quarta-feira, 30 de junho de 2010

CONVERSÃO

CONVERSÃO

Faço parte da classe média. Tenho minha casa, meu carro, embora seja do ano 1.997, é um gol que não me deixa à pé. Olho para traz e vejo uma grande maioria em situação pior que a minha..., sem me referir àqueles que estão perdendo tudo, o pouco que tinham, com as enchentes do nordeste. Olho para frente e vejo outros, que estão em situação bem mais privilegiada, acumulando bens. Deveria ter lutado mais e também acumulado o suficiente para não depender apenas da “misera aposentadoria”, representada por dois salários mínimos?.... olho para traz e vejo que a maioria nem sequer tem estes dois salários mínimos.
É a partir do lugar social em que me encontro que continuo lendo a Bíblia. E a partir deste lugar social “privilegiado” peço a Deus para não perder a sensibilidade pela dor das pessoas que tem menos ainda. É quase natural que concorde com os que afirmam que os pobres estão nesta situação porque não souberam agarrar as oportunidades oferecidas.
Volto a ler a Bíblia e deixo-me guiar, acredito que pelo Espírito Santo, pela grande parte dos escritos da Bíblia que também foram escritos a partir do lugar social dos oprimidos e empobrecidos. Foi deste lugar social que Jesus também leu o Antigo Testamento e foi fiel ao Espírito do Pai que o conduzia. Na sua fidelidade ao Pai, nunca acusou o pobre de ser vagabundo, mas como Profeta do Pai, advertiu os ricos que pelas atitudes e políticas não permitiam que o pobre saísse de sua miséria. Alguns relatos que continuam a me questionar nas horas de tentação:
Para o povo em geral, onde se encontrava a maioria dos empobrecidos e sempre alguns ricos curiosos, Jesus dizia: «Felizes de vocês, os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence. 21 Felizes de vocês que agora têm fome, porque serão saciados. Felizes de vocês que agora choram, porque hão de rir. .... 24 Mas, ai de vocês, os ricos, porque têm a sua consolação! 25 Ai de vocês, que agora têm fartura, porque vão passar fome! Ai de vocês, que agora riem, porque vão ficar aflitos e irão chorar! 26 Ai de vocês, se todos os elogiam, porque era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas.» (Lucas 6, 20-26.)
Para quem reclama uma parte maior na herança Jesus respondia: * Homem, quem foi que me encarregou de julgar ou dividir os bens entre vocês?» 15 Depois Jesus falou a todos: «Atenção! Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância. Porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a sua vida não depende de seus bens.» 16 E contou-lhes uma parábola: «A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17 E o homem pensou: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18 Então resolveu: ‘ sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir outros maiores; e neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19 Então poderei dizer a mim mesmo: meu caro, você possui um bom estoque, uma reserva para muitos anos; descanse, coma e beba, alegre-se!’ 20 Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Nesta mesma noite você vai ter que devolver a sua vida. E as coisas que você preparou, para quem vão ficar?’ 21 Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus.» (Lucas 12,13-21)
Para quem já acumulou, Jesus aconselha: 33 Vendam os seus bens e dêem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que não envelhecem, um tesouro que não perde o seu valor no céu: lá o ladrão não chega, nem a traça rói. 34 De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração.» (Lucas 12,33-34)
Para os apóstolos não ficarem com a tentação de cobrarem o dízimo Jesus orientava: 7 Vão e anunciem: ‘O Reino do Céu está próximo’. 8 Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça! 9 Não levem nos cintos moedas de ouro, de prata ou de cobre; 10 nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu alimento. (Mateus 10,7-10)
Para concluir, entre outros textos, há um que sempre me questiona profundamente, apesar de todas as explicações que tentam forjar para diminuir o peso das palavras de Jesus: 24 Vendo isso, Jesus disse: «Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus! 25 De fato, é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.» 26 Os que ouviram isso, disseram: «Então, quem pode ser salvo?» 27 Jesus disse: «As coisas impossíveis para os homens são possíveis para Deus». 28 Então Pedro disse: «: nós deixamos os nossos bens, e te seguimos.» 29 Jesus disse: «Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, mulher, irmãos, pais, filhos, por causa do Reino de Deus, 30 não ficará sem receber muito mais durante esta vida e, no mundo futuro, vai receber a vida eterna.» Lucas 18,24-30)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

