domingo, 30 de julho de 2017

ESPAÇO DO AMOR EXIGENTE.
24- AMAR, O MELHOR CAMINHO – José Vanin Martins
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SÉRIE D-01  8º. PRINCÍPIO: 1 –DA CRISE BEM ADMINISTRADA, SURGE A POSSIBILIDADE DE MUDANÇA POSITIVA – PRINCÍPIO ESPERANÇADOR
EU E MINHAS CRISES
VER –
1. Crise é um momento decisivo tanto para a solução como para o agravamento de uma situação em qualquer conflito. Hoje muitos educadores, sociólogos, psicólogos consideram que a maior crise dos tempos modernos é a crise de AUTORIDADE na família, na sociedade, na política, na economia, na educação, na igreja... As autoridades vivem com medo do exercício de sua responsabilidade. Temem desagradar. Vamos ver alguns medos que geram a crise na vida familiar.
2. Um primeiro medo é a perda a confiança dos filhos que vem muito perto do medo da perda da confiança nos filhos. A falta de transparência no diálogo familiar cria esta desconfiança. As meias verdades, as mentiras, as ameaças, tudo se soma para criar este clima de desconfiança que vai crescendo com o correr do tempo.
3. Um segundo medo é de dúvida e vergonha por retardar a autonomia dos filhos. Corro o risco de colocar o filho dentro de uma redoma. Hoje a internet tornou-se a porta da liberdade e, muitas vezes, da libertinagem, por onde meu filho sai para o mundo à hora em que ele escolher. Sinto que meu filho tornou-se prisioneiro da internet e não sei o que fazer. Favoreci em tudo a vida de meu filho com medo dele deixar de me amar. Ele acabou acatando e amando mais a internet.
4. O terceiro medo: sentir-me culpado porque não educo meu filho para que tome a iniciativa do melhor para ele. Sinto vontade de às vezes ser violento para ver se acordo o meu filho para a vida. Meu filho voou com a mídia e paralisou no espaço virtual. Hoje reconheço que a educação é um processo complexo e coletivo que deve envolver o emocional, o espiritual, o estudo, o trabalho para a pessoa tornar-se um cidadão profissional responsável.
AVALIAR
5. Como e onde preparar-me para enfrentar tanta crise familiar?
Até onde o medo tornou-se a minha maior crise?
Dos três medos qual é o que mais me impede agir e por quê.
Sem vencer estes medos posso ser um educador?
Em que a espiritualidade pode ser necessária no processo educativo?
AGIR
6. Participar com assiduidade de um grupo sobre educação dos filhos.
Traçar metas semanais para não ser surpreendido pelas crises.
Ser honesto e transparente dentro da família e do grupo de partilha.

terça-feira, 25 de julho de 2017

ESPAÇO DO AMOR EXIGENTE.
PRINCÍPIOS ÉTICOS DO AE
7º. AGIR COM RESPEITO E FRATERNIDADE NO RELACIONAMENTO COM SEUS PARENTES E AFINS
VER –
1. Agir com RESPEITO. Há diferentes formas de entender o RESPEITO. A primeira (res= coisa; pectus= peito, coração). Coisas do peito, coisas do coração. Agir com o coração.
A segunda (re= outra vez; specere= olhar). Olhar outra vez. Agir olhando oura vez. Quando olho meus parentes e amigos, devo olhar com o coração e olhar outra vez, mais uma vez, para sempre acertar. AGIR querendo sempre acertar, agir com o coração é olhar o parente e amigos com compaixão, com amor.
2. Ainda mais, devemos agir com fraternidade. É outra palavra rica. Frater me faz lembrar de irmão; terno me faz lembrar de ternura. Olhar o outro como irmão e com ternura. Olhar o outro não como concorrente, inimigo e sim como parte de mim mesmo. Eu, só, nunca sou completo. Sou limitado. Para nascer precisei do encontro de dois. A vida é um continuo AGIR com o outro, é um relacionar-se com o outro. É criar laços com o outro.
3. No relacionamento de parentesco deve sobressair o sentido de pertença. Pertencer á mesma família, ter um mesmo sobrenome, devo-me sentir orgulhoso. A pertença á mesma família lembra-me de raízes que são comuns. Quando as raízes se entrelaçam devem criar alegria responsável de um cuidar do outro. O mesmo tronco familiar com diferentes galhos e cada galho produzindo seus próprios frutos, porém, sempre unidos ao mesmo tronco.
4. O sentido de pertença pede a aproximação. A partilha do que sou, do que tenho, do que posso, do que sei deve começar dentro de casa. É em casa que devo exercitar a minha tomada de atitude de respeito e fraternidade, com meus pais e meus irmãos. Exercitar a escuta, o respeito, a ternura, a partilha cria um ambiente gostoso de viver.
AVALIAR-
5. - Conheço a história de meus pais e avós?
- Como me relaciono com meus pais e irmãos?
- O que representam meus tios e meus primos?
- Costumo participar dos encontros de família?
- As diferenças entre os parentes se somam ou separam?
- EM MINHA FAMÍLIA HÁ SENTIMENTO DE PERTENÇA (UM POR TODOS E TODOS POR UM?).
AGIR
6. - Tratar meus pais com respeito, atento às suas necessidades.
- Tratar meus irmãos procurando criar laços de ajuda mútua.
- Visitar os parentes sempre que possível.

