sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019


AINDA PROCURO - 2
José Vanin Martins – Fev. 2019

            Questionaram-me, onde fica a EUCARISTIA, OU A CEIA, OU A MISSA na minha vida de cristão.
            Também ainda procuro o significado desta ceia, desta refeição  que Jesus desejou ardentemente comer com seus discípulos Lc 22.15,  Lucas e Paulo ainda acrescentam que Jesus disse: “façam isto em memória de mim Lc 22,19;  1Cor 11,24-25”. Sempre que Jesus vem à minha memória vem igualmente a memória dos cuidados de Jesus para com os empobrecidos.
            João deixa o relato do LAVA PÉS. No início da ceia, quando todos já estavam reunidos e jantando. Jesus, tirou a sua capa (manto), pegou uma toalha e amarrou na cintura para lavar os pés. Hoje acontece ao contrário, especialmente na Igreja Católica, o celebrante se reveste de roupas solenes  “(paramentos sagrados)” e a maioria dos pastores, tornam-se engravatados. Lavar os pés tarefa dos escravos e principalmente da mulher. Tarefa comum no tempo em que os caminhos, estradas e ruas eram pura terra. Nas leis de purificação dos judeus a higiene, toda higiene, inclusive dos pés, era um ritual que se tornou obrigatório.
            Poderia chegar à conclusão que somente quem tem o espírito e a prática de serviço e do serviço humilde está apto para celebrar e participar da CEIA? Estaria Jesus, com esta atitude incluindo as mulheres no direito de presidir também a celebração?
            Nas primeiras comunidades cristãs, tudo acontecia nas casas. Havia a partilha da PALAVRA e de bens que atendessem as necessidades dos empobrecidos. A CEIA, a MISSA era  uma VERDADEIRA COMUNHÃO e entre eles não havia necessitados Atos 2,43-47;  4,32-35. 
            Há muitas CEIAS e MISSAS acontecendo só com a presença dos bem situados de bens. Automaticamente os empobrecidos ausentes, estão excluídos, de suas coletas e dízimos.
            A prática dos primeiros cristãos seria comunismo?... Porque esta prática nasce do amor, ela se chama CRISTIANISMO. Esta prática até hoje assusta pessoas do poder e de bens.
            Ainda oro, procuro e quero celebrar a CEIA, MISSA que provoca esta COMUNHÃO.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019


LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS, ESPERANÇAS E MUDANÇAS 
15- A LEITURA DAS NOTAS E O GRÊMIO LITERÁRIO
José Vanin Martins – fevereiro 2019

            Todo mês tinha o dia do “juízo final”. Era o dia em que todos os alunos reunidos ouviriam suas notas mensais e a sua respectiva classificação. Confesso que nunca fui bom aluno. Tive e tenho dificuldades em línguas, inclusive português, matemática e...
            No início do primeiro ano as classes chegam a ter 30 a 40 alunos. Com o tempo os alunos vão abandonando o seminário. Quando chega o último ano, as classes que estão com muito aluno, têm apenas 7 a 10.
            Nos primeiros anos em classe de 30 alunos conseguia ficar com a classificação entre 14º. ao 18º.  lugar. Quando cheguei ao último ano, os alunos foram saindo e a minha turma tinha apenas 7 alunos. Chamavam o aluno pelo nome; este ficava de pé; ouvia sua nota. Chamavam: JOSÉ VANIN. Ficava de pé e ouvia minhas notas e no final: CLASSE DE 7 ALUNOS, 7º. LUGAR. Por mais que estudasse nunca estive entre os primeiros lugares. Com isto fui criando no meu inconsciente uma sensação de incapaz. Devia orgulhar-me de estar numa classe de superdotados e que o sétimo lugar era uma ótima classificação.
            Outro incidente que me marcou logo no começo. Tínhamos um professor de música muito exigente. Havia momentos do coral e momentos de ensaio para todos. Num destes ensaios, o professor gritou: VANIN feche a boca, além de não saber cantar, sua voz só atrapalha. Isto deve ter-me influenciado, pois até hoje concordo que não sei e não sou capaz de cantar. 
            Mas tive também uma boa revelação. Cada dois meses havia um GRÊMIO LITERÁRIO, onde sempre alguns alunos eram convidados para falar em público apresentando um trabalho. A televisão estava tomando espaço. O professor de português dividiu a classe com o seguinte tema: A TELEVISÃO VAI ACABAR COM O CINEMA. Metade iria defender que sim ou que não. Fiquei na turma que defenderia o CINEMA. Caprichei com o meu trabalho e ele foi escolhido para apresenta-lo no GRÊMIO. Fui muito aplaudido.
            Depois em particular o professor me chamou e mostrou que tinha conseguido escrever uma poesia, um poema em defesa do cinema. Foi me mostrando que com alguns pontos a mais tudo se tornava um verdadeiro poema. Até hoje escrevo, mas não me reconheço como poeta.  