REUNIÕES DO AMOR EXIGENTE DE JULHO/2010 > TOMADA DE ATITUDE

25- LEITURA COLETIVA:
SETIMO PRINCÍPIO: 1- TOMADA DE ATITUDE José Vanin Martins
01- A primeira tomada de atitude deve começar comigo mesmo. É hora de querer mudança na minha vida pessoal. Sei dos prejuízos que minhas imperfeições me causaram. Sei igualmente que meus defeitos de caráter estão como que colados em mim. Agora com o auxílio do meu Poder Superior quero me libertar deles.
02- Sei que não sou submisso, resignado ou tímido. Mas preciso ser humilde. Ser humilde é libertar-se do falso orgulho e da arrogância. Com humildade vejo as coisas como elas são. Deus sabe do barro que sou e da obra de arte para a qual fui criado para ser. Só Deus pode me libertar dos defeitos de caráter adquiridos e para tanto quero colaborar com Ele. Sei que Deus quer o melhor parra mim mesmo. Deus é mais sábio e mais experiente do que eu. Quero Deus como parceiro de minha vida nesta busca da minha real identidade.
03- Como será minha vida sem os meus defeitos de caráter? Confiarei nos companheiros do grupo que já avançaram neste caminho e continuam firmes na caminhada. Dentro do grupo escolherei alguém com quem possa partilhar, alguém com quem me identifico.
04- Antes de tudo pedirei a Deus. Vou deixar que Ele remova meus defeitos de caráter e vou me colocar à sua disposição. Confio que Ele fará da melhor maneira possível e vou ficar à sua disposição. Vou humildemente suplicar. Vou fazer a minha oração.
05- Vou ficar atento para não ficar agarrado a um defeito particular ao qual me agarrei. Todos defeitos e imperfeições precisam ser removidos. Parece incrível que tenha me apegado tanto a alguns defeitos a ponto de pensar que eles me faziam “felizes”. Tornaram-se meus “velhos amigos”. Com ajuda de Deus vou aprender a nadar, a caminhar sem eles e descobrir a verdadeira felicidade.
06- Hoje reconheço que muitos destes defeitos são de origem cultural. O “culto” ao álcool nas celebrações festivas, no alívio às tensões e depressões como expressão de felicidade; o “culto” ao cigarro como expressão de segurança e liberdade; o “culto” ao consumismo como expressão de “status”. O “culto” à pornografia como expressão de “virilidade” ou de “liberdade”; o “culto” à competitividade como expressão do “poder”; o culto ao “egoísmo” como expressão de respeito à individualidade; o “culto” à esperteza como expressão de sabedoria; o “culto” ao comodismo como expressão de prudência.
07- Uma vez que tomei a atitude de humildemente rogar a Deus para que removesse meus defeitos de caráter sinto-me encorajado, para suplicar também a Deus, para remover os defeitos de caráter que estão dentro de minha família. Sei que estes defeitos também entraram “sorrateiramente” como se fossem nossos aliados, quando na verdade são nossos verdadeiros inimigos. Agora sei que não tenho mais desculpas para apoiá-los. Com humildade peço a Deus para que remova todos estes defeitos de dentro de meu lar.
08- Minha tomada de atitude para remover estes defeitos de caráter nasce do meu amor-compromisso comigo mesmo, com a minha qualidade vida. Nasci para ter vida e vida em abundância. Vou buscar tudo que é bom para a vida. Peço a Deus que me dê a sabedoria e a força para abandonar todo prazer que não seja bom para a VIDA.
PARA OS TRABALHOS EM GRUPO:
1a. SEMANA: OLHANDO PARA SI MESMO
1. Reconheço humildemente quais são os meus defeitos de caráter ?
Quero remover estes defeitos de caráter ?
Tenho apego particular para algum destes defeitos de caráter ?
Com quem contarei neste trabalho de busca da qualidade de vida ?
>TRAÇAR A META DA SEMANA
7º. PRINCÍPIO ÉTICO FAMILIAR: - AGIR COM RESPEITO E FRATERNIDADE NO RELACIONAMENTO COM SEUS PARENTES E AFINS.

