quinta-feira, 28 de setembro de 2017

30-  AMAR, O MELHOR CAMINHO – AMOR-EXIGENTE    José Vanin Martins
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SÉRIE  D-  10º.  PRINCÍPIO:  1 – A ESSÊNCIA DA FAMÍLIA REPOUSA NA COOPERAÇÃO, NÃO SÓ NA CONVIVÊNCIA  – PRINCÍPIO COOPERADOR
COM ENFOQUE EU
1.     VER –
Cooperar ou ser egoísta é uma decisão só minha. É quase impossível alguém viver isolado de um grupo, embora alguns vivam isolados dentro do próprio grupo. A COOPERAÇÃO é o primeiro passo para o entrosamento dentro do grupo. No exercício da cooperação no grupo exercito minha afetividade, meus conhecimentos, meus valores morais. A minha primeira atitude deve ser de afeto. Ver cada um com respeito, amor e sem julgamento. Devo querer criar laços, vincular-me com os demais participantes. Ninguém deve ser estranho no exercício da cooperação.
2.     A cooperação deve ser planejada e programada, no grupo familiar ou demais grupos. O planejamento e programação acontecem pelo diálogo afetivo. Cada um se coloca ã disposição mostrando suas habilidades, suas preferências e sua disponibilidade. As necessidades gerais da família, do grupo são sempre maiores que a boa vontade isolada de cada um. É a cooperação que torna leve, para cada um, o trabalho que precisa ser feito por todos. Cada membro é indispensável e  deve ser valorizado em sua cooperação.   
3.     Quando alguém chega ao grupo, normalmente chega como necessitado. Vem ao grupo em busca de algum bem. Passará a ser membro do grupo quando se torna voluntário. Voluntário é aquele que descobre o que ele também pode fazer no grupo, com o grupo e para o grupo. Ele descobre que sua cooperação é uma necessidade para o bom andamento do grupo. O grupo sem ele já não será o mesmo. Seu ânimo, sua alegria, suas ideias, sua sabedoria em escutar, suas perguntas, seus pequenos serviços, sua perseverança, sua pontualidade, tudo isto é riqueza que se soma.
4.     No grupo, um ponto importante é o interesse pelos encontros de formação ou estudos. Participar deles já é uma cooperação de importância para o bem pessoal e enriquecimento de todos. Novos conhecimentos, novas práticas, novas pesquisas, novas informações valorizam cada voluntário e o crescimento de todos.    
5.     AVALIAR
- De 1 a 10 que nota dou para a minha cooperação no grupo familiar e no AE. ?
- Participo de outros grupos  e neles também acontecem a minha cooperação. ?
- Qual a minha maior dificuldade na hora de cooperar?
- Qual a maior riqueza que ofereço com a minha cooperação?
6.     AGIR
- O que posso fazer para melhorar minha cooperação dentro de casa?
- O que posso fazer para melhorar minha cooperação no AE?


terça-feira, 26 de setembro de 2017

RETRATOS DA MARIA, ESPOSA AMADA!
José Vanin Martins – 26/09/2.017
                                                
No dia de seu aniversário,
No álbum das lembranças,
Procurei seu mais belo retrato,
E veja quantos encontrei.

No dia de nosso casamento,
Atrevida, em seu vestido, cor laranja,
Sinal de rebeldia e felicidade,
Jovial, bela e sorriso de criança.

Retrato de mãe encantada,
Ao lado dos três filhos criança,
É como se no tempo parasse,
E os filhos nunca crescessem.

Retrato da mãe das dores,
Na páscoa da Lígia amada,
Dor maior não houve,
Que sua vida marcasse.

Retrato de avó deslumbrada,
Com traquinagem de cada neto/a,
É como se na vida renascesse,
O sonho da criança acordada.

Retratos multiplicados dos amigos,
Estampando todo prazer,
É como exposição da riqueza,
Da qual nunca se separasse.

Retrato louvando a Deus no altar,
Momento de maior adoração,
É hora de paz e de novo ânimo,
É como se fosse só ressurreição.  

