sábado, 26 de outubro de 2019


POBRES  E  RICOS  - 6
CONCLUINDO                                                                                     
José Vanin Martins – outubro 2019                                                                                                             

            A utopia do profeta Isaias era bem maior. Ele conclamava: “1 Atenção! Todos os que estão com sede, venham buscar água. Venham também os que não têm dinheiro: comprem e comam sem dinheiro e bebam vinho e leite sem pagar.  2 Por que gastar dinheiro com coisa que não alimenta, e o salário com aquilo que não traz fartura? Ouçam-me com atenção, e comerão bem e saborearão pratos suculentos, 3 Dêem ouvidos a mim, venham para mim, me escutem, que vocês viverão”  Is 55,1-3.
            Jesus venceu a tentação de transformar as pedras em pão Mt 4,1-4, mas conservou a sua vontade de todos terem vida e vida completa Jo 10-11. Deixou para seus apóstolos a difícil missão de arrumar pão para o povo comer. Este pedido ou ordem de os apóstolos providenciarem o pão ficou registrado seis vezes nos Evangelhos: Mt 14,13-21 e 15,32-39; Mc 6,31-44 e 8,1-10; Lc 9,10-17 e Jo 6,5-15.  Esta ordem foi porque Jesus tinha pena do povo que era como ovelha sem pastor. Quem são os pastores hoje?
            O trabalhador brasileiro, dentro de um país de maioria cristã, vive com desilusão. A Constituição brasileira de 1988, ainda em vigor, estabelece que o SALÁRIO MINIMO deva atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social (Art 7- inciso 4).
O salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas conforme determina a Constituição deve ser de R$ 4.214,62. No entanto, o valor é $998 reais, 4,22 vezes o salário mínimo em vigor.  Esta é a estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). É um salário de fome, de morte.
            Quando mais novo tentei lutar por um mundo mais equitativamente justo. Vivi e vivo o SONHO DA UTOPIA. Alimento este sonho por acreditar que este também seja o SONHO NO REINO do PAI proclamado por JESUS e orado no PAI NOSSO.  
Peço a Deus que me conserve a sensibilidade pelo sofrimento dos empobrecidos. Não tenho a coragem dos profetas. Considero-me um “profeta de pijama”, sempre inquieto e inconformado diante da realidade.  Vejo muitos condutores de igrejas usarem da religião para confirmar o direito da classe A com a (teologia da prosperidade). Para apaziguar a consciência da classe B usam a (teologia da premiação) e para consolar a dor, o sofrimento da classe B, a  (teologia da resignação). Fico paralisado.
            Mais interrogativo ainda quando vejo o dinheiro investido na construção dos grandes, ricos e maravilhosos templos, usando até do dinheiro da viúva. Com tantas igrejas e religiões cristãs, JESUS VIVE PEDINTE, EMPOBRECIDO E EXCLUIDO DO CONVÍVIO HUMANO.
            POSSO OU PODEMOS FAZER ALGUMA COISA?

quinta-feira, 24 de outubro de 2019


POBRES  E  RICOS  - 3
COMO O POBRE DEVE SER TRATADO.?
José Vanin Martins – outubro 2019

