se ocupa de Deus, de sua natureza e seus atributos e de suas relações com o homem e com o universo”. “É um estudo científico da relação entre homem e religião, além do seu impacto na sociedade como um todo”.

            Pio XII, ficou papa por dezenove anos. A lembrança que me foi dada é que o PAPA era a presença de Deus aqui na terra e sua autoridade e verdades eram absolutas. Foi o último dos papas a proclamar um dogma: o da Assunção de Maria. A igreja estava tão estática que até parecia “empoeirada”. JOÃO XXIII, (1.958-1963) sucedeu Pio XII, acenando para a necessidade de uma transformação na Igreja. Que transformação seria essa? Com ousada alegria e esperança ele anuncia a “inimaginável” convocação do CONCILIO VATICANO II, iniciado em 1962, em seu pontificado e encerrado em 1964, já com PAULO VI (1963-1978) que governou a Igreja por 15 anos.

Cursei a Teologia (1962-1965) durante a realização do Concílio e parte, durante a ditadura;(1964-1985) de que lado estava a igreja?! No seminário tinha duas opções: fazer a faculdade de teologia ou apenas o “seminário”; procurei pela diferença: Na faculdade as aulas e as provas eram em latim e no seminário as aulas eram em português e só as provas em latim, e o conteúdo era o mesmo; como tenho dificuldades em “línguas” preferi o seminário.

A Igreja estava em transformação, abrindo as janelas e as portas para o mundo. No Seminário acontecia a insegurança entre ficar o que era ou caminhar para o novo! A minha turma, 1º ano, foi a primeira que se arriscou fazer as provas em português; foi um reboliço...mas não fomos reprovados e o costume se consolidou; o latim foi abolido das provas e no concílio das missas.

            Nós alunos acompanhávamos com alegria e esperança tudo de novo que era estudado e anunciado no Concílio; os superiores com “sagrada prudência”, pareciam estar com medo das mudanças e punham o freio necessário e o argumento fundamental era: “estão estudando, e se foi aprovado, ainda não foi proclamado”. Havia duas alas bem distintas os que eram a favor do concílio e os que estavam com medo do que poderia acontecer e a dúvida entre a ditadura e a “ameaça” do comunismo.

            A Igreja de São Paulo era governada por Dom Agnelo Rossi (1957-1966) que tinha a mesma postura de Pio XII; para a felicidade da igreja, o seu auxiliar era o Bispo Arns que se tornou seu sucessor (1970-1998) que se identificava com o pensamento de João XXIII.

            Foi nesse clima de medo, esperança e transição que fui estudando, ainda sobre o peso da visão do passado que permanecia no presente; tínhamos que esperar o final do Concílio para saber como tudo ficaria, segundo os superiores. Foi nesse tempo, com tantos acontecimentos que fiz a teologia.

 

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segunda-feira, 22 de março de 2021

JESUS ESCOLHE SEUS AMIGOS - 1

JESUS QUE EU CONHEÇO

4-     JESUS ESCOLHE SEUS AMIGOS  -1

José Vanin Martins – Março- 2021

                        No meu imaginário, Jesus, como seu pai José e mãe Maria eram bem conhecidos, tanto pela responsabilidade e capricho no exercício da profissão de carpinteiro, como também pela assiduidade com que ia todos os sábados na sinagoga (casa de oração) e mais ainda pela facilidade que tinham de se comunicarem e servirem pessoas da comunidade em suas necessidades.

            Foi nessa sinagoga (casa de oração), que Jesus revela sua nova missão. Escolhe como leitura a passagem de Isaias 61,1-2 “«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor». E diz que a partir daquele dia, essa profecia iria acontecer. 

