terça-feira, 30 de abril de 2019


O TRABALADOR
PRIMEIRO DE MAIO DE 2019
José Vanin Martins

Comerás o pão
Com o suor do teu rosto,
Já não era condenação,
Mas simples constatação
Da dura realidade
Da vida do trabalhador.

De Deus é a vontade,
Que o salário do trabalhador,
Não fique retido na mão do patrão.
Trabalhador e família tem fome,
Negar seu salário,
É injustiça, merece condenação.

Salário mal pago,
Cumprindo a legislação,
É salário injusto,
Nem obedece a legislação,
Que garante todos os direitos,
Para o trabalhador, digno cidadão.

Pagar digno salário,
Partilhar a abundância dos lucros,
De Deus, merece todas as bênçãos,
Do trabalhador atende as necessidades,
Torna a vida mais feliz,
Constrói uma nova humanidade.

segunda-feira, 22 de abril de 2019


É PÁSCOA, MEU IRMÃO
José Vanin Martins – abril 2019

Quando vejo,
Pais capazes de amar,
O filho, “ovelha perdida”,
Fazem o que pode e o que não pode,
Alimentam sempre a esperança,
Isto é PÁSCOA, meu irmão.

Quando vejo,
Jovens fazendo escolhas do bem,
Lutando por um futuro melhor,
Buscando sempre a ternura,
Numa sociedade tão controvertida,
Isto é PÁSCOA, meu irmão.

Quando vejo,
Professores acreditando,
Os alunos são melhores que a escola,
O saber, o respeito e a educação,
Vale toda sua dedicação,
Isto é PÁSCOA, meu irmão.

Quando vejo,
Padres e Pastores pregando,
Jesus dos empobrecidos,
Quer toda nossa união,
Para que a justiça aconteça
Isto é PÁSCOA, meu irmão.

Quando vejo,
Pessoas de bem e de bens,
Partilhando sempre o que tem,
Atentas aos necessitados,
Servindo do seu bom bocado
Isto é PÁSCOA, meu irmão.

Quando vejo,
Pessoas levadas pelo amor,
Dando sua própria vida,
Na busca da maior igualdade,
Construindo uma nova sociedade,
Isto é PÁSCOA meu irmão.

terça-feira, 16 de abril de 2019


AINDA É PÁSCOA
José Vanin Martins

Quando vejo,
Barragens se rompendo,
Lama engolindo gente,
Vida desaparecendo,
O clamor crescendo,
Ainda não é o fim.

Quando vejo,
Chacinas de jovens e crianças,
Lágrimas de pais desiludidos,
Ódio ainda crescendo,
O desespero tomando conta,
Ainda não é o fim.

Quando vejo,
A fortuna em mãos de poucos,
A corrupção dos governantes,
O cinismo dos juízes,
Inocentes sendo presos,
Ainda não é o fim.

Quando vejo,
A religiosidade crescendo,
Os templos se enchendo,
De pessoas e de dinheiro,
O povo suplicando,
Ainda não é o fim.

Quando vejo,
Nações querendo dominar,
Sugando todos os bens,
A fome se espalhando,
A saúde se acabando,
Ainda não é o fim.

É o começo das dores,
É hora de o  AMOR florir,
É hora do irmão, abraçar o irmão,
É hora de despertar nova humanidade,
É hora de assumir a cruz,
ESTÁ PERTO A RESSURREIÇÃO!

segunda-feira, 15 de abril de 2019


O CAPÍTULO SEGUINTE
4- DUAS LINGUAGENS
José Vanin Martins – Março 2019

            Adão e Eva ao se converterem para Cristo em uma Igreja Evangélica deixaram o vício ou o “hábito” da bebida. Queriam oferecer o melhor exemplo para o casal de filhos Rute e Isaque. Firmes no trabalho. Adão numa empresa estatal e Eva costureira exímia. Rute nunca deu trabalho; estudiosa, passou na federal e fazia seus estudos com afinco.
            Agora, o Isaque desde pequeno, deu trabalho. Não descuidaram. No que estava ao seu alcance tudo faziam, mas as professoras continuavam pedindo a presença dos pais na escola. Vieram as terapias. Diagnóstico: TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Ponha hiperatividade nisto.
            Adão sempre mais compreensivo quis sempre evitar o pânico. Eva, a que sempre corria atrás, tentava impor normas mais disciplinares. Nada segurava Isaque. Começou a “enturmar” cedo. Veio o uso da maconha. Seriam as companhias? Os pais até se tornaram ministros na Igreja, e assim mesmo, o difícil era administrar a vida do filho. Queria sempre mais liberdade e ousadia no que fazia.
            Sabia, quando queria, ser carinhoso. Fazia promessas. Manipulava seus pais e se aprofundava nas suas aventuras. Pequenos furtos. Arrumaram trabalho. Agora sim queria se sentir livre e ainda não estava com 16 anos!
            Vieram para o AMOR EXIGENTE. Para Eva uma descoberta que poderia dar certo. Para Adão uma proposta, bonita, certa que exigia demais e difícil de praticar. Tentaram com amor, aumentaram as exigências, mas chegavam sempre atrasados diante da velocidade do filho para os desafios. 
            Com dezoito anos quis morar sozinho. Seus pais nada puderam fazer. Deram a bênção, a única riqueza que podiam oferecer no momento.
            Poucos dias depois, numa tentativa de assalto, surpreendido por um policial à paisana, logo se viu cercado pelo barulho de diversos carros da polícia. Tentativa de fuga. Acossado, sem defesa, dentro de um prédio em construção é assassinado pelos policiais.
            Para Adão e Eva é como se faltasse chão. Hoje, mudaram-se para um condomínio fechado. Reconstroem a vida, como que afastado de todos. Buscam a paz que acreditam só vir do alto.
            Para nós pais, a maior dificuldade é aceitar que a dependência química é uma doença que progride sempre mais. Tem controle que depende apenas da vontade do filho.

BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675
BLOGGER: vaninmartins.blogspot.com.br

sexta-feira, 12 de abril de 2019


LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS, ESPERANÇAS E MUDANÇAS  - 21
FILOSOFIA 5  - PITANGUI -MG
José Vanin Martins – fevereiro 2019

            Outra lembrança que me ficou gravada foi o passeio de trem até PITANGUI-MG, cidade histórica e turística.  Nem sei mais se a ferrovia está em atividade. Em 1960 estava. Foi uma viagem divertidíssima e demorada. Num dado momento o trem parece parar. Isto mesmo. O trem ia tão devagar que muitos passageiros desceram do trem e do lado de fora andavam a pé mais ligeiros do que o trem. Outros por brincadeira empurravam o trem... mas de nada adiantava. O trem ia devagar mesmo, quase que parando. Era a dificuldade de subir a serra. Mas chegamos já à noitinha. Uma viagem que de ônibus (125 km) leva duas horas, de trem gastamos nove horas.
            Havia os passageiros de primeira e segunda, classes. Nós estávamos na segunda classe. A grande diferença foi: na subida da serra os da segunda classe desciam e empurravam o trem! os da primeira classe, com as cabeças para fora da janela, incentivavam o “trabalho”.
            Para aumentar a surpresa na estação uma bandinha de música nos recebeu com seus acordes. A nossa ida foi para “abrilhantar” o aniversário do vigário. Fomos hospedados nas casas de família. Fui premiado. Fiquei na casa do senhor JOSÉ BRANDÃO, um pai viúvo com ONZE FILHAS, todas chamadas MARIA: Maria das Graças, Maria de Fatima, Maria de Lourdes e.... Senti o calor e o carinho da presença feminina. Por muitos anos correspondi-me com o senhor José e suas filhas. Hoje ele já está no céu. Por onde andam as onze Marias?

BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
EMAIL: vanin19@gmail.com FONE (062) 3095 1675
BLOGGER: vaninmartins.blogspot.com.br

quinta-feira, 11 de abril de 2019


FÉ E CIDADANIA – 32   José Vanin Martins  
CADA POOVO TEM O GOVERNO QUE QUER

Jz 21, 25 Nesse tempo não havia rei em Israel, e cada um fazia o que lhe parecia correto.
            ELI, por 40 anos, foi o penúltimo juiz de Israel (1Sam 4,8). Seus filhos foram desonestos e morreram numa guerra contra os filisteus. A arca, sinal da proteção divina para Israel ficou detida por sete meses nas mãos dos filisteus (1Sam 6,1). O sucessor de ELI foi SAMUEL que desde pequeno fora entregue a seus cuidados pela sua mãe ANA (1Sam 1,24-28 e 3,1-20).
Enquanto SAMUEL foi Juiz o povo viveu em paz. Já na sua velhice, ele estabeleceu seus filhos Joel e Abias como seus sucessores. Estes não foram justos e se deixaram levar pela ganância: aceitaram suborno e distorceram o direito.
O povo revoltado pede para SAMUEL um rei como tinham todos os outros povos. Entristecido, Samuel consulta a Deus e antes de estabelecer um rei diz para o povo todo o risco que esta mudança na forma de governo provocará: “«Este é o direito do rei que governará vocês: ele convocará os filhos de vocês para cuidar dos carros e cavalos dele, e correr à frente do seu carro. 12 Ele os nomeará chefes de mil e chefes de cinqüenta. Ele os obrigará a ararem a terra dele e fazerem a colheita para ele, a fabricarem para ele armas de guerra e as peças dos seus carros. 13 As filhas de vocês serão convocadas para trabalhar como perfumistas, cozinheiras e padeiras. 14 Ele tomará os campos, as vinhas e os melhores olivais de vocês, para dá-los aos ministros. 15 Pegará a décima parte das plantações e vinhas de vocês, e as dará aos oficiais e ministros. 16 Os melhores servos e servas, os bois e jumentos de vocês, ele os tomará para que fiquem a serviço dele, 17 e cobrará, como tributo, a décima parte dos rebanhos. E vocês mesmos serão transformados em escravos dele. 18 Quando isso acontecer, vocês se queixarão do rei que escolheram. Nesse dia, porém, Javé não dará nenhuma resposta a vocês».
Esta realidade, vivenciamos até hoje. Os governantes sentem-se donos do poder e se sustentam em suas mordomias as custa do sacrifício do povo. Temos que enfrentar esta realidade que agora depende de nossa visão de governo.
Esta história ficou registrada no capítulo oitavo do primeiro livro de Samuel. É uma leitura importante para o exercício de nossa cidadania.