espiritualidade
Paulo deixa bastante claro, mais que mostrar o resultado, o importante é o processo para melhorar a qualidade de vida. Olhar para a frente para o que temos de melhorar e não ficar olhando para traz para ver o quanto já melhorou.
CARTA DE PAULO PARA OS FILIPENSES 3,12-16
12 “Eu não estou afirmando que já venci, ou que já me tornei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois Cristo já me conquistou. 13 É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço as coisas que ficam para trás, e avanço para as que estão na minha frente. 14 Corro direto para a meta, para conseguir o prêmio que é o chamado de Deus, por meio de Jesus Cristo, para a vida eterna. 15 Todos nós, que somos espiritualmente adultos, devemos ter essa maneira de pensar. Porém, se alguns de vocês pensam de maneira diferente, Deus vai esclarecê-los. 16 Contudo, vamos em frente, de acordo com as mesmas normas que temos seguido até agora.”

REFLETINDO E ORANDO

SENHOR JESUS, estou numa corrida em busca da qualidade de vida para mim e minha família. Não quero mais olhar para o passado e sentir-me culpado. Quero olhar para frente. Corro atrás da sobriedade que uma vida de qualidade me traz. Ajude-me a correr sempre para frente. Amém. Assim seja.






























26- LEITURA COLETIVA:
SÉTIMO PRINCÍPIO: 2- TOMADA DE ATITUDE José Vanin Martins
01- Quero qualidade de vida. Esta é a atitude acertada. Foi para ter qualidade de vida que nasci. É a qualidade de vida que desejo para toda minha família. Foi igualmente por influência da cultura atual que meus filhos perderam não só a qualidade de vida, mas o referencial dos verdadeiros valores da vida. Perdendo este referencial torna-se fácil buscar o prazer descartável e artificial, o prazer das drogas.
02- Sendo portador de uma doença sem cura, a adição, vivendo numa cultura incentivadora do prazer a qualquer custo, e com a facilitação encontrada dentro do lar, o nosso filho doente da adição, tornou-se uma presa fácil do uso e abuso da droga.
03- A doença traz consigo um comportamento difícil que leva à mentira, à manipulação, ao individualismo, à irresponsabilidade e com o uso da droga tudo isto se torna mais acentuado. Vivendo numa cultura que exalta a esperteza, que deixa impune os corruptos, que promove o lucro fácil pela pornografia e tráfico de drogas, que usa o tráfico de influências para se obter todos os tipos de vantagens, o adito sente-se reforçado na sua visão já distorcida de valores.
04- Quero qualidade de vida. A qualidade de vida começa pela qualidade de valores. Vou defender estes valores sem aceitar qualquer manipulação.Sei que meu filho doente vai usar da insinceridade, vai querer manipular meus sentimentos. Sem violência, mas com firmeza e criatividade, com ajuda de Deus e dos amigos, trabalharei para acabar com seu comportamento destrutivo. Não poderei aceitar que meu filho destrua-se dentro do próprio lar. Porei resistência a tudo que seja violência verbal, ou física, ou do silêncio.
05- Até agora vivi na insanidade de valores competitivos e destrutivos. Agora quero viver na busca de valores solidários e construtivos. Não quero “aparências” de progresso e mudança. Quero realmente aquilo que promove o bem estar pessoal e social para todos. Minhas tomadas de atitudes serão honestas e transparentes. É com esta nova tomada de atitudes que quero apontar o caminho certo para toda minha família. Vivo uma crise provocada pelo comportamento inadequado de meu filho doente que vive na inversão dos valores.
06- Agora é a vez de meu filho doente da adição viver a crise decorrente da minha vivência dos reais valores. Sei que meu filho deverá ter muitas perdas. Sem perdas, sem exigências, sem renúncias ninguém cresce, ninguém se transforma. A árvore precisa da poda, o rio precisa das margens, a segurança do trânsito precisa do cumprimento das leis, assim também, a recuperação de meu filho precisa do meu amor compromisso.
07- Tão importante quanto tomar atitude é mantê-la com firmeza. Provarei que acredito na qualidade de vida pela firmeza, serenidade e alegria com que a busco. A terapia, os remédios, poderão ser úteis, desde que encontrem um ambiente saudável. A minha perseverança num amor-compromisso com a qualidade de vida será a maior prova de meu amor para comigo mesmo e para com a minha família.
08- Meu filho está doente e sua doença é complexa e comportamental provocando inúmeros comportamentos inadequados. A minha tomada de atitude será em busca do tratamento desta doença comportamental. Tratarei do doente sem agressividade e com serenidade, sem ironia e com sabedoria, sem pena e com compaixão, sem autoritarismo e com autoridade, sem rancor e com ternura, sem insegurança e com firmeza. A minha tomada de atitude nasce do meu amor compromisso com a qualidade de vida minha e de meu filho.
PARA OS TRABALHOS EM GRUPO: 2a. SEMANA: OLHANDO PARA SUA FAMÍLIA
1. O que entendo por Qualidade de Vida para mim e minha família ?
2. Como a doença da adição acaba com a qualidade de vida ?
3. Na minha casa há um ambiente facilitador para a doença ?
4. Como será a minha atitude para combater a doença ?