O primeiro cuidado de Jesus foi escolher um grupo de companheiros e dividir com eles todo trabalho que iria fazer. No meu imaginário, acredito que Jesus já tinha conversado com Pedro e muitas outras pessoas, sobre a situação de sofrimento em que viviam e isso era preciso mudar. O que Jesus falou na sinagoga, logo chegou ao ouvido do povo. Depois, num “certo dia”, quando ele estava na praia do lago de Genesaré, vendo que tinha muita gente querendo ouvir dele, a Palavra de Deus, pediu para Pedro deixar que falasse com o povo dentro de sua barca,    

Pedro, deixou de imediato, já que aquele dia não estava bom para peixe. A surpresa de Pedro foi quando Jesus pediu para irem novamente pescar, onde o lago é mais fundo. Deu tanto peixe que o dia “estava salvo”, teriam peixe para comer e vender.  Pedro, André, Tiago e João, ficaram todos assustados e, é por essa ocasião que são escolhidos seus quatro primeiros companheiros. Jesus disse: “venham comigo, que eu ensinarei a vocês pescarem gente.

 Curiosidade:  Lucas narra que a cura da sogra de Pedro aconteceu antes da pescaria; (Lc 4,38-39) Mateus e Marcos narram que a cura aconteceu, logo depois da pescaria (Mt 8 14-15; Mc 1 29-31) Prefiro a narração de Lucas que ajuda explicar melhor a confiança que os quatro tiveram em Jesus; a cura da sogra de Pedro e as demais curas já era do conhecimento de todos.

FICO A PENSAR:

1.     Como Jesus deu valor ao trabalho profissional e a vida em família.

2.     Nos critérios que Jesus usou para escolher seus companheiros.

3.     Como Jesus com sua prática nos ensinou praticar a profecia de Isaias.

 

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sexta-feira, 19 de março de 2021

5- TEMPO DE FILOSOFAR

 

LEMBRANÇAS E REFLEXÕES José Vanin Martins – 

5-     TEMPO DE FILSOFAR -     16/03/2021

            Durante o colegial, tive dois pneumotórax espontâneo e a condensação dos hilos pulmonares. Por esse motivo fui aconselhado fazer a filosofia em Belo Horizonte, onde o clima seria mais favorável. Graças a Deus não tive mais problema até hoje.

            Completara os 18 anos, quando fui para a filosofia. Idade boa para filosofar, pensar e decidir. O seminário de Belo Horizonte era uma construção continua, formando um grande “quadrado”, numa fazendinha urbana, tendo no centro a biblioteca. Abrigava os seminaristas do ginasial e colegial, filosofia e teologia. Tinha três capelas, parte administrativa, a cozinha, refeitório e a residência dos padres, toda construção interligada dentro deste quadrilátero. O uso da batina era só para os da teologia.

Os alunos de cada área não se intercomunicavam. Havia quartos para cada aluno da teologia e filosofia. Comecei ter vida de rei..., ou de padre?! Quem pagava todo esse conforto? Lembro-me dos nomes de três senhoras lá de Andradina: Donas Ciníra, Tereza e Ernestina...e, tantas outras com a vocação idêntica das mulheres que sustentavam o trabalho de Jesus e seus apóstolos, com uma importante diferença, lá as mulheres acompanhavam Jesus e aqui nem podiam entrar no seminário.

            Chamou-me atenção a fartura e o tempero com que eram feitas as refeições. Havia uma congregação feminina dedicada e eficiente que cuidava da alimentação e de lavar todas as roupas. No café da manhã, leite puro da fazenda, carne nas refeições, sobremesa; tinha de tudo para ninguém por defeito ou desculpa para perder a vocação.

            No meio de todo esse conforto, a disciplina se torna pequena. Estudei “filosofia”; seria preciso todos esses estudos, para só depois estudar a teologia para ser padre. Os padres são “estudados”; para o povo mais simples o padre sabe de tudo.

 Hoje refletindo, vejo como a Igreja tomou o caminho contrário do ensinado por Jesus. Ele escolheu homens simples, não estudados, muitos até casados, mas todos eles, adultos, trabalhadores, honestos e crentes na possibilidade de um mundo novo. Acreditavam na sua proposta de oferecer ao povo a boa notícia dos direitos humanos, pão com fartura, água, saúde, agasalho, casa, liberdade e um novo modo de viver na simplicidade, com grande vontade de partilhar, sem acumular riquezas, porque esse é o modo de vida que DEUS PAI quer para todos, seus filhos, aqui na terra.