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019


NEM VÍTIMAS – NEM ALGOZES
José Vanin Martins – Fev 2019

            Nossas emoções nos armam constantes armadilhas. Ora nos querem como vítimas, ora nos querem como algozes.
            Quantas e quantas vezes nos desabafamos com terceiros, em voz baixa, quase que lacrimejando, sobre o que nossos filhos aprontam conosco. Sentimo-nos bem, quando o outro nos compreende como vítimas e tomam nossas dores. Só que o outro também se tornou vítima, sofre conosco  e não oferece caminhos de solução.
 Alguns de estopim mais curto nos aconselham para chutarmos o balde, a bacia, não importando se com os chutes também estamos jogando fora o outro.
Nós não temos coragem de chutar porque o outro é a pessoa que amamos, normalmente, nosso filho e ou esposo(a).
Diante da situação, primeiramente tornamo-nos algozes de nós mesmos. Sofremos, lamentamos, abandonamos a alegria e não tomamos a medida certa para a nossa mudança. Outras vezes, quando não suportamos mais a dor, ferimos o outro com palavras e atitudes impensadas, complicando mais ainda.
Ser gente é ser livre do outro, até mesmo dos filhos ou esposo(a).  É viver e deixar viver. É ser interdependente. É ser criterioso, ao assumir as consequências de seus atos e deixar que o outro assuma as consequências de seus atos.
É o bom senso que nos pede para não assumir a responsabilidade do outro ou pelo outro. A educação para a responsabilidade dá autonomia e cria bons relacionamentos.


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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019


AINDA PROCURO
José Vanin Martins – Fev. 2019

            Sim, mesmo sendo padre casado, ainda procuro respostas para muitas perguntas de religião. Serão as Igrejas o melhores lugares para o encontro com Deus? Estar dentro de uma igreja significa que esta é a vontade de Deus?
            Para muitos, só quem participa da Igreja, ou da religião A ou B, está dentro de uma comunidade igreja e tem melhor possibilidade de salvação.
            Leio e releio a Bíblia. Tenho dificuldades, principalmente no Evangelho, encontrar um chamado de Jesus para que eu participe de uma religião.
            Jesus liga diretamente o discipulado dele ao MANDAMENTO DO AMOR. “35 Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos.» João 13,35. E numa de suas últimas orações Jesus fala ao PAI: “20 «Eu não te peço só por estes, mas também por aqueles que vão acreditar em mim por causa da palavra deles, 21 para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste. 22 Eu mesmo dei a eles a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um. 23 Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade, e para que o mundo reconheça que tu me enviaste e que os amaste, como amaste a mim.” João 17,20—23.
            A proposta que mais me parece de Cristo é que aprendamos AMAR E CONSTRUIR UNIDADES. O AMOR que Cristo nos pede é concreto: atender as seis necessidades básicas do empobrecido: alimento, água, vestiário, habitação, saúde e liberdade Mateus 25,31-46.  Parece-me que esta deixou de ser a prática na maioria das Igrejas. O que está sobressaindo é o CULTO AO DEUS INVISÍVEL, porque o CULTO verdadeiro continua sendo encontrar CRISTO no necessitado. Ele não se deixa trancar nos Templos e Sacrários. Sonho, oro e trabalho para que este dia aconteça.
            Hoje participando do AMOR EXIGENTE vejo neste espaço, o meu lugar para amar os mais necessitados e construir unidades, ou a unidade.

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domingo, 17 de fevereiro de 2019


LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS, ESPERANÇAS E MUDANÇAS 
16- O PULMÃO QUE NÃO PARA
José Vanin Martins – fevereiro 2019

