domingo, 29 de março de 2020


DEUS AMA OS RICOS  (10) – ADVERTÊNCIA DE DEUS PARA OS RICOS
José  Vanin Martins – Março 2020

            Jesus falou muitas vezes por parábola. A primeira que usou foi do semeador que espalha a semente. E Jesus logo explica que a semente é a Palavra do Reino. O terreno é o coração de cada pessoa. Ele compara o coração do rico como um coração com os espinhos das preocupações e da ilusão das riquezas que sufocam a mensagem e não produzem frutos. As sementes aquelas que caíram numa terra boa produzem na base de cem, de sessenta e de trinta grãos por um (Mt 13,3-9.18-23. O rico é cheio de preocupações em aumentar suas riquezas. Não tem tempo para pensar na vida que é terna e eterna.
            Falou também do homem rico que teve uma grande colheita de trigo. Pensou em aumentar seus celeiros e com seus bens que dava para muitos anos, poderia descansar, comer, beber e alegrar-se. Na sua louca ganância não pensou em partilhar e muito menos na possibilidade da morte antes do tempo. E Jesus diz: “Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus Lc 12,15-21. »
            Falou também da avareza do rico que nem sequer dá as migalhas que sobram de sua mesa para o pobre Lázaro Lc 16,19-31. Na sociedade o rico tem nome e o pobre, não. Jesus faz questão de chamar o pobre pelo nome e deixou o rico sem nome.
            Marcos disse que Jesus olhou com amor para o homem rico que lhe perguntou: o que devo fazer para conseguir a vida eterna. O homem ficou triste e aborrecido com a resposta: “Vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim terá riquezas no céu. Depois venha e siga-me Mc 10,17-31. Esse “olhar com amor” de Jesus só se encontra uma vez nos evangelhos.
            A maior condenação que Jesus faz é para os dirigentes religiosos (padres, bispos, pastores, teólogos, ministros, líderes religiosos...) que usam de seus conhecimentos e do lugar que ocupam para explorarem as viúvas, (os empobrecidos) roubarem seus bens e tirarem proveito da posição que ocupam. Até pagam o dízimo das menores coisas, tudo para aparentarem sua religiosidade e honestidade (Mt 23-13-36; Lc20,45-47).
            Por último Jesus diz as palavras mais duras de todos os evangelhos, para todos que se desculpam em não dar esmola porque não reconheceram a pessoa de Jesus na pessoa do pobre: “Afastem-se de mim, malditos. Vão para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque eu estava com fome, eu estava com sede, eu era estrangeiro, sem teto; eu estava sem roupa; eu estava doente e na prisão, e vocês não me socorreram (Mt 25,3146). 
            Jesus nunca, em lugar algum do evangelho, usa de seu tempo para falar ou defender o pagamento do dízimo. A causa de Jesus é a dignidade da pessoa humana, imagem e semelhança de Deus, que é desrespeitada pelos que usam os diferentes poderes da riqueza, da política, da justiça, das armas e até da religião.
            O problema maior não é a riqueza. O problema maior é a origem da riqueza e a ausência de sua função social. Não é preciso ficar pobre, mas, é necessário zelar do empobrecido, do próximo.
            A exigência de vender tudo e dar para os pobres é para os apóstolos e todos que assumem um ministério na liderança religiosa. A exigência de socorrer os empobrecidos é para todos que querem ser CRISTÃOS.

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