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4- JESUS DEFINE SUA MISSÃO

 JESUS QUE EU CONHEÇO

4- JESUS DEFINE SUA MISSÃO
José Vanin Martins – Março- 2021
Jesus viu que estava na hora dele se apresentar como Rabi (Mestre). Vai deixar sua profissão de carpinteiro; para definir o que vai fazer se retira para um lugar deserto e repensa na sua vida e na sua missão. (Mt 4,111;
Segundo Mateus, Marcos e Lucas, foi depois de ser batizado por João, guiado pelo Espírito Santo, que Jesus fez essa preparação de quarenta dias... Qual era a situação do povo? Jesus, bem conhecia a realidade: inseguro, sem trabalho, e com fome. Jesus queria ter uma boa notícia para oferecer.
No meu imaginário, por ocasião da parábola da semente, (Lc 8,4-15) Jesus aproveitou da ocasião para em particular dizer para os apóstolos das tentações que também teve, antes de começar sua missão. Via e tinha compaixão do povo, andando com fome e doente;
Sua primeira tentação foi como arrumar pão, comida para o povo. O povo bem alimentado não ficaria doente. Pensou até em transformar as pedras em pão, acabando com toda insegurança do povo...mas pensou no pecado da ambição pela riqueza, seria capaz de tornar o pão, a mais importante mercadoria. O problema da fome, não era a falta de comida e sim a falta de crer na Palavra de Deus. Tendo o amor que partilha, o homem não precisará ficar andando inseguro pelas estradas.
A sua segunda tentação, foi pedir para Deus o PODER DOS MILAGRES. Pensou em se jogar lá do alto do templo, de preferência na festa da Páscoa, onde estariam milhares de pessoas; tinha certeza que Deus lhe enviaria a proteção dos anjos, e nada de mal lhe aconteceria. O povo presenciando tal espetáculo acreditaria nele... Pensou melhor e decidiu nunca pôr à prova Deus, o seu senhor.
A sua terceira tentação foi quando pensou em ser O DONO DO MUNDO e acabar com todo o sofrimento do povo. Ser dono, ter poder é coisa do diabo, quem faz o outro ajoelhar-se a seus pés. O que fazer então? Encontrou e anunciou três caminhos:
1º. A PARTILHA DO PÃO: ensinou na prática, por seis vezes, conversar com o povo, organizar o povo e promover a distribuição do pão e peixe. (Mt 14,13-21; Mc 6,31-44; Lc; 9,10-17; Jo 6,5-15; Mt 15,32-39; Mc 8,1-9)
2º ATENDER OS NECESSITADOS ESTÁ ACIMA DE TODA PRÁTICA RELIGIOSA: (Lc 4,16-21; 10,25-37; 12,32-34) – (Mt 19,21; 25,31-46).
3º O AMOR É O ÚNICO CRITÉRIO QUE DEFINE UM CRISTÃO E SUA SALVAÇÃO: (Jo 13,3-17; 34-35; 15,12-14)
FICO A PENSAR:
-A igreja de hoje venceu a tentação do ter e do poder?
-Os religiosos podem colocar os sacramentos acima do mandamento do amor?
-A sua igreja tem o serviço de organizar o povo para partilhar e servir o pão?

quarta-feira, 17 de março de 2021

4- DOZE ANOS ESTUDANDO PARA SER PADRE

 

LEMBRANÇAS E REFLEXÕES José Vanin Martins – 

4-     DOZE ANOS ESTUDANDO PARA SER PADRE -01     16/03/2021

            Com a “maturidade” de meus doze anos, resolvi estudar para ser padre. Era o começo do ano de 1953. O que é estudar para ser padre? Naquele tempo, era ir para o SEMINÁRIO, e eu fui para o SEMINÁRIO MENOR em LINS-SP.