>TRAÇAR A META DA SEMANA

7º. PRINCÍPIO ÉTICO FAMILIAR: - AGIR COM RESPEITO E FRATERNIDADE NO RELACIONAMENTO COM SEUS PARENTES E AFINS.

espiritualidade >
Paulo nos ensina tres atitudes importantes: a alegria, a bondade e a gratidão. São atitudes que constroem a paz verdadeira.

Filipenses 4,4-7
4 Estejam sempre alegres em suas vidas no Senhor. Repito: alegrem-se! 5 Sejam bondosos com todos. O Senhor virá logo. 6 Não se preocupem com nada, mas em todas as orações peçam a Deus o que vocês precisam, e sempre orem com o coração agradecido. 7 E a paz de Deus, que está além da compreensão humana, guardará o coração e a mente de vocês, em união com Jesus Cristo.

REFLETINDO E ORANDO

SENHOR JESUS, quero entregar a minha vida em suas mãos. Quero buscar a qualidade de vida e não me preocupar com mais nada. Quero ser alegre e feliz e que esta felicidade seja o melhor remédio que possa oferecer para o meu filho adito e minha família. Dê-me sua paz e na paz quero compreender melhor como buscar o melhor tratamento para a doença de meu filho. Amém. Assim seja.






























27- LEITURA COLETIVA:
SETIMO PRINCÍPIO: 3- TOMADA DE ATITUDE José Vanin Martins

1. Suplico humildemente a Deus para que remova minhas imperfeições. A primeira imperfeição é o meu individualismo e egoísmo. Por muito tempo vivi na minha auto-suficiência e onipotência. Agora sei que preciso do apoio do Grupo. Meus recursos são limitados. Nas horas mais críticas, a avaliação do Grupo me torna mais objetivo, mais crítico, mais realista a respeito do comportamento inadmissível e repetitivo que a doença provoca no meu filho.
2. O grupo me torna acordado e esperto. Com ajuda do grupo não mais serei manipulado. O Grupo me ajuda redimensionar o problema, sem o sentimento de vergonha ou de aflição. Deixo de minimizar o problema e o vejo no seu tamanho real. No grupo não me envergonho de me expor, deixando transparente meus sentimentos perante os problemas, até então, inconfessáveis de minha família. Sei que no grupo posso confiar porque todos vivenciam os mesmos problemas, querendo um ajudar o outro.
3. A recuperação da saúde de meu filho doente vai depender da minha coragem em tomar uma atitude sensata, realista e sobretudo inflexível que o leve a um ponto crítico de aceitar o tratamento. Meu filho encontra a persistência na drogadição porque é portador de uma doença crônica. Vou encontrar no amor compromisso, a persistência na busca de seu tratamento, com minhas atitudes baseadas na solidariedade do meu grupo.
4. Para meu filho, doente da drogadição, o uso da droga e, muitas vezes, até a prisão nada mais passa do que uma simples aventura. É no grupo que encontraremos a força para aceitar que nossos filhos sofram as consequências de suas atitudes insanas e desafiadoras. Deixar de pagar a fiança para a soltura ou deixar de pagar as dívidas indevidas do filho é um ato que se faz contando com o apoio solidário do grupo. É o amor compromisso com sua saúde que nos faz tomar estas atitudes.