Os profetas  de Deus foram mais ousados na denúncia das injustiças e, por isto sempre perseguidos. Sinto-me sempre questionado pelo que eles dizem:-
1.      Os ricos prosperam com a exploração,(Miq 6,12).  Suas casas estão cheias de coisas roubadas  (Jer  5,27).
2.      Chegam ao ponto de se esquecerem do justo, por causa do dinheiro; tentam ganhar o pobre dando COMO  presente um par de sandálias, pisoteiam os fracos e desviam o caminho dos pobres (Amós 2,6);
3.       Exploram os necessitados e pobres através do comércio, falsificando as balanças, vendendo o refugo do trigo, tentam comprar o apoio dos pobres com presentes baratos e com dinheiro   (Amós 8,4-6).   
4.      É com esta roubalheira que eles juntam casa com casa (exploração imobiliária) e emendam campo a campo, (latifúndio) até se tornarem donos de tudo  (Is 5,8) .
5.       Conseguem leis injustas contra os pobres, roubando e prejudicando ainda mais as viúvas e os órfãos. (Is 10,1-3).
6.      Denuncia a prática religiosa quando acompanhada de injustiças e esquecimento do pobre. Is 1,10-17
Só citei algumas das centenas de denuncia que eles fizeram. Todos os profetas apresentam Deus como amigo dos empobrecidos e sempre advertindo os ricos e os poderosos dos poderes civil, religioso, jurídico...para a desgraça que causam sobre a terra.
Com os olhos dos profetas posso fazer uma leitura da atual situação do Brasil. Não bastasse a exploração diária no mundo do trabalho, principalmente  braçal, ainda compram legisladores para modificarem a lei da previdência, a lei trabalhista, para não perderem nenhum centavo. Querem ganhar mais ainda, tirando do trabalhador, o seu maior lucro. E já naquele tempo usavam dos sacerdotes do templo para abençoarem a roubalheira.
Onde estão os profetas de hoje?


POBRES  E  RICOS  - 5
O SEGUIMENTO DE JESUS
José Vanin Martins – outubro 2019

Alguns ricos foram generosos e seguiram a Jesus. Um deles foi ZAQUEU. Ele humildemente prova que compreendeu a proposta de Jesus. De pé disse: “«A metade dos meus bens, Senhor, eu dou aos pobres; e, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais». Zaqueu reconhece que tinha roubado e Jesus não esconde que ele estava perdido, mas pela mudança de atitude (conversão) ele estava salvo. “Este homem é filho de Abraão”. Lc 19,1-10
Outro rico, cobrador de impostos, que Jesus chamou e teve coragem de deixar tudo e seguir Jesus foi Mateus.  O pecado maior de Mateus era a ganância e desta foi salvo e tornou-se um dos doze Apóstolos. Mt 9,9-13
Até hoje, normalmente, as mulheres são mais generosas e solidárias. No evangelho ficou registrado que Jesus e seu grupo de discípulos foram sustentados por um grupo de mulheres com os bens que possuíam; isto numa sociedade altamente machista. Lc 8,1-4 Jesus mostrou sua gratidão escolhendo uma mulher, Maria Madalena e em seguida a um grupo de mulheres, como primeiras testemunhas de sua ressurreição. Mc 16,9-11; Mt 28,1-10  
Jesus que afirmou nem ter lugar para onde repousar a cabeça, depois de sua morte recebeu uma sepultura do rico José, da cidade de Arimatéia. Mt 8,20; 27,57-61
Os apóstolos, os discípulos e os primeiros seguidores de Jesus, criaram comunidades e tentaram viver como Jesus ensinou. Os Atos dos Apóstolos por duas vezes retrata a vida destas comunidades: At 2,42-47 e 4,32-37:-
- perseverantes em ouvir os ensinamentos dos apóstolos;
- na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações; eram um só coração e uma só alma;
- eram unidos e colocavam em comum todas as coisas;
- vendiam suas propriedades e bens e repartiam o dinheiro conforme a necessidade de cada um; entre eles ninguém passava necessidade;
- todos juntos frequentavam o templo;
- nas casas partiam o pão, tomando o alimento com alegria e simplicidade;
- eram estimados por todos e a comunidade só crescia;
Para a melhor organização da partilha e para que ninguém ficasse prejudicado foi criado o primeiro serviço desta nova igreja, os diáconos. At 7,1-6
Este modo de viver, este sistema é CRISTÃO, COMUNIDADE CRISTÃ e não tem nada haver com o comunismo.
O rico é quem tem o poder da riqueza e/ou tem poder religioso, ou político, ou jurídico, ou militar. Estes poderosos SÓ  querem mandar e usufruir do dinheiro. Causam medo e criam todas as mentiras possíveis para acabar com os empobrecidos que vivem só do PODER DO SERVIÇO.  Isto já aconteceu logo no começo e também ficou registrado em Atos 4,1-4; 5,17-32.
Acreditando em Jesus, devo aceitar o desafio de construir este modelo de Igreja para construir um novo modelo de sociedade.