            Lá estudei, o ginasial e o colegial. O que havia de diferente era a disciplina e a espiritualidade ou religiosidade? Todos os dias íamos para a missa, ainda em latim e o padre de costas para nós; tínhamos igualmente a reza do terço e diariamente, antes da missa, a meditação, se bem me lembro, era aproximadamente de 20 minutos. A meditação consistia numas palavras do Padre Diretor Espiritual ou às vezes, simplesmente ouvir uma leitura, com história de santos ou algum texto de conteúdo espiritual.

            Era obrigatório o uso de calça comprida, até mesmo para jogar bola. Só no colegial é que aconteceu uma abertura: para a parte esportiva, foi permitido o uso de um calção, medindo “cinco dedos” acima do joelho. É claro que lá não havia nenhuma presença feminina; até mesmo, quando “dificilmente” acontecia a visita de alguém da família, era só dentro da “sala de visitas”.

            Era proibido fazer “panelinha”, um grupo permanente de colegas; deveríamos ter o cuidado de constantemente mudar de companheiro; seria para evitar o apego afetivo e a possibilidade de “homossexualismo” ?!

            A vida era gostosa. Nas quintas feiras não havia aulas; eram reservadas para algum   passeio em chácaras, ou prática esportiva mais intensa ou trabalhos manuais de melhoria ou conservação do seminário (jardim, horta...)

            Dos mais de quarenta que comigo começaram o 1º ano, quando chegou no primeiro colegial, só restavam 12 e no final do colegial éramos apenas oito e dos oito apenas eu e mais um “ficamos padres”.

            Tenho muitas outras lembranças..., se escrevesse todas daria um pequeno livro.

sábado, 13 de março de 2021

A INERCIA

A INÉRCIA

José Vanin Martins – 13/03/2021

1ª Parte

            O mundo parou. O Brasil parou. O governo parou mais ainda. O COVID É PODEROSO E ASSUSTA. Como inverter a situação? Como parar o covid? Quem mandou o covid? Chegaram a pensar e a propagar que foi a CHINA, quem produziu o vírus para empestear a terra e dominar o mundo. Outros foram mais longe ainda e proclamam abertamente que foi DEUS para castigar o mundo pecador.

            Os que propagaram que foi a CHINA relutaram e depois se ajoelharam aos pés dos chineses pedindo a vacina da salvação. Acredito que os chineses não sejam tão vingativos e cederão, o quanto possível, a vacina para o Brasil.

            Fico a pensar mais naqueles que acreditam que foi Deus e estão de joelhos pedindo a clemência, a salvação. A História do Povo de Deus, por ser desconhecida ou mal esclarecida, só serve para criar a inércia. Ficam olhando para Jesus pregado na cruz à espera de um milagre. O milagre virá? Um punhado já se aventura dizendo que está salvo por um milagre de Jesus. Teria Jesus os seus “privilegiados”? ou teria um punhado de pessoas com mais fé que a grande multidão que também implora pelo milagre e o milagre não acontece. Por que?

            O Povo de Deus, hoje, os judeus, que desde Abraão vive em busca de uma terra prometida, já foi expulso de sua própria terra, ficou centenas de anos sem terra e sem pátria e hoje vive em seu pequeno território num constante medo, porque está cercado por milhões de adversários. Quanto a pandemia, o povo judeu, espera mais cedo resolver o problema, porque seus governantes tiveram a sabedoria e esperteza de comprarem a vacina. A vacina, só a vacina pode pôr fim à pandemia.        

E Deus, o que tem com tudo isso? Tem a história de seu Povo que precisa ser proclamada e praticada. Essa história mostra:     (a conversa continua)

 


quinta-feira, 11 de março de 2021

AMOR É O CAMINHO DA FELICIDADE

 

AMOR É O CAMINHO DA FELICIDADE

José Vanin Martins – 11/03/2021 – 05:33hs.