5. Quanto mais cedo, o meu amor-compromisso com a saúde de meu filho, me levar a tomar as atitudes necessárias, tanto menos o meu filho ficará dependente das drogas e mais cedo pedirá ajuda. Se pudermos abreviar os momentos de insanidade porque aumentá-los ? O grupo nos dá clareza contra as manipulações usadas e nos dá força para as medidas corretivas necessárias. Com isto aumentamos a crise do filho para que tome consciência de sua doença e se sinta obrigado a repensar sua qualidade de vida.
6. Para conseguir esta firmeza e serenidade preciso primeiramente vencer a mágoa, vencer o sentimento de raiva, vencer o imobilismo e a paralisia em que me aprisionei, vencer a perplexidade e a vergonha que o filho doente me criou. Tudo isto conseguirei com o apoio do grupo que me ajudará a fazer um planejamento e ter uma disciplina.
7. Assim preparado posso me preparar para um novo parto. Não deverei apressar a hora mas também não deverei deixar passar do tempo. Terei a paciência e os cuidados necessários. Trata-se de uma nova vida que deve nascer. Agora, meu filho não vai nascer apenas do útero materno. O renascimento depende do útero familiar e social. Como todo parto a nova criatura precisa de um ambiente sadio, equilibrado, temperado do bom humor, rico de criatividade e acima de tudo rico do calor humano. Serei firme, persistente, sem jamais perder o respeito e a ternura. Com a ajuda de Deus e o apoio do grupo tudo será possível.
8. PARA OS TRABALHOS EM GRUPO:
9. 3a. SEMANA: OLHANDO PARA A SOCIEDADE/COMUNIDADE
1. Qual a importância que dou ao grupo do amor-exigente ?
2. Qual a importância em tomar atitudes para o tratamento da drogadição?
3. Que comportamento preciso ter para o êxito no tratamento da doença ?
4. Como Conseguirei este novo comportamento ?

>TRAÇAR A META DA SEMANA

7º. PRINCÍPIO ÉTICO FAMILIAR: - AGIR COM RESPEITO E FRATERNIDADE NO RELACIONAMENTO COM SEUS PARENTES E AFINS.

espiritualidade >
Como pais devemos ser para nossos filhos como estrelas brilhantes no céu. Isto acontece quando criamos um clima de paz dentro de casa sem queixas ou discussões. Marido e mulher se comprometem criar a unidade conjugal seguindo os princípios do amor exigente.

Filipenses 2,12-16
12 Assim, meus queridos amigos, vocês me obedeceram quando eu estava ai. Porém agora é muito mais necessário que me obedeçam, enquanto eu estiver ausente. Continuem trabalhando com temor e respeito para completarem a salvação de vocês. 13 Porque Deus está agindo sempre em vocês, para que obedeçam a vontade dele tanto no pensamento como nas ações. 14 Façam tudo sem queixas ou discussões, 15 para serem inocentes e puros, como filhos perfeitos de Deus, que vivem num mundo de gente pecadora e corrompida. 16 Quando entregam a eles a mensagem da vida, vocês devem brilhar no meio deles como as estrelas no céu...

REFLETINDO E ORANDO

Senhor Jesus, continue agindo em mim, para que eu tenha sua graça e possa completar a obra da salvação em minha vida. Reconheço que sou uma obra inacabada, mas quero me tornar como estrela brilhante que oferece a luz necessária para os caminhantes da noite. Tudo isto acontecerá quando aprender a cada dia obedecer a vontade de Deus. Amém. Assim seja.



























