domingo, 21 de dezembro de 2014

CONVERSANDO
27.  AMOR E SUAS EXIGÊNCIAS.

Quem disse que amar é fácil? Amar é o maior desafio de nossa vida. Amar é o principal caminho de todos os relacionamentos. O amor é o maior de todos os tesouros encontrados. O amor sempre traz recompensas, mas tem suas exigências. Paulo em sua primeira carta aos Coríntios 13,1-13 fala da grandeza do amor e de todas as suas exigências.
Primeiro ele nos deixa bem claro que amar não é falar bonito; não é ser sabichão; não é ser uma pessoa de fé e milagreira; não é ser uma pessoa caridosa; não é ser uma pessoa capaz de se sacrificar pela outra. ENTÃO O QUE É O AMOR?
Paulo enumera as qualidades do amor: é paciente, é prestativo, tudo desculpa, crê no outro, alegra-se com a verdade. A pessoa que ama não é invejosa, nem gosta de aparecer e não é orgulhosa.
Nos seus relacionamentos procura o bem do outro esquecendo seu próprio interesse; tudo suporta; não se irrita e nem guarda rancor; não se alegra com a injustiça e vive na esperança. Sabe de seus limites e busca a perfeição. Cresce e deixa de ser criança e aprende ser adulto. Sempre se olha no espelho para melhor se conhecer. Em tudo mantém a certeza que na vida o maior de todos os bens é o AMOR, a única riqueza que se torna eterna.
Amor é o azeite que torna mais fácil todos os relacionamentos. Amor é o sal que dá sabor a todos os relacionamentos; amor é o fermento que faz crescer todos os relacionamentos. Amor é a luz de todos os relacionamentos. Amor é a única necessidade indispensável de todos os relacionamentos.
Amar é uma aprendizagem sem fim e cada família deve ser o primeiro laboratório do amor. Amar exige gasto de tempo para o outro. Amar exige escuta com qualidade de respeito sem julgamento do outro. Amar sabe acolher o outro e procura antes de tudo ter sensibilidade para compreender o seu sentimento seja de dor, de alegria, de frustração, de ansiedade...
A riqueza do amor é tão maravilhosa que me torno mesquinho ao ficar olhando para o meu próprio umbigo. Amar é ganho porque é o outro quem me revela. Amar me humaniza e me engrandece e me torna sempre agradecido ao outro. A última etapa da evolução do homem será conseguir a AMORIZAÇÃO em todos os relacionamentos.  
É tempo de natal, é tempo de reconhecer na criança a esperança de um mundo melhor; é tempo de todo esforço, é tempo de seguir a estrela, a única luz da noite para ir até a criança encontrada nas manjedouras do mundo. Resgatar toda e qualquer criança dobrar-se diante da criança com todo respeito, ela é o adulto de amanhã.
A criança não está longe, pode estar dentro de nossa casa. Não podemos ficar fugindo dela com a desculpa de sustenta-la. Temos que encontrar o tempo, perder o tempo com ela. A criança, toda a criança, deve ser amada por primeiro.
A principal causa de todas as doenças é o DESAMOR que provoca os demais males que levam à morte.
Vamos continuar a conversa? O que pensa você também? Diga sua opinião.

       

domingo, 14 de dezembro de 2014

CONVERSANDO
26.  AMOR, COM RESPEITO, SEM EGOISMO, SEM COMODISMO, É UM AMOR QUE ORIENTA, EDUCA E EXIGE.
Dezembro é um mês especial para vivenciar o amor. O amor é a riqueza de todos os dias, de todas as semanas, de todos os meses, o ano inteiro. Mas é bom tirarmos um tempo só para redescobrir esta riqueza ameaçada pelo egoísmo e pelo consumismo.
Hoje é muito em voga dizer que primeiro devemos nos amar para depois amarmos o outro... Muitos acabam nunca passando para o segundo momento e ficam num profundo egoísmo sempre se amando a si próprio.
Nascemos de uma experiência de amor. Fomos amados por primeiro. Nossos primeiros anos foram todos de acolhimento do amor. Será que nos amaram tanto a ponto de crescermos pensando que sempre teríamos apenas a necessidade do amor e nunca estaríamos prontos para amar?!
O amor é a maior riqueza espiritual e quem ama coloca-se num mundo sagrado e vê em cada pessoa a própria presença de Deus e a ama em retribuição ao amor recebido porque sabe que Deus nos ama por primeiro. Quem ama, ama por primeiro ao próximo e depois a si próprio. É isto que nos ensina a primeira carta de João 4,19-20:  “19 Quanto a nós, amemos, porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém diz: «Eu amo a Deus», e no entanto odeia o seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. 21 E este é justamente o mandamento que dele recebemos: quem ama a Deus, ame também o seu irmão.
É a partir desta compreensão que nasce o amor incondicional. Amo por primeiro, porque não estou amando como retribuição, mas porque o outro sempre é digno de ser amado. Os pais amam por primeiro. Arrisco a dizer, toda pessoa que se torna “má” ela deve ter em suas raízes de vida uma triste experiência de desamor.
É amando que me torno uma pessoa amável, agradável capaz de relacionamentos saudáveis e realizada. Como diz o ditado: “o amor faz milagres”.
Mas, o que é mesmo AMAR?  Amar é um sentimento que nasce para com as pessoas com quem me simpatizo, com quem tenho empatia? Amar é muito mais que a soma de todos os sentimentos. AMAR É UMA DECISÃO QUE NASCE DA VONTADE. Pode ou não ser acompanhada de sentimentos. É esta a visão cristã que exige até mesmo o amor ao inimigo, mesmo que não sinta nenhum sentimento neste gesto.
Amar é revelar o bem que existe no outro; é oferecer com criatividade todas as condições para que o outro se revele em toda sua riqueza interior e dê muitos frutos. Como nos ensina Jesus, (João 15,1-2) nesta criatividade, a missão do pai/mãe é inclusive a poda para que ele dê ainda mais frutos; portanto, amar, não é facilitar, é ao contrário, exigir. Amar é acreditar no outro. Como pai/mãe devo revelar o bem que existe em cada um de meus filhos. Antes de corrigi-lo devo revelar pelo menos três qualidades. Amar é cuidar do outro com respeito.
Sou daqueles que vivo sempre me amando por primeiro ou sei tomar a iniciativa do amor? Sou daqueles que vivo facilitando a vida de meus filhos ou revelo a riqueza que eles trazem e os incentivo para que multipliquem esta riqueza?