 

            A palavra AMOR já diz tudo. Em cada LETRA existe as dicas para o CAMINHO DA FELICIDADE.

 A de acolher, aconchegar, abraçar, acariciar e agir

A de alegria.

 

M de mansidão

M de modéstia, movimento, morrer.

 

O de olhar, ouvir, oferecer,

O de oração.

 

R de reconciliar,

R de recomeçar.

v AMOR é ACOLHER, ABRAÇAR, ACONCHEGAR, ACARICIAR  com ALEGRIA; é ouro de primeira qualidade. Não se ama de cara feia.

 

v AMOR é AGIR com MANSIDÃO; é MODESTO, só precisa de pequenos gestos. É MOVIMENTO ao encontro do outro. É morrer pelo outro.

 

v AMOR é OLHAR sempre para as N ECESSIDADES do outro, É OUVIR antes de falar. É SE OFERECCER  antes que o outro peça, é ORAR  a cada momento.

 

v AMOR é busca da RECONCILIAÇÃO; é sempre RECOMEÇAR uma nova maneira de AMAR.

 

O AMOR É O DESAFIO QUE JESUS ESCOLHEU PARA SER O ÚNICO DISTINTIVO, SINAL DE SEUS SEGUIDORES.(Jo 13,14-35; 15,11-14.17)

O AMOR É O PASSA PORTE UNIVERSAL DA SALVAÇÃO, DISPENSA ATÉ O BATISMO. (Mt 25,31-40.46) BATISMO E A FÉ, SEM A PRÁTICA DO AMOR, É PÉROLA JOGADA AOS PORCOS.(Mt 7,1-6)

 

quarta-feira, 10 de março de 2021

A RELIGIÃO DA MINHA INFANCIA

LEMBRANÇAS E REFLEXÕES  José Vanin Martins – 

3-     A RELIGIÃO NA  MINHA INFÃNCIA       11/03/2021

               Escrevo essas lembranças para os da novas gerações perceberem o que houve de mudanças para os dias de hoje.

            Quando criança, ia à Igreja para “assistir” a missa; encontrava um padre no altar, de costas para o povo, rezando baixinho, numa língua que ninguém entendia, era o latim. Os fieis, para aproveitarem melhor o tempo rezavam o terço. Quem fosse comungar, tinha que estar em jejum desde o dia anterior; e alguns nem água tomavam. A hóstia era colocada na boca e não podia ser mastigada; segundo a crença de muitos, se mastigasse, sairia da hóstia o sangue de Jesus. 

No final da missa, sempre eram rezadas três “ave Maria” e uma “salve rainha”, para a conversão da Rússia; assim a Igreja foi criando a crença, que ainda predomina contra a Rússia e contra o comunismo.

O mês de maio era o mais festivo; toda a noite havia na igreja, em homenagem à Nossa Senhora, a oração do terço e a oferta das flores; quase sempre aproveitavam para a organização da quermesse que acontecia depois da reza do terço.

A Semana Santa, celebrando a Paixão de Jesus, alimentava a principal crença que ainda dura até hoje que Jesus morreu na cruz para nos salvar. Pouco se falava do principal mandamento de Jesus, O AMOR.

Havia as “congregações” religiosas que ainda existem em algumas igrejas: a congregação mariana para os homens; a congregação das filhas de Maria, para as mulheres; o apostolado da oração para os mais idosos; os cruzadinhos para as crianças.  Cada congregado tinha por obrigação usar a fita que era diferente para cada congregação. Azul, vermelha e amarela. Ainda havia “os coroinhas”, só para os meninos que auxiliavam o padre na celebração da missa; usavam uma batina vermelha e por cima, a sobrepeliz branca.

A Igreja, a religião alimentava e muitas alimentam até hoje a crença que Jesus é Deus, nasceu numa manjedoura, viveu fazendo milagres, morreu na cruz para nos salvar; como Deus, Jesus merece toda honra e toda glória, ele é rei e majestade. Com essa compreensão justifica a construção de templos com todo luxo, toda riqueza, todas vestes, paramentos, ouro que encontramos nas Igrejas e nas liturgias. Por muito tempo também fui alimentado por essa crença.