            Já no último ano do seminário menor, terminando o colegial, novamente o pulmão deu sinal de perigo. Desta vez não foi um novo pnemotorax natural. Agora, segundo os médicos tive uma condensação dos hílos pulmonares. Sei lá o que é isto. Desta vez o tratamento aconteceu no seminário mesmo.
            Por estes problemas pulmonares fui aconselhado fazer a filosofia em Belo Horizonte-MG, onde o clima era mais propício para a minha saúde.
            Gostei da proposta, não só por isto. Indo para S.Paulo teria que usar a batina. Em Belo Horizonte os filósofos ainda não usavam a batina. Sempre tive dificuldade de me ver vestido como uma pessoa comum. Para que a batina?
            Uma lembrança do Seminário Menor. No refeitório, sempre encontrávamos a mesa preparada com xícaras, pratos e talheres para o café da manhã e da tarde, o almoço e o jantar. Todas as refeições e também o leite eram colocados numa roda (igual ás lojas que vendem bebida 24 horas). De cada mesa saia um responsável designado para buscar tudo lá na roda. Depois igualmente de cada refeição, primeiro as comidas que sobravam e depois o que tinha sido usado era levado para a roda. Algum funcionário lá de dentro punha e tirava o que fosse necessário.
            No café da manhã, alguns mais privilegiados pelo poder econômico, compravam tody ou manteiga. Quando generosos dividiam com os que estavam mais perto... os demais comiam apenas com os olhos. A comida sempre foi farta, mas com pouca variedade. Nos cafés pão e leite. Havia também o costume de vez em sempre na primeira hora do almoço alguém ficar lendo um livro, normalmente, história de santo, enquanto comíamos em silêncio.  A alegria de todos é quando a leitura terminava e a conversa era liberada.
            Durante os meus dois últimos anos, chegavam dos Estados Unidos, ajuda da Igreja americana, umas barras de requeijão amarelo e leite em pó. Os cafés ficaram bem melhores.

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019


LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS, ESPERANÇAS E MUDANÇAS 
15- AS PANELINHAS NOS RECREIOS
José Vanin Martins – fevereiro 2019

            Outra lembrança que me ficou gravada é a das “panelinhas”. Éramos orientados para que no recreio não formássemos panelinhas. O diretor de disciplina, e o diretor espiritual explicavam: PANELINHA era ficarem sempre juntas as mesmas pessoas. Devíamos ter amizade com todos. Devíamos ter cuidado em não passar o recreio sempre com os mesmos. Até mesmo, quando possível num mesmo recreio deveríamos mudar de companheiros.
            Existiam, os “dedos duros” que iam logo contar quando, a partir da compreensão deles, um grupinho estava criando uma panelinha.
            Hoje, distante, percebo que era a preocupação em evitar o possível “homossexualismo” entre os seminaristas. Do outro lado, quanto isto impedia, para que se criassem verdadeiras amizades.   
            Havia também gozação por parte de alguns. Venham participar de nossa panelinha que está aberta, diziam, de um modo provocativo, convidando algum “dedo duro” que se deixasse revelar.
            Creio que se tornou uma medida ineficiente para um ambiente totalmente masculino, onde a única presença feminina eram as imagens de Nossa Senhora e de alguma santa colocadas no altar.
            Até mesmo, quando alguns tinham o privilégio de receber visita dos familiares, estes não passavam da sala de visitas. Se quisessem, ver o que se passava lá dentro, só se fosse uma olhada pela janela da sala.
            Contato com o mundo feminino só nas férias.
                   

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019


DESPOSTISMO/DINASTIA POLÍTICA, A VERGONHA NACIONAL
José Vanin Martins – Fev. 2019
            Ainda é verdade. Filho de peixinho, peixinho é. Isto já valeu muito para os filhos de médicos, advogados e engenheiros. Mais do que nunca sempre vale para filhos de políticos. Mais de 60 candidatos nas eleições pertencem às tradicionais famílias políticas brasileiras. Em Minas Gerais tem clã político que vem se elegendo por 15 gerações consecutivas.
            Nesta eleição 85% dos deputados federais com menos de 35 anos são herdeiros de pais políticos.
Hoje alguns dados:
OLIGARQUIA POLÍTICA
ESTADO
MEMBROS DA FAMIÍLIA
SARNEY
MA
FICOU 4 DÉCADAS
ANDRADAS
MG
3 (QUINZE MANDATOS)
CALHEIROS
AL
4
BARBALHO
PA
5
CIRO GOMES
CE
4
CUNHA LIMA
PB
4
ALVES E MAIA
RN
8
SERGIO CABRAL
RJ
2
JAIR BOLSONARO
RJ
2
CAIADO
GO
12
PERILO
GO
FICOU POR 20 ANOS
IRIS REZENDE
GO
2 – MAIS DE 20 ANOS DE PODER

            Em cada estado, município esta substituição de pai, de filho, de esposa, de sobrinho, de primo na carreira política vai acontecendo como de maior normalidade. Criam a oligarquia local de manutenção do atraso como forma de manter a perpetuação no poder.
            Seria por isto que o Brasil também ocupa o 4º. lugar no mundo na lista dos políticos corruptos?
            MOISÉS, o maior de todos os estadistas, libertador do povo judeu da escravidão do EGITO não quis emplacar nenhum de seus filhos ou esposa em sua sucessão.