quarta-feira, 23 de outubro de 2019


POBRES  E  RICOS  - 4
COMO SÃO VISTOS OS POBRES E RICOS NOS EVANGELHOS
José Vanin Martins – outubro 2019

Abrindo o evangelho de Lucas encontro a oração de Maria, a mãe educadora de Jesus que BENDIZ A DEUS porque ELE: realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias. Esta era a oração de louvor de  Maria. Lc 1,46-56
João Batista, primo de Jesus,  que veio preparar a sua chegada dizia: «Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. “E quem tiver comida, faça a mesma coisa.»; «Não cobrem nada além da taxa estabelecida.» e  «Não maltratem ninguém; não façam acusações falsas, e fiquem contentes com o salário de vocês.» Lc 3,1-10
Foi para os enviados de João Batista, já preso  que Jesus disse claramente qual era sua missão: anunciar uma boa notícia para os pobres fazendo o bem da libertação das doenças e males Lc 7,11-30.
Para aqueles que são ricos, Jesus quer deixar bem claro o que acontecerá com eles, (tristeza , fome, e lágrimas, enganos) e indica uma nova maneira de relacionamento para todos. Lc. 6.20-36     
            Jesus nos adverte que é impossível servir a Deus e ao dinheiro. Confiar em Deus que  dá tudo para todos.. Mt 6,24-34
            A riqueza é uma ilusão passageira que induz para a acumulação exigindo dedicação total e leva ao esquecimento de valores eternos, a partilha. Mt. 6,19-21
Jesus igualmente adverte o rico para o perigo de sua condenação pela ganância de só querer acumular; a partilha é o modo de se tornar rico para Deus.  Lc 12,13-20; 32-34
            Lembro da advertência que Jesus fez ao contar a parábola da semente:  “A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas a preocupação do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a Palavra, e ela fica sem dar fruto.” Mt 13,22    
            Jesus conta a história da recompensa de Lázaro, o pobre e não nomeia o nome do rico condenado, porque ele representa o modo universal dos ricos agirem. A ganância do rico é tanta que não sobram as migalhas de sua mesa para o pobre. A ganancia cria a fome no Brasil e um abismo entre o rico e o pobre Lc 16,19-31
                Jesus convidou um homem rico, obediente dos mandamentos para segui-lo; uma condição, partilhar o que tinha com os pobres. Ele recusou. Diante desta constatação Jesus afirma; “De fato, é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.»  Lc 18,18-26
                O PLANO DE DEUS, desde a criação do mundo, que devemos construir é: dar de comer para quem tem fome, dar de beber para quem tem sede, acolher os imigrantes, agasalhar os sem roupa, zelar dos doentes e fazer uma educação para a liberdade... do contrário a consequência virá. Mt 25,31-46
            Lembro-me, ainda de  Paulo e Tiago:   “ Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa ânsia de dinheiro, alguns se afastaram da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos.”.  “Religião pura e sem mancha diante de Deus, nosso Pai, é esta: socorrer os órfãos e as viúvas em aflição, e manter-se livre da corrupção do mundo.”  Timoteo 6,10;  Tiago 1,17
            O QUE POSSO E O QUE CADA UM PODE CONCLUIR?

domingo, 20 de outubro de 2019


POBRES  E  RICOS  -  2
COMO O POBRE DEVE SER TRATADO.?
José Vanin Martins – outubro 2019