domingo, 23 de julho de 2017

FÉ E CIDADANIA – 8   José Vanin Martins
NAS DIFICULDADES PROCURE SOMAR!

            O LIVRO DO ÊXODO do capítulo 3,11 até o capítulo 4,14 fala do medo e das desculpas de Moisés para fugir da responsabilidade que Deus estava lhe confiando: libertar o seu povo, o povo de seus irmãos da escravidão do Egito. Diz o texto que Deus ficou irritado com as desculpas e o medo de Moisés. A missão realmente era grande demais. Era justo que Moisés tivesse medo. Não era missão para uma pessoa só.  Javé ficou irritado com Moisés e lhe disse: «Você não tem o seu irmão Aarão, o levita? Sei que ele sabe falar bem  Ex 4,14”.
            Uma primeira aprendizagem, diante de uma missão difícil, diante do medo, antes de pensar em fugir da luta, devo pensar nos companheiros, com os mesmo ideais,  com qualidades diferentes, que se somarão no trabalho. Uma das dificuldades é querer fazer tudo sozinho. É preciso sonhar alto e sonhar juntos. Expor nossos pensamentos. Jesus também nos deu este exemplo. Antes de iniciar sua tarefa, vendeu sua ideia para doze. Eles iriam acompanha-lo por algum tempo, conhecer seu modo de trabalhar, para depois  serem convocados Mc 3,16. Dos doze um acabou traindo, mas antes, outros setenta e dois Lc 10,1-17, já tinha se somado aos doze.
            A cidadania se faz somando. Na política há divisões. Até mesmo se chamam de “partidos”. Agora, uns “espertinhos” querem escolher outras siglas que excluam a palavrinha “partido”. Teriam também melhorado o comportamento? Pensam o Brasil, como nação de um povo inteiro?

            Para MOISÉS ficou claro que a proposta de Deus era para todo um povo. Este povo não poderia ter divisões ou partidos. A igualdade deveria ser a nova lei social. A terra foi igualmente dividida entre as doze tribos. Bem antes que isto acontecesse, muita coisa aconteceu. Vamos passo a passo.  

quinta-feira, 20 de julho de 2017

TEMPO – ESPERNÇA - UTOPIA
José Vanin Martins – 19/07/2.017

            No tempo de criança e mais  ainda no tempo de juventude sonhei com um Brasil novo. Mais tarde descobri o Brasil dentro do mundo e descobri que para o Brasil ser novo, em muito ele dependia de um mundo novo. Aprendi sonhar um mundo novo.
            Quase que ingenuamente tinha esperança que esta utopia iria acontecer ainda enquanto vivesse. Fechei minha atenção para a idade da história do mundo. Há quantos anos, pessoas e mais pessoas, morreram para que esta utopia acontecesse. Acordei. Moisés, foi o meu primeiro ídolo, herói. Antes dele já existiram outros. Da luta de Moisés, nasce num povo a consciência de cidadania, de pátria, de terra. O que aconteceu com este povo? Por centenas, milhares de anos, tudo perderam. Conservaram a esperança e a utopia e hoje, com todas dificuldades, em meio a um relacionamento hostil, vivem ou sobrevivem agarrados num pequeno pedaço de terra com heroísmo e orgulho, acompanhados de todos os problemas.
            Como é difícil viver em paz, com fartura e segurança. Fico a pensar como a maior parte da riqueza da terra concentra-se apenas nas mãos de poucos. Metade da riqueza mundial está nas mãos de 1% da população e no Brasil  37,4 da renda está nas mãos de menos de 4% da população .
            Lutar foi ou é em vão? Paulo foi um dos que muito lutou. Para manter-se na luta tinha uma certeza: “18 Penso que os sofrimentos do momento presente não se comparam com a glória futura que deverá ser revelada em nós. 19 A própria criação espera com impaciência a manifestação dos filhos de Deus. 20 Entregue ao poder do nada - não por sua própria vontade, mas por vontade daquele que a submeteu -, a criação abriga a esperança, 21 pois ela também será liberta da escravidão da corrupção, para participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. Rom 8,18-21.
            É a busca desenfreada do dinheiro, do capital que permite a corrupção e esta concentração de renda em mãos de poucos que causa o sofrimento de muitos. A utopia cristã é alimentada por duas certezas: 1. Toda luta não é em vão. O REINO DE DEUS ainda acontecerá nesta terra. Continuamos orando: VENHA A NÓS O VOSSO REINO.  2. A garantia de uma glória futura. Para os que morrem lutando a glória já é imediata. A humanização cresce porque há muitos lutando e morrendo pela causa. 
            Pode demorar ainda milhares de anos, mas estes poderosos serão derrubados do trono e todos praticarão a justiça que nasce do amor e cria a partilha da igualdade entre todos. Ai já será o encontro do céu com a terra:  «Esta é a tenda de Deus com os homens. Ele vai morar com eles.