Vamos continuar a conversa? O que pensa você também? Diga sua opinião.


sábado, 13 de dezembro de 2014



NATAL DE ESPERANÇA
José Vanin Martins – Natal 2.014

Natal,
Noite de insegurança,
A estrela desapareceu,
Agora tudo é trevas,
E nas trevas
O milagre aconteceu.

A viagem é longa,
A cidade é grande,
A quem perguntar
Por uma criança nascida,
Quando todos ocupados,
Com os problemas que são seus?!

Natal
A pergunta se faz necessária,
Onde nasceu o menino Rei?
A resposta foi rápida:
Não sabemos. Ide e procurai
E, ao encontra-lo, avisai-me.

Natal,
Ontem e hoje
O menino é esquecido,
Difícil de encontra-lo,
Não está nos palácios,
Está na periferia e é desprezado.

Natal,
É a luz que se acende
No coração de quem procura,
Salvar toda criança nascida,
E num gesto de partilha
Encontra o sentido da Vida.

Oferecem Maria e Vanin



quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

CONVERSANDO
24.  A EXIGÊNCIA NA DISCIPLINA NA LINHA DO TEMPO

Resolvi fazer uma viagem pela linha do tempo que vivi. Quis saber como foi no passar do tempo a influência da exigência na disciplina. Tempos de ontem; os tempos mudam ou as pessoas mudam com o tempo?
Exigência e disciplina de ontem. Não tinha TV e o rádio chegou a minha casa quando já tinha lá meus 8 anos. Lembro-me ainda hoje da entronização do rádio na sala da minha casa de madeira. Todos ouvidos e até os olhos voltados para aquele objeto misterioso que trazia a fala, a música não sei de lá de onde para dentro de minha casa. Todos admirados e atentos por cada som diferente, por cada nova voz, nova música exigindo o silêncio de todos. Logo meus irmãos mais velhos tornaram-se os ditadores dos programas e dos horários...
Voltei-me logo para o meu mundo de criança, minhas brincadeiras em lugar de ficar feito bobo ouvindo não sei quem, falar de não sei o que... Havia programas para crianças? Não me lembro. Só me lembro de que o rádio foi mudando de lugar até encontrar aquele que oferecesse o melhor som e ficasse mais perto dos afazeres da casa: cozinhar, costurar...
No auge da brincadeira, lá vinha um grito me chamando, estava na hora de ir para a escola, na hora de fazer a tarefa escolar, na hora do almoço, na hora do lanche, na hora do jantar. O tempo todo era marcado pelas chamadas... Não precisava de relógio. 
A vida de criança não foi só brincar. Fui crescendo e pouco e pouco o grito continuava a me chamar ora para ajudar na cozinha, ora para varrer a casa, ora para ajudar meu pai no seu trabalho de encaixotar ovos. Meu pai ia com um caminhãozinho comprar ovos nos sítios; ainda não havia granjas; nas caixas colocava-se uma camada de palha de arroz e uma camada de ovos, até a caixa ficar cheia. Ajudar meu pai nunca foi chamado de trabalho escravo, mesmo quando tinha que obedecer deixando a minha preferência que era brincar.
Era aluno da disciplina e nem sabia disto. Na vida tem que ter hora para tudo. O trabalho tem que ser bem feito, pois do contrário meu pai ou minha mãe mandava fazer de novo. Não se importavam, nem batiam quando errava. É errando que se aprende. Quem erra faz duas vezes a mesma coisa.
Cresci brincando, estudando e trabalhando. Quase não percebi que a distribuição do tempo para cada atividade foi mudando pouco a pouco. Agora sobrava menos tempo para brincar e mais tempo era para estudar e trabalhar. Haveria filhinhos de papai que não trabalhavam e só estudavam?
Na escola a professora conseguiu nos encantar com o desejo de conhecer, de aprender, de escrever, de criar, de fazer artes; como era bom estudar; seria estudar também a extensão do brincar?! Estudava brincando, brincando estudava. Do diretor todos tinham medo; medo ou respeito? De sua autoridade ninguém duvidava. Às vezes ele até ia ao recreio. Como era bom o recreio; era uma algazarra só e logo vinha o apito do diretor de disciplina, chamado de servente, que tinha um poder mágico de pouco a pouco fazer reinar o silêncio e todos voltarem para as salas de aula.
Nos domingos bem me lembro; as melhores roupas para ir à missa; a gente nem entendia o que o padre rezava. Seu sermão quando era dirigido para as crianças a gente escutava com curiosidade. Era bom aquele momento, família toda junta rezava e a paz era selada para mais uma semana do tempo. 
Vamos continuar a conversa? O que pensa você também? Diga sua opinião.