Com a distribuição de renda que existe no Brasil, criou  uma sociedade onde a maioria é pobre. Existe uma orientação na Bíblia de como tratar o pobre com respeito e generosidade. É mandamento para todos que QUEM tem mais DEVE atender as necessidades de quem tem menos.  A população pobre não é por opção, nem pelo destino; é empobrecida pela ganância que explora.
Muitos dizem que Abrão era rico. Na Bíblia ficaram registradas duas versões. Numa fala de sua riqueza e a outra fala de sua pobreza e é como pobre que Abraão quis ser lembrado pelos seus descendentes: “Meu pai era um arameu errante: ele desceu ao Egito e aí residiu com poucas pessoas Dt 26,15”. O conhecimento dos sofrimentos que Abraão passou por ser pobre e imigrante, levou o povo de Deus pensar e escrever leis em defesa do pobre e do imigrante.
            Já no Antigo Testamento, na explicação dos DEZ MANDAMENTOS, DEUS ESCLARECEU como o pobre deve ser tratado. Os mandamentos não matar, não roubar não cobiçar coisas alheias foram registrados em defesa do pobre.  É bom lembrar que era um povo essencialmente agrícola.  Vejamos:
1.      É verdade que no meio de você não haverá nenhum pobre.  Dt 15,4
2.      Deixar sempre uma parte da colheita (do lucro da empresa) para os pobres e imigrantes.  Lev. 19,9-10 
3.      Não cometam injustiças no julgamento. Não seja parcial para favorecer o pobre ou para agradar ao rico: julgue com justiça os seus concidadãos. Lev 19,10
4.      Não seja vingativo, nem guarde rancor contra seus concidadãos. Ame o seu próximo como a si mesmo. Lev 19,18
5.      Amar o imigrante como sendo um concidadão, lembrando sempre que já foram imigrantes no Egito.  Lev 19,33
6.        Justiça no comércio. Não cometam injustiças no julgamento, nem cometam injustiças no peso e nas medidas. Tenham balanças, pesos e medidas exatas. Lev 19,35-36; Dt 25,13-16
7.      Quando houver um só pobre, não endureça o coração, nem feche a mão para esse irmão pobre..., abra a mão e empreste o que está faltando para ele, na medida que o necessitar.
Não seja mesquinho, nem avarento... eu ordeno, abra a mão em favor do seu irmão, do seu pobre e do seu indigente na terra onde você está. Dt 15.7-10. Vejo aqui a função social da rqueza.
8.      Quando você fizer algum empréstimo a seu próximo, não entre na casa dele para pegar alguma coisa como penhor. Dt 24,10-13
9.      Não atrasar no pagamento do salário que deve ser a cada dia, porque ele é pobre e sua vida depende dele.  Dt 24,14-15
10.  O dízimo da renda deve incluir o religioso, o imigrante, o órfão e a viúva. Dt 26,12-13
O sistema capitalista permite de maneira legalista e injusta a implantação de toda exploração, tirando todo possível peso de consciência.  Quando um rico praticar estes mandamentos é o próprio Deus quem lhe dará a recompensa.
Esta foi a orientação dada por Deus para o povo. Vamos ver qual foi a prática desta orientação entre o povo de Deus.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019


