sexta-feira, 27 de novembro de 2020

JESUS QUE EU CONHEÇO - 3

 

JESUS QUE EU CONHEÇO

3-     COLOCA AS AUTORIDADES NOS SEUS DEVIDOS LUGARES (a)

José Vanin Martins – Nov- 2020

 

            Jesus, além de ser carpinteiro era RABI, (6 vezes-evangelhos) MESTRE, (66 vezes-evangelhos). Assim foi reconhecido pelos seus discípulo, pelo povo e até mesmo por Nicodemos, judeu que era um mestre importante de Israel. (1) Tudo que falava reforçava mais ainda o seu título de mestre. (1)

            Jesus, o Mestre, gostava de se apresentar como “O FILHO DO HOMEM”, que aparece oitenta vezes no N.T. Jesus, assumindo o nome de “filho do homem” resgatava uma visão já registrada no A.T. e se identificava com todos os homens. (2)

            Jesus pediu para seus discípulos que não usassem os títulos de mestre, pai e líder. Ele   reivindica só para si o título de mestre, de líder e só Deus deve ser chamado de pai e todos devem-se sentirem como irmãos. (3) De onde vem essa autoridade toda de Jesus? Vem de seu exemplo de servir os que estavam doentes, dando a cura (4); servir o povo que estava com fome (5), dando o pão; servir o povo que estava cansado e oprimido oferecendo o alívio (6), o povo sedento de ouvir a verdade (7), servindo uma palavra confortadora de libertação (8). Serviu lavando os pés dos apóstolos e pede que façam o mesmo para serem felizes (9).

            Israel tinha um governo teocrático, fundamentado na religião, onde os sacerdotes exercem o poder religioso e civil.   Jesus é claro: obedeçam os professores da Lei e dos fariseus quando explicam a Lei de Moisés, mas não sigam o exemplo deles, nem dos governadores, das autoridades religiosas e dos grandes. (10)  Jesus bem sabia que a prática deles era diferente de suas pregações (11)  e denuncia as injustiças que eles cometem: colocam cargas pesadas em cima dos fiéis, desejam sempre de serem vistos e bajulados, usam sempre vestes “religiosas”, desejam os melhores lugares nas festas, nos lugares de honra e nas casas de oração (as sinagogas), exploram as viúvas  e querem aparecer e receber os cumprimentos com respeito nas praças públicas e querem ser chamados de mestres;  aceita o convite de um fariseu para comer na casa dele, e aproveita da ocasião para falar da má conduta deles.  (12) .   

FICO A PENSAR: (1) Mt 7,29;  (2) Mt 11,19; Mc 2,10; Lc 5,24; Jo 3,13;  (3) Mt 23,8-10;  (4) Lc 6,19; (5) Mt 15 32-36; (6) 11,28-30;  (7) Lc 4,42-44;  (8) L c4,18-21; 7,22-23;  (9) 13,13-17;  (10) Mt 17,24-27; 20,25-28; 22,14-22; 23,1-3;  (11) Mt 23,3; Lc 20,46-47; (12) Mt 23,1-7.13-28; Lc 11,37-54.

1.     Será que muitas autoridades de hoje (civis e religiosas) são iguais às de ontem?

2.     Ainda têm muitos religiosos que seguem os ensinamentos de humildade e prestam serviços cristãos, oferecer pão, saúde, educação para o povo?

3.     Há por parte do povo a consciência crítica para perceber o que ensinam e o que fazem?

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

EXIGÊNCIA DA AFETIVIDADE

 

EXIGÊNCIA DA AFETIVIDADE

José Vanin Martins – Nov.2020

 

            A EXIGÊNCIA DA AFETIVIDADE é necessária para a construção dos relacionamentos dentro de casa e só se consegue com uma certa disciplina. A afetividade é o azeite, é o perfume que facilita e encanta todo um ambiente favorecendo o processo educativo dos filhos e o desejo de pertença que entrelaça os membros da família.

             O processo da afetividade só se torna um hábito quando há muita disciplina. Todas as manhãs desejar um bom dia acompanhado de um abraço, de um sorriso e de um beijo é prazeroso e serve como energizante para o dia todo. Os pais devem colocar esse gesto afetivo como indispensável para a vida em família. Às noites o cafuné e outros agrados.

            A afetividade exige muito respeito; o respeito exige a não alteração de voz nas discordâncias. Discordar do outro não deve ser considerado como um absurdo, mas apenas como um direito sagrado. Quando for preciso uma decisão que exija a concordância, escutar respeitosamente a opinião contrária e na soma das diferenças construir o senso comum.

            A afetividade exige a mansidão e a humildade. A mansidão começa pela escuta; esperar que o outro se expresse livremente até o fim para depois falar. É diálogo, e os dois lados têm o direito da palavra. Diálogo não é discussão, é conversa a dois. Sempre exercitar a humildade em ouvir; isso só se consegue com muita disciplina; o outro pode estar certo.  Escute com interesse, conheça suas ideias, elogie, dê sua opinião, critique.

