DE
PAI PARA FILHOS PAIS
José Vanin Martins – Nov 2019
Já sou pai idoso, já sou avô. Olho
para traz e vejo a caminhada que fiz como educador de meus filhos. Tinha muita
inteligência, muita informação, mas me faltou a consciência das reais
necessidades do afeto e da presença para os meus filhos. Fui pai provedor. Meus
filhos não podem se queixar da falta do necessário. Até mesmo tiveram algum
supérfluo.
Olho o passado. Hoje meus filhos já
são adultos e também pais. Assim como eu não pedia orientação alguma de como
educar meus filhos para os meus pais, hoje se repete o mesmo. Os tempos
mudaram. O que faltou ontem, hoje está
faltando muito mais, a falta de tempo para os filhos, tempo com qualidade.
A presença do respeito, do afeto, da
escuta, da paciência, da compreensão, do diálogo não poderá ser substituída
pelo celular, pelo notebook ou qualquer tablete que com seus jogos e vídeos
isola os irmãos da convivência entre si dentro da própria casa e com seus
coleguinhas. Como também não adiantam
outros presentes, roupas de marca, tudo para tranquilizar e substituir a
responsabilidade de pais. A presença da presença dos pais é insubstituível.
O só falar gritando, a ameaça, a
surra, a chamada de atenção em público, a gozação, a ausência, tudo se soma para
causar o vazio ou as feridas d alma que só causam nos filhos, transtornos mentais
e afetivos de difícil cura.
O relacionamento afetuoso, respeitoso
entre o pai e a mãe é o presente necessário na educação dos filhos.
A prática da busca de Deus, da espiritualidade
torna-se um exemplo que esclarece para os filhos porque seus pais procuram cada
dia serem melhores.