DEUS AMA OS RICOS
(10) – ADVERTÊNCIA DE DEUS PARA OS RICOS
José Vanin Martins – Março 2020
Jesus
falou muitas vezes por parábola. A primeira que usou foi do semeador que espalha
a semente. E Jesus logo explica que a semente é a Palavra do Reino. O terreno é
o coração de cada pessoa. Ele compara o coração do rico como um coração com os
espinhos das preocupações e da ilusão das riquezas que sufocam a mensagem e não
produzem frutos. As sementes aquelas que caíram numa terra boa produzem na base
de cem, de sessenta e de trinta grãos por um (Mt 13,3-9.18-23. O rico
é cheio de preocupações em aumentar suas riquezas. Não tem tempo para pensar na
vida que é terna e eterna.
Falou também do
homem rico que teve uma grande colheita de trigo. Pensou em aumentar seus
celeiros e com seus bens que dava para muitos anos, poderia descansar, comer,
beber e alegrar-se. Na sua louca ganância não pensou em partilhar e muito menos
na possibilidade da morte antes do tempo. E Jesus diz: “Assim acontece com quem
ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus Lc 12,15-21.
»
Falou
também da avareza do rico que nem sequer dá as migalhas que sobram de sua mesa para
o pobre Lázaro Lc 16,19-31. Na sociedade o rico tem nome e o pobre,
não. Jesus faz questão de chamar o pobre pelo nome e deixou o rico sem nome.
Marcos
disse que Jesus olhou com amor para
o homem rico que lhe perguntou: o que devo fazer para conseguir a vida eterna.
O homem ficou triste e aborrecido com a resposta: “Vá, venda tudo o que tem, e
dê o dinheiro aos pobres, e assim terá riquezas no céu. Depois venha e siga-me Mc
10,17-31. Esse “olhar com amor” de Jesus só se encontra uma vez nos
evangelhos.
A
maior condenação que Jesus faz é para os dirigentes religiosos (padres, bispos,
pastores, teólogos, ministros, líderes religiosos...) que usam de seus
conhecimentos e do lugar que ocupam para explorarem as viúvas, (os
empobrecidos) roubarem seus bens e tirarem proveito da posição que ocupam. Até
pagam o dízimo das menores coisas, tudo para aparentarem sua religiosidade e
honestidade (Mt 23-13-36; Lc20,45-47).
Por
último Jesus diz as palavras mais duras de todos os evangelhos, para todos que
se desculpam em não dar esmola porque não reconheceram a pessoa de Jesus na
pessoa do pobre: “Afastem-se de mim, malditos. Vão para o fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos. Porque eu estava com fome, eu estava com
sede, eu era estrangeiro, sem teto; eu estava sem roupa; eu estava doente e na
prisão, e vocês não me socorreram (Mt
25,3146).
Jesus
nunca, em lugar algum do evangelho, usa de seu tempo para falar ou defender o
pagamento do dízimo. A causa de Jesus é a dignidade da pessoa humana, imagem e
semelhança de Deus, que é desrespeitada pelos que usam os diferentes poderes da
riqueza, da política, da justiça, das armas e até da religião.
O
problema maior não é a riqueza. O problema maior é a origem da riqueza e a ausência
de sua função social. Não é preciso ficar pobre, mas, é necessário zelar do
empobrecido, do próximo.
A
exigência de vender tudo e dar para os pobres é para os apóstolos e todos que
assumem um ministério na liderança religiosa. A exigência de socorrer os
empobrecidos é para todos que querem ser CRISTÃOS.
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
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