DIVAGAÇÕES   2 - O MILAGRE
José Vanin Martins – Outubro 2019

            Como admiro os milagres de Jesus narrados nos Evangelhos. Ressuscitar morto já enterrado por três dias;         curar a mulher que sofria de sangramento por mais de doze anos; aceitar o pedido do oficial romano para curar o seu empregado; foram seus amigos que levaram o pedido.
            Hoje a mídia religiosa divulga os milagres com todas trombetas. São tantos os milagres se tornam fonte de riqueza ilícita e exploratória para muitos
Hoje também há milagres que acontecem por meio de pessoas eleitas que levam o pedido, a súplica até Deus. E o que é o milagre? Fico a divagar com a resposta que JESUS deixou: “porque eu senti que de mim saiu um poder... Minha filha, você sarou porque teve fé” Lc 8,43-48.  Na cura, à distância, do empregado do Oficial Romano, Jesus disse: “nem mesmo em Israel vi tanta fé”! Lc 7,1-10.
Ficou registrado nos evangelhos que Jesus garantiu que íamos poder fazer muito mais, obras maiores ainda  João 14,12.
            Seriam os milagres um privilegio que Deus concede apenas para poucos? E os outros? Há quem mereça mais? Há uma fé maior que a outra?  O que é a fé?  - É o poder, é a energia de fazer o bem que está dentro de cada um de nós e se comunica com a energia que está no outro. A fé está naquele que recebe a graça, o favor, independente de sua crença religiosa... é preciso que esteja atento às necessidades do outro e haja o devido respeito. Dispensa divulgação Mt 8,1-4 – Mt,927-31.
            E quando o milagre não acontece? Os defensores de Deus, que sempre estão de plantão, logo dizem:  “Deus sabe o que faz”; “Não pergunte por que, mas para que”:  “É porque ainda não chegou a hora”; “Será que ele merece?”..., e outras mais.
            Para Paulo “1 A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se vêem Heb 11,1. Existe uma realidade maior: “o amor é eterno... agora pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. Porém o maior destes é o AMOR Heb 13,8.13.
            O milagre do amor quando acontecer na vida dos poderosos, dos cientistas, com toda certeza fará obras ainda maiores e haverá muito mais o domínio da saúde, da qualidade de vida sobre a doença. Haverá a descoberta, pela física quântica, desta energia sagrada, deste poder que Deus já nos deixou para ser usada no serviço do bem.

domingo, 6 de outubro de 2019


DIVAGAÇÕES   1
José Vanin Martins – Outubro 2019

            Meus pensamentos andam sem rumo, divagam, sonham, imaginam e voam. Tenho dificuldade em me prender em quatro paredes ou em uma estrutura.
            Muitas vezes, procurei defender uma estrutura ou a maneira como esta estrutura defendia certos valores, certas interpretações da bíblia, eu mesmo me tornava esta estrutura e fazia destas verdades, como se eu fosse a verdade. Isto também aconteceu no campo das ideias políticas.
            Ainda agora corro este perigo. Vou falar de minhas divagações. Uma primeira divagação é a respeito de JESUS. Penso e repenso no que a Bíblia fala de Jesus ou no que a Bíblia fala de Deus. Ainda me prende a ideia que a BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS, A IDEIA QUE OS EVANGELHOS SÃO AS PALAVRAS DE JESUS.
            Fico a divagar no grande número de pessoas que em tempos e  lugares diferentes dos acontecimentos, motivadas pela realidade de seu presente, fizeram uma reflexão sobre o que já acontecera e se tornaram o Antigo ou o Novo testamento.
            Fico a divagar no poder da autoridade, das igrejas, das pessoas ou mesmo de minhas conclusões uma vez declaradas como sendo a Palavra de Deus, “brigam” com as compreensões diferentes umas das outras ou das minhas.
            Ainda bem, que em minhas divagações rendo-me ao que Jesus disse: EU SOU A PALAVRA, O CAMINHO E A VIDA. O modo como Ele viveu e amou este é o caminho, a verdade e a vida.
            Quanto ás palavras da Bíblia contento-me em pensar como Paulo pensou num momento:
Tito 3 8 Essa é uma palavra digna de fé. Por isso quero que você insista nessas coisas, a fim de que aqueles que acreditam em Deus sejam os primeiros a praticar o bem. Essas coisas são boas e úteis para os homens.
2tim 16 Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra.
            Contento-me em saber que esta Palavra inspirada por Deus é digna de fé para a PRÁTICA DO BEM, PARA A PRÁTICA DA JUSTIÇA E PREPARE O HOMEM PARA TODA BOA OBRA..., e não para tantas divisões.
              