28- LEITURA COLETIVA:
SETIMO PRINCÍPIO: 4- TOMADA DE ATITUDE José Vanin Martins

01- Cheguei á última semana. A minha primeira tomada de atitude foi reconhecer que tenho imperfeições e humildemente pedir a Deus para removê-las. Minha família e meu filho doente da adição que me trouxeram ao Amor Exigente vão testemunhar pela minha nova maneira de viver o quanto me esforço para buscar a QUALIDADE DE VIDA. Aliviado da maneira incorreta em que vivi posso agora pedir ao meu Poder Superior a GRAÇA de viver num AMOR COMPROMISSO com a minha qualidade de vida e com a qualidade de vida daqueles que amo.

02- Agora com serenidade posso olhar para o comportamento inadequado do meu filho doente. Fiz um correto levantamento:

a) QUANTAS VEZES MEU FILHO ADITO VOLTOU
( ) Fora do horário estabelecido.
( ) Alcoolizado ? ou Escravo de outra droga ?
( ) Sem algum de seus pertences (relógio, tênis, blusa...)

b) QUANTAS VEZES O FILHO ADITO FUGIU, PERMANECENDO FORA:
( ) Por uma noite ?
( ) Por dois dias ?
( ) Por uma semana?
( ) Por mais de uma semana ?

03- c) QUANTAS VEZES MEU FILHO ADITO AGREDIU ALGUÉM DA FAMÍLIA
( ) Com palavras ?
( ) Fisicamente, depredando móveis e objetos ?
( ) Fisicamente, investindo contra ALGUÉM DA FAMÍLIA ?

04- d) Quantas vezes perdi um dia de trabalho por causa do Doente Adito ?
e) Quantas vezes perdi uma noite de sono por causa da Doente Adito ?
f) Quantas vezes o Doente Adito chegou atrasada às aulas ( ) ao Trabalho ( )?
g) Quantas multas de trânsito a doente Adito já recebeu ?
h) Quantas vezes já compareci à Delegacia por causa do Doente Adito ?
i) Quantos prejuízo financeiros já tive por causa do Doente Adito ?
j) De quantos acidentes ou incidentes, ocasionados pela dependência química, o Doente Adito já foi acusado ?

05- Tudo isto está aumentando ou diminuindo ? Isto é qualidade de vida que quero para mim e/ou para o Doente Adito ? Agora posso ver com clareza a dimensão do problema. Com o auxílio do grupo, sem agressividade, mas com firmeza vejo, só por hoje, que atitude deverei tomar. E, a cada dia, só por hoje, serei perseverante na atitude que tomei por amor, sem sentimentos de piedade, sem sentimentos de culpa, sem sentimentos de medo. A vida é um risco. Viver dói. Risco maior corre meu filho doente no mundo da dependência química. Dor maior sofre o filho doente, vítima da escravidão da dependência química. Poderá vir uma crise ? Crise maior é vê-lo perdendo, dia a dia, sua vida, e ainda facilitar ou concorrer para que isto aconteça. A crise que quero provocar é para a busca de uma saída desta espiral de destruição.

PARA OS TRABALHOS EM GRUPO:
4a. SEMANA: COMO FOI A IMPORTÂNCIA DESTE PRINCÍPIO NO MÊS ?
1. Até onde compreendo que AMAR é comprometer-se com a qualidade de vida do outro?
2. Conheço a real gravidade em que se encontra o meu filho doente ?
3. Qual o aspecto comportamental que está mais comprometido ?
4. Só por hoje sinto-me capaz de tomar uma atitude de amor compromisso com a vida ?

>TRAÇAR A META DA SEMANA

7º. PRINCÍPIO ÉTICO FAMILIAR: - AGIR COM RESPEITO E FRATERNIDADE NO RELACIONAMENTO COM SEUS PARENTES E AFINS.

Espiritualidade
Paulo atento ao modo da família viver indica as atitudes que valorizam o relacionamento: retidão, verdade, domínio da raiva, trabalho honesto e palavras de incentivo.