Com tantos belos retratos,
Sua vida se diz sempre bela,
Da vida canta a alegria,

De nunca se tornar velha!

domingo, 24 de setembro de 2017

FÉ E CIDADANIA – 14   José Vanin Martinso
CEAR SEM SE CONTAMINAR PELO FERMENTO
            O povo de Israel no seu dia a dia foi descobrindo que o valor da liberdade tem um alto preço, exige muito sacrifício. Antes da Páscoa teve um mês de preparação (Ex 12,2). O momento alto e final desta preparação seria o último jantar nas terras do Egito.  Foi uma primeira experiência de partilha em que a família pequena (rica) partilharia com a família grande (pobre) e nada deveria ser acumulado (Ex 12,4).
Os participantes deste jantar-banquete tinham que estar livres do fermento egoísta dos Egípcios (pão sem fermento) por mais amargo que achassem (ervas amargas) a nova cultura da partilha. Era começar tudo de novo, como se fosse o primeiro mês do ano (Ex 12,1).
Foi um jantar feito às pressas. Nem tempo para sentar. Viviam o momento da alegria da partida e da incerteza do futuro. Em Moisés confiavam em Deus. Foi noite de sangue derramado. O sangue do cordeiro e o sangue dos primogênitos (Ex 12,5-7.11-12). Até hoje me pergunto qual seria a melhor explicação para a morte dos primogênitos do Egito (Ex 12,12). A Bíblia nada explica. Fala simplesmente que “29 À meia-noite, Javé feriu todos os primogênitos do Egito: desde o primogênito do Faraó, que iria suceder-lhe no trono, até o primogênito do prisioneiro que estava na cadeia e até os primogênitos dos animais Ex 12,29.”.
Seria esta passagem uma expressão literária da grande indignação de Deus pelo tamanho da injustiça que o povo sofria?! Só posso perceber: A) Da parte do povo de Deus houve muita preparação com assembleias e escolha de táticas (Ex 12,5-10. B) Da parte do povo do Egito houve um momento de lucidez em que houve um grande clamor de todo o povo para Faraó libertar o povo de Israel antes que eles mesmos fossem destruídos (Ex 12,30).  

Deus é a favor da vida e vida em abundância, sem injustiças, corrupções e opressões. O povo deve multiplicar assembleias para planejar a organização de uma nova sociedade justa, pacífica e igualitária. O FERMENTO DESTRUTIVO DE HOJE é o apego ã riqueza, é acreditar que o capitalismo, o neo-liberalismo seja a solução. A solução é a solidariedade que leva ã partilha.  

sábado, 23 de setembro de 2017

PRINCÍPIOS ÉTICOS DO AE
9º. PARTILHAR NO GRUPO FAMILIAR EVENTUAIS SITUAÇÕES INCOMPATÍVEIS COM SUA PROPOSTA DE VIDA   - José Vanin Martins
1.     VER –
Este princípio nos faz questionar qual é a proposta de vida que a família tem. Esta proposta deve ser clara e identificada por todos. Cabe aos pais despertarem os filhos para uma proposta de vida. Corremos o risco de fugir da vida real diante de tantos desenhos animados, de tantos filmes, de tantos vídeos. Ficamos presos à tela e deixamos a vida passar. Diante da tela podemos rir, desabafar, chorar e a nossa vida pessoal continuar na mesma.
2.     Seria oportuno desligar-se da “tela”,  fincar os pés no chão  e construir uma proposta de vida familiar.  Nesta proposta vão entrar os valores da própria vida. Será uma construção coletiva. Um primeiro valor o da convivência respeitosa. Aconteça o que a acontecer o RESPEITO deve existir em todos os relacionamentos. Um segundo valor é o CRESCIMENTO. Não podemos estacionar. Quem estaciona perde a viagem. O crescimento é o desejo desde a primeira infância e deve ser continuado. Aprender andar, falar, cooperar, conhecer o novo, estudar...
3.     Na proposta de vida onde convivo e cresço há um custo necessário. Quem paga todo o qualquer crescimento é o TRABALHO. O trabalho é tão necessário que custa o suor de nosso rosto (Gen 3,19)  e garante o  nosso alimento e quem não trabalhar não deve comer (1Tes 3,10).  Nem mesmo a busca do conhecimento, dos estudos pode nos dispensar do trabalho. Algumas vezes o estudo toma forma de trabalho, mas isto é passageiro. Estuda-se para ter um TRABALHO mais produtivo e compensador.
4.     Na proposta de vida o tempo do descanso para o louvor é uma necessidade espiritual. Nem mesmo o trabalho escravo pode impedir este desejo de Deus: “Deixe meu povo partir para que celebre uma festa para mim no deserto Ex 5,1». O tempo da ESPIRITUALIDADE deve ser um tempo de festa para o louvor. Tempo de gratidão, de descanso. Tempo de se valorizar a proposta de vida. Vida é sempre um presente.
5.     Esta proposta de vida pode encontrar  obstáculos em eventuais situações. O membro familiar com maior sensibilidade para perceber situações incompatíveis aos valores propostos deve partilhar entre todos o que está acontecendo. Em cada diferente momento da vida familiar existe diferentes “cantos de sereia” que podem desviar um ou outro membro desta proposta de vida. Quem tem uma proposta de vida acaba encontrando o SENTIDO DA PRÓPRIA VIDA.
6.     AVALIAR
- Quais os valores presentes na proposta de vida de nossa família
- Enumerar algumas eventuais situações incompatíveis a proposta de vida familiar.
- Qual o nosso comportamento diante de uma situação incompatível.
- Existe um valor mais difícil de ser construído?
- Existe alguma reunião familiar para conversar e construir estes valores?
7.     AGIR
- Reunir a família e escolher alguns valores para uma construção comum.
- Criar mecanismo de ajuda mútua para a construção destes valores.

