sexta-feira, 30 de agosto de 2013

RECUPERANDO A AUTORIDADE  DE PAIS

José Vanin Martins -  30/08/20l3

1.      Muitos pais sofrem pela dor da perda de autoridade sobre seus filhos. É a epidemia da desobediência.  Para muitos, a perda ainda se deu quando eles eram   menor. . Há possibilidade de recuperação? Muitos já procuraram o psicólogo, o conselho tutelar, o juizado, o delegado, a diretora da escola, o padre/pastor, e nada deu certo. Conselhos, ameaças, castigos, tudo sem resultado. O que fazer?
2.      É a partir de uma reflexão pessoal, sobre o exercício da autoridade de Deus Pai -em Gênesis, na Bíblia,-  que encontro algumas sugestões criativas, para a recuperação da autoridade.
3.      Como em Gênesis 3,6,  os filhos querem procurar o que é “ uma delícia para os olhos e desejável para adquirir discernimento”, ou seja,  aquilo que dá prazer e sensação de  poder (a desobediência). Não pensam na consequência de seus atos. Pensam que são donos de tudo e que não devem prestação de contas  a ninguém.
4.      Deus é de poucas palavras: ONDE ESTÁ VOCÊ? Pergunta para nós e para nossos filhos.  – Nossos filhos não sabem onde estão. Têm de tudo: cama, mesa, roupa lavada e passada, calçados,  conforto, segurança do lar, plano de saúde e alguns até mesada e carro, vão querer responder a pergunta?   É claro que não. E nós, que demos tudo isto,  sabemos? 
5.      É preciso TOMAR UMA ATITUDE para que eles percebam que estão nus. Eles não têm nada; não produzem; não estudam; só querem tirar vantagem e ainda acham que pouco  recebem. Precisam aprender comer com o suor do seu rosto (v.19).   
6.      A primeira atitude de  Deus:  fez  Adão tomar consciência de que ele estava nu (v.3-8). Nossos filhos estão nus. Sem a obediência perde-se todo o direito... a começar das roupas e calçados. UMA SUGESTÃO DIFÍCIL, COM AMOR  FIRME, depois de uma desobediência grave do filho  que sai para as noitadas, ou mesmo durante o dia, sem pedir licença e sem querer dar satisfação alguma, experimente:
- Depois que ele sair, vá ao quarto e e recolha os calçados dele, já que quase sempre possuem mais de um;  recolha todas as cuecas/calcinhas excedentes. É preciso que ele/a sinta que está nu/a.
- Ou se preciso recolha toda a roupa.
7.      A devolução será a medida  que a autoridade e o respeito forem recuperados. Educar dá trabalho e custa. Vamos tentar?!  É a partir dessas atitudes que também deve ser trabalhada a educação para a cooperação e o trabalho.  Quanto custa cada coisa?  Alimento, vestiário, calçados, roupa lavada e passada, medicamentos,  escola, clubes, divertimentos,  aparelhos eletrônicos, viagens.....
8.      Essa atitude deve ser tomada como um processo educativo para o crescimento do filho. Para que ele sinta que a obediência faz parte da vida. A primeira obediência começa com as leis da casa. O crescimento da pessoa acontece pelo processo de obediência na escola, na Igreja, no trabalho, na sociedade.. A natureza obedece as suas leis.  Obedecer não é ser castigado. A obediência é a lei maior de toda criação. Obedecer é construir o caminho da liberdade com responsabilidade para chegar, com segurança,  à maturidade e solidariedade.

9.      A desobediência só constrói o caos e gera a morte.  Existem as lei do lar que devem ser observadas. Bem diz o ditado:  é de pequenino que se torce o pepino. Através dessas atitudes o filho tomará consciência de sua nudez e  pensará duas vezes mais antes de desobedecer.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

            Ontem à noite, no dia dos Pais, fiz uma reflexão por escrito, e ela se perdeu. Vou tentar reescrevê-la. É mais uma lasca de conversa para aquecer a fogueira do diálogo.
             Ontem recebi muitas mensagens dos filhos que me chamam de pai. Acredito que lá do céu a Liginha, minha filha, tenha também pedido uma bênção especial para mim.
              Cada vez mais, muitos jovens, estão com medo da paternidade. Querem-se casar e não ter filhos.
Alguns por medo;  medo do custo da criação;  medo do custo da educação de um filho;  medo de terem filhos num mundo selvagem e inseguro... Com tantos medos, o ocidente vai ficar com uma geração de velhos e sem alegria da vida que se renova.
              Por que tanto medo? A geração de ontem, a minha geração, quis ser diferente da geração de meus pais. A geração de meus pais foi uma geração autoritária, exigente, punitiva, repressiva e dominante. Os filhos, suas únicas riquezas, não poderiam errar. Tinham que ter bons resultados. Impunham os valores que eram inquestionáveis. Os filhos tinham que dar certo.
               Faço parte de uma geração que quis impedir o sofrimento dos filhos; facilitar a vida dos filhos. oferecendo tudo do bom e do melhor, ao meu alcance e até fora de meu alcance. Eramos inseguros e sempre questionados.
              Com isto, criamos filhos, inseguros, exigentes de seu bem estar, irresponsáveis, egoístas, individualistas, buscando sempre mais prazeres, aventureiros, sem qualquer ideal e desprovidos de todos os valores. É esta geração que está com medo da paternidade/maternidade!
              Está chegando uma nova síntese. Pais que acreditam na força da solidariedade e educam seus filhos para enfrentarem a dor, sustentados numa espiritualidade que se alicerça nos valores  do amor. Estes filhos terão alegria de dominar o mundo de forma solidária e de criar e multiplicar filhos para uma nova humanidade.
               
 

domingo, 11 de agosto de 2013

DE PAI PARA PAI
JOSÉ VANIN MARTINS – 11/08/2013
Pais,
Sou Pai idoso!                                                          
Vi os filhos crescerem,
Vi os netos chegarem,
Lembro com saudades
Sempre de meus pais,
Porque sou filho também.

Pais,
Penso no PAI JOVEM.
Ver os filhos ficarem jovens,
Ver os filhos o desafiarem,
Buscam a maturidade,
Querem ser pais também,
Diferentes de seus próprios pais.

Pais,
Existe algum modelo?
São interrogações que vão e vem
Para todos que são pais,
Com uma única certeza:
Filho não vem com receita
E, de pai, não há receita também.

Pais, lembrados ou esquecidos,
Pais, vivos ou falecidos,
Pais, perto ou distantes,
Pais de filhos pequenos ou crescidos,
Os filhos, todos, esperam:
A responsabilidade, assumida ou não,
De fazer um mundo diferente.

Como pai, tenho uma certeza:
Devo acreditar em meus  filhos,
E deles nunca desistir,
Para que eles também valorizem
O desejo e o sonho de serem pais,
Assumindo o difícil desafio
Da beleza do mistério da criação.