Efesios 4, 24-29
24 Vistam-se desta nova natureza, que é criada de acordo com a semelhança de Deus, e que se mostra na vida verdadeira que é reta e santa. 25 Por isso não mintam mais. Cada um deve falar a verdade com seu irmão, porque todos nós somos membros do corpo de Cristo. Se você ficar com raiva, não deixe que isso o faça pecar, e não fique com raiva o dia todo. 27 Não dêem oportunidade ao diabo. 28 Quem roubava, não roube mais, mas comece a trabalhar, para viver honestamente , e poder ajudar os pobres. 29 Não digam palavras más, porém usem apenas palavras boas que ajudem os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que aquilo que vocês dizem faça bem aos que ouvem.

REFLETINDO E ORANDO

Senhor Jesus, Paulo me apresenta uma maneira digna de viver. Desta maneira estarei preparado para tomar toda boa atitude. Que eu possa viver desta maneira primeiramente dentro de minha casa e fazer desta vivência o laboratório de como viverei na sociedade. Amém. Assim seja.

domingo, 6 de junho de 2010

POSSO ERRAR ?

01. Sou igual a todos: sou humano e sou animal. Por anos e anos venho esforçando-me para dominar a minha parte animal. Tornei-me sóbrio. Os outros até me admiram pelo homem sábio, prudente, humano e conselheiro que apresento ser. Alguns chegaram, ao ponto, de me colocarem num pedestal.

02. Criei uma auto-imagem que me faz sentir bem. É bem verdade que esta imagem é algumas vezes arranhada na convivência familiar. Na família é bem mais difícil a gente ser “humano”; Na família é mais fácil perceberem nossas garras, nosso instinto animal que só sabe atacar sem antes procurar compreender.

03. Ser o que sou ou apresento ser, quando estou fora do meu ambiente familiar, até parece ser fácil e me traz a recompensa do reconhecimento imediato. Isto ajuda a reforçar o meu desejo de ser cada vez melhor, cada vez mais compreensivo, cada vez mais humano.

04. Reconheço que este modo de ser é contraditório dentro de mim mesmo. Reconheço existir em mim o lado humano convivendo com meu lado animal. Em casa, principalmente, é bem mais difícil sobressair a pessoa bela que quero ser e que consigo ser lá fora. Pudera, dentro de casa não me dão o devido valor e sinto-me cobrado o tempo todo: ainda mais, tenho que agüentar algumas provocações que me ferem profundamente. Estas provocações acabam recebendo respostas do meu lado animal; torno-me frio, calculista, áspero, às vezes calado e cético.

05. Esta contradição faz-me sofrer muito. Sei que meu lado animal pode estourar a qualquer momento. Tenho dificuldades de controlar o meu lado animal. Até hoje aprendi, apenas, reprimi-lo. Muitos ignoram este meu lado animal. Como falar dele para pedir apoio e orientação? Guardo a sete chaves o animal que sou.
06. Por existir esta contradição dentro de mim, quando menos esperava, fora de casa sobressaiu, estourou o meu lado animal. Ao tentar intervir num comportamento insano de meu filho, sem perceber, também fiquei insano; sem saber ouvir e compreender feri verbalmente o outro e fui agressivo.. O estrago está feito. A minha imagem de pessoa sensata ruiu por terra. Como vou agora, apresentar-me aos amigos? O que dirão meus amigos?

07. A sociedade também tem a mesma contradição: seu lado humano e seu lado animal. Quando alguém falha, ela se esquece de ver a história de vida da pessoa e seu foco é o “erro em si” e quanto mais importante é a pessoa tanto mais ela é exposta ao ridículo. Para a divulgação usam até dos meios de comunicação. Está ai para todos verem o Rabino roubando as gravatas..

08. O Rabino soube aceitar a regra de ouro: Por que carregar o peso sozinho se você pode dividi-lo. Ele não se escondeu e nem escondeu seu erro. Pediu e aceitou o perdão, a compreensão de todos os seus verdadeiros amigos. E foram muitos que o compreenderam e o perdoaram. Pôde até abençoar o Papa e por ele ser abençoado.