            - Descobrir o SENTIDO DA PRÓPRIA VIDA.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

FÉ E CIDADANIA – 13 José Vanin Martinso
FAZER UMA NOVA LEITURA DA REALIDADE
O povo empobrecido precisa de mais conhecimento. É preciso “dar o nome aos bois”. É preciso falar claramente de onde vem tanto sofrimento. O sofrimento não vem de Deus. É do amor à riqueza, é da acumulação de bens, é da corrupção de uma minoria que todos padecem. Esta minoria rica formada pela classe empresarial, da indústria, do agro negócio e dos banqueiros, compra e controla a grande maioria dos legisladores, executivos e judiciário. (Esta minoria sabe do poder do pequeno, em acabar com suas cobras, isto é, com seus “botes venenosos” de exploração e, zomba da força do pequeno Ex 7,8-13).
O povo precisa ter clareza das DEZ PRAGAS e proclamar em alto som que são estes donos do capital, os grandes empresários, apoiados pelo poder do estado, os responsáveis diretos por todo o mal que ele sofre:
1. A água transformada em sangue (Ex 7,20-22) é a falta d’água, é a terra sendo transformada em deserto pelo desrespeito total à natureza devastada pelo desmatamento inconsequente.
2. As rãs (Ex 8, 2-4), os piolhos (Ex 8,18-19), as moscas (Ex 8,21-23) são as epidemias provocadas pela falta de atenção à saúde pública, graças à corrupção cada vez mais deslavada.
3. A morte dos rebanhos (Ex 9,2-4) é a falta do alimento na mesa do empobrecido. É o custo das orgias, das regalias, das viagens, das vantagens pagas para os três poderes (legislativo, executivo e judiciário) com o dinheiro público.
4. As feridas (Ex 9,10-12) é o grande sofrimento de milhares de famílias que perdem seus filhos para a droga. Este comércio, este contrabando que enriquece cada vez mais alguns poucos donos dos cartéis.
5. Os granizos (Ex 9,24-26) e os gafanhotos é o sistema prisional desumanizado, corroído pelo sistema bélico e do tráfico que sobrevive á custa de cartéis, gangues e guerras.
6. As trevas (Ex 10,22-23) é todo um sistema que teima dizer que a noite é dia, que as leis são justas, que o capital é intocável e que tudo se ajusta por conta própria.
7. Morte dos primogênitos (Ex 12,29-30) é todo decreto que favorece a acumulação de renda para poucos e implica no imenso sacrifício penalizado pelo salário da fome que impede o acesso à educação, à saúde, à habitação, ao pão, ao vestuário, à liberdade, em fim, á alegria de viver.
É tempo de êxodo, de saída, de mudança. A boa nova, desejada por Deus é de uma sociedade justa e com partilha que pode ser conquistada com a organização de todos os empobrecidos. Todos “picados” pelo veneno da ambição são contrários ao PROJETO DE DEUS. Moisés compreendeu e foi à luta.