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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019


LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS, ESPERANÇAS E MUDANÇAS 
13- O PROFESSOR DE BIOLOGIA
José Vanin Martins – fevereiro 2019

            O professor de biologia, um padre alegre, muitas vezes presente em nossos recreios. A sua presença sempre era cercada de um bom grupo de seminaristas. Gostavam dele, porque sempre tinha uma piada na ponta da língua. Piadas que às vezes deixavam os mais “puros” com o rosto vermelho. Era muito brincalhão e tinha um tanto quanto noção de hipnose.
            Tudo ficava melhor, quando em pleno recreio, diante de um círculo de seminaristas, ele se prontificava em dar demonstrações de hipnose. Eram alunos que adormeciam e hipnotizados cumpriam pequenas tarefas.
            Já estava na 5ª. Série, quando pela primeira vez, tive uma aula sobre “sexo”. É bom lembrar que ainda era a década de 1.950. Todos ficaram curiosos. Como nasce o ovo, foi a pergunta. – Da galinha todos responderam. Só da galinha, perguntou novamente. Silêncio total. Vocês nunca viram um galo trepando a galinha? Sem o galo não existe o ovo fecundado para dele nascer outra ave. O galo sobe na galinha e põe seu pintinho no órgão vaginal dela. É também de um prazer entre galo e galinha que nasce o ovo e do ovo nasce o pintinho.
             Na classe silêncio total. O tabu começava ser desvendado. Uns começaram a serem mais fãs dele e outros, com alguma limitação, diziam que ele era “besteirento”.
            O importante, que aprendemos que o macho, o masculino, o homem é indispensável para a perpetuação da vida, Mais ainda, reproduzir a vida é um ato sagrado, abençoado por Deus.
                   
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domingo, 10 de fevereiro de 2019


OBRIGADO AA
José Vanin Martins = Fev. 2019

            Ontem a convite de um Grupo do AA. Maria e eu fomos dar uma palavrinha sobre o segundo princípio do AE: Pais também são gente. Recebemos uma lição de vida. Obrigado.
            Na hora da partilha de sentimentos a fala foi sendo distribuída um a um. Cada membro da irmandade recebeu o mesmo tempo de fala. Falam da vida. Falam da dor do vício que carregam. Não acusam ninguém. Não condenam ninguém. Simplesmente falam do que aconteceu sem nenhuma acusação. Falam da sua dor.
            Falam do desejo de reconciliação com as pessoas. Reconhecem que ninguém tem culpa por ninguém. Simplesmente revelam o RX da dor, do abandono e de uma grande lição de humildade.
            O grupo com mais de 40 anos de existência é perseverante. Poucas pessoas. Pessoas que já se foram. Pessoas que chegam. É vida. É busca de amor. É o silêncio da dor. Só quem está lá dentro sabe da importância do grupo. Dizem humildemente: SÓ POR HOJE ESTOU LIMPO VINTE E QUATRO HORAS.
            Um a um vão falando no EU. Ninguém fala do outro. É do sentimento. É partilha de dor, de satisfação por estar limpo. É a confissão de seus defeitos de caráter. É a revelação de uma pequena vitória. E só por hoje expressam a vontade de sobriedade por mais vinte e quatro horas.
            É o melhor de todos os remédios. É a alegria por ter voltado. É a esperança de voltar novamente. É a nova RODA VIVA que faz voltar VIRTUOSO no dia de amanhã.
            E, se houver recaída? O segredo: volte amanhã. E um dos veteranos confessa advertindo: cuidado com a recaída; só me tornei sóbrio quando parei de recair.

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sábado, 9 de fevereiro de 2019


FÉ E CIDADANIA – 25   José Vanin Martins
10º- NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS.