09. Sentir-se culpado? Envergonhado? Mais importante que tudo é sentir-me humilde, confessar que errei, dizer que meu lado animal, de tanto ficar reprimido, triunfou neste momento; vou humildemente aceitar alguma conseqüência que houver do animal que ficou solto. Vou deixar de vender minha imagem de perfeito; em lugar de reprimir meu lado animal, vou controlá-lo e minha casa será o primeiro laboratório. Vou crescer e estar mais preparado ainda para compreender, quando for a vez do outro errar. O valor da pessoa não se mede pelo tamanho da queda e sim pela capacidade de se levantar.

APROFUNDANDO:
1. Meu lado animal manifesta-se mais em casa ou na rua? Por que?
2. Eu controlo ou reprimo o meu lado animal?
3. Quando o meu lado animal torna-se solto, que sentimentos tenho?
4. O ambiente de casa favorece o controle ou a repressão do lado animal?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ORAÇÃO DE UM CRENTE ATEU (1)

Senhor, sei que Tu és Deus e Pai. Sei que o Senhor é poderoso e respeitador de minha liberdade. O Senhor é quem a cada dia permite-me viver.
O Senhor sabe das minhas necessidades e das necessidades de meus parentes e amigos. Sem citar nomes porque o Senhor já sabe de quem estou falando:
- Do sofrimentos daqueles que tem um filho com fortíssimo grau de epilepsia;
- Do sofrimento daquela que vive mais na cama levando uma vida quase vegetativa e dos que dela devem zelar;
- Da dor e frustração de tantas famílias amigas com seus filhos dependentes químicos;
- Da dor e frustração de tantas famílias que se vêem limitadas, excluídas e “marcadas” com a prisão de seus filhos;
Estou apenas citando algumas que estão perto de mim. O que dizer das milhões de pessoas excluídas pela miséria, pela ignorância, pelas doenças curáveis e incuráveis, pelas catástrofes naturais e pelas guerras!
Creio que entre esta multidão incontável há muitas que oraram, pediram e a grande maioria não foi atendida. As poucas atendidas, muitas vezes atribuem ao Senhor, aumentando o sofrimento daquelas que não alcançam, imaginando ser falta de fé.
O que o Senhor tinha que fazer já fez dando-nos o filho Jesus que também tentou melhorar o mundo e não deu conta... mas, sei que o mundo hoje seria pior ainda, se ele não tivesse tentado.
O Senhor vai continuar mandando o sol e a chuva para os “bons e os maus”, como também paralisado diante da dor das pessoas. O Senhor apenas espera que cada um faça a sua parte tentando oferecer sua solidariedade do contrário tudo ficará pior ainda.
Vença-me a tentação de quer esperar que o Senhor resolva os meus problemas os problemas de meus amigos. Como Jesus quero aprender amar e fazer sua vontade. Amém. Assim seja.

terça-feira, 1 de junho de 2010

É DIFÍCIL ACEITAR

É DIFÍCIL ACEITAR.


Ter um dependente químico na família torna-se o seu maior problema. A partir do fato instalado, a família sente se como uma ferida dentro da sociedade. Todos os olhares voltam-se com ares de condenação contra ela. Alguns até tentam evita-la. Seu convívio pode parecer contagioso.
Muitos se enchem de indignação e até comentam: isto acontece só com as famílias desestruturadas... e, os mais próximos, se enchem de “dó” e pouco a pouco vão se afastando da convivência antes “salutar”. É como se a lepra tivesse ali chegado e o medo da contaminação pede isolamento. Mesmo os que param para pensar na “dor” desta família, sem compreender, procuram-se afastar com respeito. A família torna-se a escória da sociedade.
Muitos aplaudem as famílias que se enchem de coragem e expulsam dela o “membro sem caráter” que fugindo do padrão “ético familiar” embrenhou-se para o mundo dos marginais.
As que não possuem tal coragem, como os leprosos da antiguidade, afastam-se e acabam criando espaços reservados de convivência só para elas... e assim vão criando grupos de auto-ajuda especiais.
Com esta reação moralista hipócrita a droga continua assolando novos lares. Para muitas famílias que defendiam que o problema era caso de polícia agora temem que algum de seu membro possa ser “enquadrado”.
A dependência química é a lepra do século atual e como tal precisa ser tratada como doença, responsabilidade do estado com a saúde pública e não como caso de polícia.