            A afetividade exige trocas de gentilezas e cria clima de alegria. Dar preferência ao outro na hora de sair ou entrar em casa ou nos lugares, na hora de tomar banho, de servir o prato, na hora de experimentar uma guloseima, na hora de entrar no carro, oferecer uma flor ou uma bala, e, com criatividade descobrir outras mil gentilezas no dia a dia.

            A afetividade pede que se tenha interesse pelo dia do outro, pelas atividades do outro, pelas escolhas do outro, pelas vitórias do outro, sempre elogiando e realçando ainda mais, como também pelas dificuldades do outro, pelas frustrações do outro, pelas perdas do outro sempre partilhando do sentimento de dor que o outro está vivenciando e despertar o outro pelos seus mil lados positivos. Tudo isso no dia a dia.

            É o vínculo afetivo, quem cria a coesão entre os membros da família. Colabora para esse vínculo afetivo, as atividades em comum: trabalhos de casa, passeios, programas culturais, cooperação nos deveres escolares ou outros; comemoração dos aniversários, visita aos parentes/amigos;

            Exigência e disciplina não é um bicho de sete cabeças quando nasce e cresce dentro de um ambiente afetivo. Os filhos crescem num ambiente saudável e alegre dispensando outras válvulas de escape.

            Os vínculos afetivos criam as boas e melhores lembranças da vida em família; tradições em família, e desenvolve uma rotina de cuidados de uns pelos outros.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

O JESUS QUE EU CONHEÇO

JESUS QUE EU CONHEÇO

1.     MARIA E JOSÉ, EDUCADORES DE JESUS (b)

José Vanin Martins – Nov- 2020

 

            Maria e José educaram Jesus para a liberdade e vontade de conhecimento das Escrituras. Jesus, com seus pais, adquiriu o costume de ir à Sinagoga todos os sábados onde se estudava as Escrituras. (1)  Foi por isso que Jesus com apenas 12 anos, sem pedir licença para seus pais, ficou em Jerusalém para ver e ouvir o que os sacerdotes do templo ensinavam. Chegou até fazer algumas perguntas. Depois de três dias o encontraram conversando com os doutores da Lei, Maria não ficou fazendo perguntas, nem lhe puxou a orelha; só lhe falou da aflição que ela e José ficaram. Sendo Jesus, um filho muito especial para ela, guardava em seu coração, tantas perguntas, que só Deus poderia responder. Maria e José souberam confiar e dar a Jesus toda liberdade necessária para viver, crescer e seguir a sua vocação. Com seus pais Jesus era obediente e aprendeu obedecer o PAI DO CÉU. (2)      

Para Maria não tinha tempo ruim, quando se tratava de servir. Mesmo quando estava numa festa, ficava atenta para as necessidades da casa. Foi ela quem percebeu, no casamento de Caná da Galiléia a preocupação dos donos da casa com a falta do vinho. Não teve dúvidas, pediu a Jesus que desse um jeito. Foi a pedido dela, mesmo fora de hora, que Jesus fez seu primeiro milagre.  (3)

            A longevidade no tempo de Jesus era de 40 anos. José deve ter morrido com 38-40 anos. Jesus aos 19(+-) assume sua profissão e a exerceu por mais 11 anos. (4) Maria apoiou Jesus, como carpinteiro e como RABI = MESTRE, (5) vocação/profissão só reconhecida a partir dos 30 anos. (+-) Maria sempre acompanhou Jesus, até quando ele é crucificado e morto, estava aos pés da cruz. Antes de morrer Jesus cuida de sua mãe, oferecendo lhe João como filho e pedindo que ele cuide dela, como sua Mãe. João tornou-se assim o protótipo de todos os que aceitam Maria como mãe. (6)

            No meu imaginário, com a morte de José, Jesus assumiu a profissão do pai para sustentar Maria e a família; a família consistia seus irmãos (primos?), como ficou registrado na Bíblia, (7) que seriam menores de idade;(?) esse seria o motivo de ter começado a sua profissão de Rabino aos 30 anos.

FICO A PENSAR: (1) (Lc 4,16) (2)  Lc 2,41-51; (3) Jo 9,1-14;    (4) (Mt 13,55; Mc 6,3;    (5) Jo 1,38.49; 3,2.26; 6,25;   (6) Jo 19,25-27; (7) Mt 12,47-50; 13,55-56; Jo 7,3-10; 20,17)

1.     No orgulho que Jesus tinha de seus pais e de como aproveitou o exemplo deles para alimentar seu amor, força e coragem. Mãe e filho unidos até o fim.