            Chegamos ao décimo mandamento. Este mandamento é atualizadíssimo. Hoje a cobiça em nome da coisa alheia se dá debaixo do manto do desenvolvimento da indústria, do agro negócio, da mineração, da pecuária do comércio e de tantos outros grandes capitais protegidos de mil maneiras para lucrarem em cima do trabalho do operário do campo ou da cidade.
            Condições de segurança, valores das horas trabalhadas, participação no lucro da empresa, não se pensa. Com toda certeza estão cobiçando tudo o que é devido ao trabalhador. Cobiçam o que há de mais precioso: sua saúde e o bem estar de sua família. A grande maioria dos salários está bem longe de cumprirem a sua função constitucional: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;”.
            O mais triste, porque é promulgado por lei, e todos se calam. Até mesmo as vozes proféticas, poucas se levantam contra tão grande e comum injustiça. Toda pequena “injustiça” dos “ladrões de galinha”, esta sim merece os rigores da lei: cadeia nele.



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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019


LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS, ESPERANÇAS E MUDANÇAS 
12- AS QUINTAS FEIRAS
José Vanin Martins – fevereiro 2019
               Não sei como ainda é hoje. Mas nos anos em que estudei no seminário tínhamos a mordomia de não ter aulas nas 5ª. s feiras. Sempre havia alguma novidade, alguma atividade para ser feita. Uma delas, principalmente nas 5ª. s feiras foi furar um grande buraco para o lixo. O buraco depois de pronto deveria ter 4 x 3 de diâmetro e dois de fundura. Os alunos maiores, das séries mais avançadas eram os escalados. A terra era levada de carriola por uns 50 metros para o aterro final do novo campo de futebol.
            Corria pelos ouvidos que lá era um bom lugar para quem tinha o vício de fumar. Cavando o buraco era possível dar umas “tragadinhas”. 
            Chegou a minha vez. Peguei numa das carriolas e como todos quis também que minha carriola fosse bem cheia. Foi um ano depois da minha aventura na piscina. Andei uns 10 metros e parei. Novamente uma pontada no pulmão alertou-me que esta tarefa não era para mim. Não me sobrou tempo para averiguar a verdade dos fatos sobre os fumantes. Novo pneumotórax natural.
            Por sorte, novamente era fim de ano. Voltei para a casa um pouco antes de iniciar as férias. Fiquei feliz, toda a mordomia do tratamento iria se repetir.
            O novo diretor de disciplina que substituiu meu irmão logo no segundo ano era um fumante inveterado. Conhecedor das dificuldades do viciado permitia que alguns fumassem uma ou duas vezes por dia no seu quarto. Ainda bem que nunca tive curiosidade de por um cigarro na boca. O meu pulmão não iria suportar.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019


FÉ E CIDADANIA – 24   José Vanin Martins
8º - NÃO LEVANTAR FALSOS TESTEMUNHOS.

            O falso testemunho é tão antigo quanto à história da humanidade. Moisés foi vítima de tantos falsos testemunhos. Diante de Deus, refletindo sobre as leis que deveriam governar seu povo incluiu NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO. Hoje contamos com o auxílio da mídia para espalhar mais rapidamente o falso testemunho contra quem quiser. Esta prática recebeu o nome de FAKE NEWS= FALSAS NOTICIAS.
            Jesus deixou bem claro: “37 Diga apenas ‘sim’, quando é ‘sim’; e ‘não’, quando é ‘não’. O que você disser além disso, vem do Maligno.» Mt 5,37. São pessoas malignas que vivem destruindo a verdade e as pessoas.
            Os sacerdotes condenaram Jesus por falsas testemunhas: “59 Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o condenarem à morte”. 60 E nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, se apresentaram duas testemunhas, 61 e afirmaram: «Esse homem declarou: ‘Posso destruir o Templo de Deus, e construí-lo de novo em três dias. Mt 26,59-61”.
            Os que querem manter-se no poder político, jurídico ou religioso por interesses próprios são os que mais usam do falso testemunho. O mais triste é ver pessoas de bem, ficarem iludidas e se identificarem com os autores da mentira proclamada.
           De onde vem as falsas afirmações? Jesus fala claramente: “44 O pai de vocês é o diabo, e vocês querem realizar o desejo do pai de vocês. Desde o começo ele é assassino, e nunca esteve com a verdade, porque nele não existe verdade. Quando ele fala mentira, fala do que é dele, porque ele é mentiroso e pai da mentira. 45 Eu falo a verdade, e por isso vocês não acreditam em mim. 46 Quem de vocês pode me acusar de pecado? Se eu digo a verdade, por que vocês não acreditam em mim? 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus. Vocês, porém, não ouvem, porque vocês não são de Deus.» João 8,44-47.
`          E os falsos testemunhos quotidianos “pequeninos”, dentro do próprio lar?
            Para a transformação social precisamos da verdade e da transparência. Jesus é bem claro: “32 conhecerão a verdade, e a verdade libertará vocês.» João 8,32.

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