sábado, 16 de setembro de 2017

29-  AMAR, O MELHOR CAMINHO – AMOR-EXIGENTE    José Vanin Martins
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SÉRIE  D-  9º.  PRINCÍPIO:  3 –NA COMUNIDADE, AS FAMÍLIAS PRECISAM DAR E RECEBER APOIO.  – PRINCÍPIO APOIADOR
EU E O APOIO NA SOCIEDADE
1.   VER –
    A maior crise que cada pessoa pode ter na vida é negar a sua originalidade de SER SOCIAL. Sou naturalmente, por nascimento, por necessidade um SER SOCIAL Preciso do outro para ser. O meu simples nascimento só tornou possível, como fruto de um relacionamento. E, mesmo assim, o homem comete o maior de todos os erros: querer isolar sua família do relacionamento social. Em nome da “privacidade” constrói altos muros de separação. Quando mora em condomínios verticais é comum desconhecer o vizinho do lado... ou, acreditar que basta um cumprimento nas horas forçadas dos encontros ocasionais.
2.   Agora com os condomínios horizontais parece cair as barreiras dos muros, mas continuam as barreiras psicológicas, ideológicas, financeiras em que cada um ter medo de expor suas verdadeiras necessidades. Ser social é ser interdependente. É aprender que um depende do outro na variedade das necessidades existentes: alimento, vestuário, trabalho, profissão... Além destas existem as necessidades espirituais, afetivas, emocionais, de conhecimentos que quando não preenchidas adoecem a alma criando as feridas da alma.
3.   Quanto mais cresce o isolamento mais cresce o tédio de viver. Esquecemos que a nossa origem está na vontade de um Deus que se revela já na obra da criação como sendo plural: “26 Então Deus disse: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança... 27 E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher Gen 1,26-27”. Deus em sua sabedoria observou: “18... «Não é bom que o homem esteja sozinho. Vou fazer para ele uma auxiliar que lhe seja semelhante»...23 Então o homem (ao ver a mulher) exclamou: «Esta sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque foi tirada do homem! Gen 2,18-23».
4.   Viver em sociedade é viver constantemente lembrando que o outro (homem/mulher) é sempre “osso de meus ossos e carne de minha carne”, portanto deve ser sempre respeitado e amado e, com eles deve ser construído um projeto comum de se viver.  Viver nú é a transparência da verdade e dos sentimentos para que haja uma vida perfeita em sociedade. “25 Ora, o homem e sua mulher estavam nus, porém, não sentiam vergonha Gen 2,25”.  “31 E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom Gen 1,31.
5.   AVALIAR-
- A educação que dei para meus filhos favorece a vida em comum?
- Criei em mim e nos meus filhos a desconfiança e o medo de viver com o outro?
- Sou capaz agora de construir um projeto de vida em sociedade?
- Onde este projeto de vida social é mais vivido?
6.   AGIR
- Vou fazer de meu grupo de Amor-Exigente uma prática de vida em sociedade.
- Vou conversar sobre esta nova maneira de viver com os irmãos de fé.
- Vou ser transparente em meus relacionamentos dizendo sempre a verdade.


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

ANIMO, CORAGEM
José Vanin Martins – 11/9/2.017


            Ânimo, coragem, esperança, compromisso e luta. A história é maior do que todos nós. A história é tecida, bordada pela linha e agulha de cada um. O bordado com sua beleza sobressai o momento em que cada um bordou com seu pedaço de linha. A linha em seus diferentes matizes, com pontos aparentemente desencontrados oferece o realce do inesperado.
            Neste sete de setembro, sem muita coisa para celebrar, veio a indagação: o que será de meus netos num país como este, ou em um mundo como este?
            A história com seus milhares de anos discorda de meu pessimismo. A história, o homem é um projeto que está dando certo e vai continuar dando certo. Já houve momentos piores.  
             Na história do povo de Israel, teve momentos de desesperança total. Isaias lamentava a falta de salvação para o pais porque não nascia novos habitantes. Buscava ânimo na certeza: “os teus mortos hão de reviver e seus cadáveres se levantarão. Os que dormem no pó vão acordar e cantar, pois o teu orvalho é um orvalho de luz, e a terra das sombras dará à luz Is 26,18-19.” A situação piorou ainda mais, a destruição foi total. Os israelitas diziam: ‘Nossos ossos estão secos e nossa esperança se foi. Para nós, tudo acabou’ Ez 37,11. Coube a Ezequiel reacender esta mesma esperança: “Vou abrir seus túmulos, tirar vocês de seus túmulos, povo meu, e vou levá-los para a terra de Israel Ez 26,12”.
            De onde vem ou virá a salvação?  Ela já está e sempre esteve em nosso meio. Nós, não a vemos, cegos que estamos diante de tanta corrupção e destruição.

            Será novamente do meio do povo, de quem menos se espera e, o novo surgirá.  Vamos deixar de olhar para os “grandes”. Eles precisarão ser derrubados de seus tronos e mandados embora de mãos vazias (Lc 1,51-52). Vamos cada qual, com sua agulha e seu carretel continuar bordando. É preciso furar, é preciso passar a linha, é preciso bordar e uma nova história vai brilhar.  Jesus acreditou na força do amor e proclamou; EU VENCI O MUNDO. VIVA SETE DE SETEMBRO.  

terça-feira, 5 de setembro de 2017

FÉ E CIDADANIA – 11   José Vanin Martinso
DEUS SABE DO SOFRIMENTO DO POVO?