2.     Que orgulho e exemplo oferecemos para nossos filhos?


segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 

INQUIETAÇÕES E LEMBRANÇAS   - 

  A      5-AS INQUIETAÇÕES – O QUE FAZER


José Vanin Martins – Maio 2020

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1.   Desde minha juventude leio e releio os evangelhos. Sou fã entusiasmado de Jesus e de suas propostas. Foi fruto de seu exemplo e ensinamento que nasceu o modelo das primeiras comunidades cristãs. Nelas prevaleceu a prática do amor e não a doutrina.

Vila Pereira Jordão (em Andradina) e Nova Independência formavam o território da Paróquia. Nos dois locais sobressaia a pobreza, o abandono. A primeira inquietação foi o que iria fazer. O povo precisava do direito de uma sobrevivência digna. Os jovens precisavam acreditar num novo futuro possível.

A vida da nova paróquia começava quando a construção da usina de Urubupungá terminava. Cada semana chegava a notícia de mais uma família que estava mudando para outras cidades em busca de sobrevivência. Algumas iriam viver sempre na dependência das grandes construtoras seja de hidroelétricas ou outras grandes obras. Seriam sempre “barrageiros”.

Animar a esperança da possibilidade de uma vida melhor, não só depois no céu, mas aqui e agora. Inquietava-me a lembrança das palavras de Jesus, registrada 5 vezes nos evangelhos: tenho compaixão desse povo, que não tem nada para comer; vocês mesmos dêem a comida a eles. Tudo isso acontecendo no tempo da ditadura militar (1964-1985).

O povo deve ter o poder de decisão. Isso aconteceu pelas 20 assembleias paroquiais, 10 no Pereira Jordão e 10 em Nova Independência, entre 1969 e final de1970. Nelas, a comunidade fazia a revisão do mês, decidia e o planejava o próximo mês. Enquanto fui o “vigário”, as eleições da diretoria e conselheiros, nas duas sedes, foram a cada dois anos. A inquietação pelo empobrecimento do povo me acompanhava.

 

 

BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO

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BLOGGER: vaninmartins.blogspot.com.br

 

 

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

SER CATÓLICO OU SER CRISTÃO

 

SER CATÓLICO OU SER CRISTÃO?

José Vanin Martins – Nov 2020

 

                    Seja Papa, Bispo, Padre, Leigo ou..., todos devemos ser cristãos. Por incrível que pareça, muitas e muitas vezes, a igreja católica, atrapalhou quem quis ser cristão. O que ela queria e defendia é que todos fossem católicos, apostólicos e “romanos”.

            Ser católico é ser fundamentalista; a igreja falou e tudo está encerrado. Na minha infância e juventude e em muitos momentos da minha vida como padre celibatário, por ordem da igreja, e não de Jesus Cristo, confesso que fui mais católico do que cristão.

            Segundo relata Lucas no livro dos Atos dos Apóstolos, foi em Antioquia que os discípulos receberam pela primeira vez, o nome de “cristãos” (At 11,26)

                    Pela qual prática foram reconhecidos como cristãos? Pela prática do amor:-

1.      A perseverança em ouvir os ensinamentos dos apóstolos que davam testemunho da RESSURREIÇAO DO SENHOR JESUS.

2.     A unidade entre os participantes, a comunhão fraterna; era um só coração e uma só alma;

3.     O desapego- Ninguém considerava propriedade particular as coisas que possuía;

4.      A partilha- Eram unidos e colocavam em comum todas as coisas;

5.     A compaixão- Vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um;

6.      A amizade- Nas casas partiam o pão, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração;

7.      O louvor – a oração -Louvavam a Deus;

 

   POR ESSE MODO DE VIVER:                                                                                                        

8.      Eram estimados por todo o povo;

9.      E todos eles gozavam de grande aceitação;

10.   A cada dia o Senhor acrescentava à comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação;

(At 2,42-47; 4,32-35)

            Ontem as pessoas que fizeram essa prática foram chamadas de cristãos, hoje são chamados de comunistas, esquerdistas e falsos católicos, até mesmo o Papa Francisco!

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

O PIX ESTÁ CHEGANDO...

 

O PIX ESTÁ CHEGANDO...

José Vanin Martins – Nov – 2020

 

                   Os bancos estão comemorando, é o PIX que está chegando. É a modernidade da tecnologia avançada. Quem mexe com muito dinheiro está ainda mais feliz, agora é o fim de taxas extras; na verdade já faziam quase tudo pelo celular. A classe média-pobre está aliviada, agora não terá mais que enfrentar fila e perder tempo. Os comerciantes mais felizes, porque receberão na hora o valor pago pelo produto vendido ou oferecido. Todos saem ganhando ou tem alguns que estão perdendo?

                   Fiquei a pensar, haverá mais uma leva de funcionários demitidos nas agências lotéricas e nos bancos? A automatização dispensa mão de obra, num Brasil já sem emprego. Onde colocar esses novos desempregados? Qual é a profissão onde poderão buscar “emprego”? Qual a orientação sobre trabalho/profissão para nossos filhos e netos?!

                   Fico agradecido, para quem puder dar uma contribuição nesse assunto.