            Eles serão o seu povo e ele, o Deus-com-eles, será o seu Deus. 4 Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!» Apoc 21,3-4. A esperança e a luta continuam. Como continua urgente construir a consciência do exercício da cidadania. 

terça-feira, 18 de julho de 2017

CANTINHO DO AMOR EXIGENTE.
AMAR, O MELHOR CAMINHO José Vanin Martins
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SÉRIE D-01 7º. PRINCÍPIO: 3 –TOMAR ATITUDE GERA CRISE
EU E MINHAS TOMADAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE
VER –
1. Qual a tomada de atitude que é a mais importante seja na família, seja na sociedade, seja onde estiver? É o controle de minha fala. Saber conversar e saber a hora certa de conversar. A família deve ser o laboratório da aprendizagem da conversação. Para expressar o que penso uso do coração, da boca e da língua. FALAR é a maneira mais comum e mais usada para toda e qualquer comunicação. A FALA é tão comum, é tão necessária, é tão usada que acabo falando sem pensar. Minhas palavras tornam-se ora vazias, ora provocadoras, ora machucam e nem sempre fazem o bem.
2. A fala mal dita é aquela que machuca e depois de falada é difícil de ser corrigida. A minha fala pode ser mentirosa, cínica, maldizente, vulgar, vazia, tornando-se destrutiva. Ao contrário minha fala também pode ser verdadeira, simples, amável, sábia, com discernimento e construtiva. A fala é o instrumento que posso usar para valorizar, elogiar, aliviar, entusiasmar, reerguer. A fala deve sempre ser usada para o bem. O segredo do bem falar é O BEM OUVIR. Ouvir com paciência, sem pressa em responder, ouvir até o fim, ouvir sem fazer julgamentos e se preciso, nada responder, para ter tempo de pensar no que deve falar.
3. Jesus me deixou um alerta: a boca fala daquilo que o coração está cheio (Mt 12,34). A minha boca testemunha para meus filhos que estou cheio de confiança, de gratidão, de esperança, de alegria, pela sua vida, pelo presente de Deus que ele me representa?! Minha fala expressa o que penso e o que o coração sente?... Ou sou mentiroso? A casa se torna um ambiente gostoso de viver quando pai e mãe aprendem usar bem da fala, da língua para construírem um bom e verdadeiro relacionamento entre todos os da casa. TOMADA DE ATITUDE COM A FALA, EXIGE UMA TOMADA DE ATITUDE NA FONTE QUE É O CORAÇÃO.
4. Antes do exercício da fala devo fazer o exercício do olhar e da escuta. Olhar e escutar com sabedoria, misericórdia, compreensão, ternura, perdão. O outro tem suas riquezas, é sempre um diamante em processo de lapidação. Ele mesmo precisa-se descobrir e posso com a minha fala ajuda-lo a se revelar.
AVALIAR
5. - Como exercito a fala dentro de casa?
- Como exercito a fala fora de casa?
- Quando falo deixo-me influenciar por quem ouve?
- Já percebi que falo daquilo que o meu coração está cheio?
- Quantas crises já criei por não saber falar?
AGIR
5. - Exercitar-me em ouvir até o fim a fala do outro.
- Por uma semana falar só o bem a respeito do outro.
- Ser verdadeiro e construtivo em toda fala que fizer.
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