O CAPÍTULO SEGUINTE
4- DUAS LINGUAGENS
José Vanin Martins – Março 2019
Adão
e Eva ao se converterem para Cristo em uma Igreja Evangélica deixaram o vício
ou o “hábito” da bebida. Queriam oferecer o melhor exemplo para o casal de
filhos Rute e Isaque. Firmes no trabalho. Adão numa empresa estatal e Eva
costureira exímia. Rute nunca deu trabalho; estudiosa, passou na federal e
fazia seus estudos com afinco.
Agora,
o Isaque desde pequeno, deu trabalho. Não descuidaram. No que estava ao seu
alcance tudo faziam, mas as professoras continuavam pedindo a presença dos pais
na escola. Vieram as terapias. Diagnóstico: TDAH (transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade). Ponha hiperatividade nisto.
Adão
sempre mais compreensivo quis sempre evitar o pânico. Eva, a que sempre corria
atrás, tentava impor normas mais disciplinares. Nada segurava Isaque. Começou a
“enturmar” cedo. Veio o uso da maconha. Seriam as companhias? Os pais até se
tornaram ministros na Igreja, e assim mesmo, o difícil era administrar a vida
do filho. Queria sempre mais liberdade e ousadia no que fazia.
Sabia,
quando queria, ser carinhoso. Fazia promessas. Manipulava seus pais e se
aprofundava nas suas aventuras. Pequenos furtos. Arrumaram trabalho. Agora sim
queria se sentir livre e ainda não estava com 16 anos!
Vieram
para o AMOR EXIGENTE. Para Eva uma descoberta que poderia dar certo. Para Adão
uma proposta, bonita, certa que exigia demais e difícil de praticar. Tentaram
com amor, aumentaram as exigências, mas chegavam sempre atrasados diante da
velocidade do filho para os desafios.
Com
dezoito anos quis morar sozinho. Seus pais nada puderam fazer. Deram a bênção,
a única riqueza que podiam oferecer no momento.
Poucos
dias depois, numa tentativa de assalto, surpreendido por um policial à paisana,
logo se viu cercado pelo barulho de diversos carros da polícia. Tentativa de
fuga. Acossado, sem defesa, dentro de um prédio em construção é assassinado
pelos policiais.
Para
Adão e Eva é como se faltasse chão. Hoje, mudaram-se para um condomínio
fechado. Reconstroem a vida, como que afastado de todos. Buscam a paz que
acreditam só vir do alto.
Para
nós pais, a maior dificuldade é aceitar que a dependência química é uma doença
que progride sempre mais. Tem controle que depende apenas da vontade do filho.
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA
CONVERSAÇÃO
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