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
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sábado, 5 de outubro de 2019


COMO VEJO A ESPIRITUALIDADE
José Vanin Martins – outubro 2019

            Gosto da explicação de que a ESPIRITUALIDADE É A CASA DE TODAS AS RELIGIÕES. Nela convivem os hinduístas, os budistas, os animistas, os islamitas, os judeus e os cristãos em sua imensa variedade de denominações. É entregar minha vontade e minha vida a um SER SUPERIOR a mim mesmo, na forma em que O concebo, segundo me ensina o terceiro passo do AA (Alcoólicos anônimos). A espiritualidade que envolve esta busca de um SER SUPERIOR é PLURALISTA. É de muitas e diferentes formas.  
            Creio que sou um ser espiritual. Estou à minha maneira em busca deste Deus. E parafraseando Paulo digo: “mesmo que seja às apalpadelas..., pois é ele quem me dá vida, respiração e tudo o mais, pois nele vivo, me movo e existo. Sou da raça do próprio Deus’. At 17,22-28”.  Eu O compreendo como sendo o DEUS DE JESUS CRISTO.
            Cristãos são todos aqueles que procuram encontrar-se com Deus tornando-se discípulos de Jesus. Os cristãos estão distribuídos entre muitas e diferentes denominações. A espiritualidade da parcela cristã nesta mesma busca recebe o nome de ECUMÊNICA...,  deve visar, pelo menos, a unidade entre os cristãos.
            Busco em minha espiritualidade ser discípulo de Jesus. Para ser seu discípulo Jesus coloca sua exigência: “34 Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. 35 Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos João 13,34».
João, o discípulo amado concluiu: “20 Se alguém diz: «Eu amo a Deus», e no entanto odeia o seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê”  1João 4,20-21.
Jesus veio para construir a unidade entre todos. FAZER A VONTADE DO PAI. A vontade do PAI é que todos SEJAM UM. 
Concluo, espiritualidade é o exercício de todo o dia, de toda hora, ver e AMAR O OUTRO, o diferente, seja quem for; nacionalidade, cor, gênero, crença, religião, condição social, escolhas pessoais, como sendo o próprio DEUS. A espiritualidade de quem quer ser cristão é sempre PLURALISTA em busca da unidade.
            Confesso que ainda sou um pequeno aprendiz nesta maneira de amar.
               
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
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sexta-feira, 4 de outubro de 2019


FÉ E CIDADANIA – 02  TEMPO DOS REIS   José Vanin Martins   
A-     COMO LEIO A BÍBLIA

Já li a Bíblia do começo ao fim umas três vezes. Leio a bíblia quase que diariamente. Leio a bíblia para situar-me melhor na história de hoje, na sociedade em que vivo. Aprendi que a Palavra de Deus que encontro na bíblia aconteceu. FOI PERCEBIDA, ENCARNADA dentro de um contexto histórico, de uma realidade econômica, social, religiosa, política e ideológica.
A bíblia foi escrita por homens atentos em querer fazer a vontade de Deus. Deus tem um plano de construção para a história da humanidade. Na bíblia por muitas vezes, este plano é conhecido como o Reino de Deus. Os profetas tiveram melhor compreensão deste projeto e sempre denunciaram os poderes políticos e religiosos quando se desviaram desta construção.
A bíblia é uma história que tem carne, que tem osso e que tem nome, desde quando Abraão começou a ter uma nova visão de Deus, diferente dos povos pagãos, até a verdade: “A Palavra estava no mundo, o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a conheceu. 11 Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam... 14 E a Palavra se fez homem e habitou entre nós João 1,8-11”.
A maioria do povo judeu não compreendeu sua escolha para se tornar como um protótipo, um modelo, um sinal desta nova humanidade. JESUS veio para reafirmar o fio condutor desta história que é amor, justiça e partilha, para que haja vida em abundância para todos João 10,10. Morreu na cruz por querer transformar esta realidade econômica, social, política e ideológica no Projeto do Pai. Esta foi a sua religião: FAZER A VONTADE DO PAI.
 Já quis apressar a realização deste reino. Os resultados foram poucos. Tive a tentação de tudo abandonar e fugir da luta. Fui novamente despertado para esta verdade, muitas vezes esquecida: “Há, porém, uma coisa que vocês, amados, não deveriam esquecer: para o Senhor, um dia é como mil anos e mil anos são como um dia 2Ped 3,8”. É a paciência histórica. Ele Jesus venceu o mundo, sem se desviar do fio condutor.  
Será que nós, os cristãos de hoje, temos esta compreensão?
       
BRASA QUE NTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
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