Hoje fico a pensar, que todo esse culto, só olhando Deus lá nas alturas, acabam desviando o olhar do empobrecido, para quem Jesus mais olhou, serviu e pediu igualmente o nosso olhar e solidariedade.

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segunda-feira, 8 de março de 2021

RECADO DE MARIA - NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 

RECADO DE MARIA

NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

José Vanin Martins 08/03/2021

 

                    No meu imaginário, MARIA, simplesmente a mulher, esposa e mãe de Jesus, daria o seguinte recado, especialmente para a igreja católica, no DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

            “Por favor, dispenso todas as ladainhas de nossa senhora com os inumeráveis títulos de honra e de glória, enquanto de fato não reconhecerem a prática de meu filho Jesus, em relação aos DIREITOS HUMANOS DA MULHER, rompendo todas as barreiras sociais de seu tempo.

            Senhor papa, bispos e padres vocês continuam colocando a mulher num segundo plano, desrespeitando seus direitos iguais aos dos homens. Ficam com a consciência tranquila me venerando, sentem-se dispensados de reverem sua prática machista e exclusivista. Relembrem a prática e a fala de meu FILHO JESUS em relação às mulheres.

 1.Defendeu e lutou pela dignidade da mulher, contra toda violência, mesmo às que fazem sua escolha de gênero. Defendeu a mulher de ser apedrejada e não se arrependeu. (Jo 8,1-11).

2. Ensinou o respeito, tanto para os que não podem, como para aqueles que podem fazer a escolha do estado de vida. (Mt 19,11-12)

3. Atendeu meu pedido e não deixou faltar vinho na festa do casamento. (Jo 2,1-11)

4. Defendeu o direito da mulher estudar e se promover.  (Lc 10,38-42).

5. Contrariou o preconceito que não permitia ao homem em conversar com a mulher em lugares públicos, ainda mais, quando a mulher é de vida duvidosa.  (Jo 4,5-29)

6. Aceitou e elogiou as mulheres que lhe ungiram com o perfume e seus beijos e pediu que esse gesto fosse registrado e contado para o mundo inteiro. (Mt 26,6-13; Lc 7,36-50; Jo 12,1-8)

7. Permitiu até que a mulher menstruada lhe tocasse (Mc 4,25-34). A menstruação não torna a mulher impura.

8. Aceitou que as mulheres o seguissem em seu trabalho de evangelização e contribuíssem financeiramente com seu trabalho (Lc 8,1-3).

9. Reconheceu e exaltou a persistência da mulher estrangeira em buscar a saúde para sua filha. (Mc 7,24-30)

10. Atendeu o pedido para a cura de Lázaro das duas irmãs, suas amigas. (Jo 11,1-29)

11. Foi a mulher de Pilatos, a única, que me defendeu na hora de meu julgamento. (Lc 23,13-22)

12. Deu os mesmos direitos do homem para a mulher em caso do divórcio. (Mt 19,1-12)

13. Foram as mulheres, fieis seguidoras de Jesus, que o acompanharam no caminho com a cruz (Lc 23,27-28) e ficaram firmes aos seus pés até a hora de sua morte e sepultamento. ( Mt 27,57-61; Mc 15,40-41)

14. Foi uma mulher, Maria Madalena (Jo 20,11-18) e, depois um grupo de mulheres, as escolhidas como testemunhas de sua ressurreição. (Mt 28,8-10)

          Maria faz um pedido: não usem de minha vida, para defenderem o celibato e a virgindade; O título de esposa e mãe, é o que mais me agrada e o único pelo qual quero ser respeitada. Quero ser também lembrada pelos serviços que prestei e pela fidelidade com que segui e encorajei meu filho Jesus.  OBRIGADA, MARIA ESPOSA DE JOSÉ E MÃE DE JESUS”.

 

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