            Quando o povo ainda está descobrindo os caminhos de Deus fica a pensar de que lado Deus está. No tempo do Faraó, era comum o povo pensar que Deus estava do lado do rei e dos ricos. Ainda hoje há muitos que pregam que a prosperidade financeira é uma bênção de Deus. Vive a maioria do povo em estado de miséria, passando fome e, às vezes é tentada a pensar que Deus se esqueceu dele.
            Com o povo de Israel aconteceu o mesmo. O povo disse à Moises: «Que Deus examine e julgue a vocês, porque vocês é que nos tornaram odiosos ao Faraó e à sua corte, e puseram na mão deles uma espada para nos matar Ex 5,20».
            Até Moisés ficou entristecido, sem resposta e perguntou a Deus: «Senhor, por que maltratas este povo?” Por que me enviaste? 23 Desde que me apresentei ao Faraó para falar em teu nome, o povo é maltratado, e tu não libertaste o teu povo Ex 5,22-23».

            Hoje é a maioria da população do mundo que passa fome.
            Hoje, como ontem, Deus se esqueceu de seu povo?

            Moisés esperava por um milagre. Hoje também são muitos que oram e esperam por um milagre. A miséria aumentou nos últimos anos. O que Deus está esperando?

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

27-  AMAR, O MELHOR CAMINHO – AMOR-EXIGENTE    José Vanin Martins
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SÉRIE  D-01  9º.  PRINCÍPIO:  1 –NA COMUNIDADE, AS FAMÍLIAS PRECISAM DAR E RECEBER APOIO.  – PRINCÍPIO APOIADOR
PRINCIPIO COM ENFOQUE EU
VER –
1.     A realidade do individualismo está crescendo como erva daninha. Vizinho não conhece seu vizinho. Moram num mesmo prédio e se desconhecem. Moram na mesma quadra e não se encontram. Nas reuniões do condomínio, das associações de bairro é grande a ausência dos moradores. Nas reuniões da escola, dificilmente acontece uma grande presença de pais. Até mesmo na Igreja tornou-se possível a participação anônima; Consigo entrar e sair sem me encontrar com alguém e, creio que me encontrei com Deus. O que está acontecendo?
2.     Medo, inércia, falta de tempo, egoísmo, individualismo, autossuficiência, tudo isto se soma, para explicar o esvaziamento dos grupos de apoio. Foge-se do grupo como o diabo foge da cruz! Tudo isto vai na contra mão do cristianismo, do evangelho. Prevendo esta dificuldade de se reunir, Jesus valorizou tanto o grupo que afirmou: “19 E lhes digo ainda mais: se dois de vocês na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está no céu. 20 Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles. Mt 18,19-20».
3.     Indo na contra mão do comportamento individualista, Jesus começa seu trabalho, primeiro formando seu grupo de doze amigos (Mc 3,13-19) e depois amplia para setenta e dois (Lc 10,1-12). Educar filhos é uma tarefa complexa que acontece melhor quando o processo é feito dentro de um grupo de apoio. Hoje, diria, que necessariamente, é preciso que os pais reúnam-se em grupos, voltados para a educação dos filhos, para que tudo possa dar certo.
4.     Há uma soma de vários fatores que nos induzem ao individualismo. Até mesmo, o celular, que deveria ser um meio de aproximação, tornou-se um motivador do isolamento. As pessoas se isolam, se escondem dispensando o gosto do abraço e o aperto de mão. Tudo acontece às distâncias. A tv. com seus  entretenimentos (novelas, notícias, esporte, cultos, missas, variedades...) dispensam qualquer saída de casa. Tudo está ao nosso alcance.   O afeto murchou. Este isolamento acontece não só entre as famílias, mas dentro da própria casa, onde cada um se basta com o seu aparelho de mão, ou cada um com a sua própria tv. dentro do próprio quarto.

5.     AVALIAR -
Até onde sinto me isolado e individualista?
Até onde em minha favoreço o isolamento entre os próprios membros?
Quais os argumentos que uso para não participar de grupos?
Como explico a minha ausência para as diferentes reuniões: (de pais, do condomínio, da Igreja...)

6.     AGIR -
Tornar-me um exemplo de apoio dentro de minha família.
Tornar-me um exemplo de apoio diferenciado para cada membro da família.
Participar das reuniões no condomínio, na escola e Igreja quando convocado.

Ver, que apoio posso dar no Grupo Amor Exigente.