terça-feira, 26 de dezembro de 2017

FELIZ 2018
ESPERANÇAR É PRECISO
José Vanin Martins

Feliz 2018,
Não basta ter esperança,
É preciso esperançar,
Para que tudo aconteça,
Uma vida nova apareça,
É preciso lutar.

Na soma de mãos unidas,
Cristãos de todas religiões,
Pessoas todas de boa vontade,
Todos crentes no Deus da paz,
Vamos esperançar de verdade.

Busquemos o ESPÍRITO SANTO,
O amor que gera fraternidade,
A justiça que gera igualdade,
Façamos a corrupção acabar,
Derrubemos do trono os poderosos,
Para todo humilde se levantar.

Chega de tanta hipocrisia,
Chega de tanta religiosidade,
Chegou a hora da verdade,
Crer que a terra é para todos,
Dádiva de DEUS na criação,
Sem criar alguma divisão.

Feliz ano novo,
Vamos dizer de novo,
Dando lugar a todo povo,
De partilhar trabalho, casa e pão,
Haverá o vinho novo do Pai,
Jesus fará a multiplicação.


Oferecem Maria e Vanin

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

35-  AMAR, O MELHOR CAMINHO – AMOR-EXIGENTE    José Vanin Martins
****************************************************************************************
SÉRIE  D-  12º.  PRINCÍPIO:  2 –O AMOR COM RESPEITO, SEM EGOISMO, SEM COMODISMO DEVE SER TAMBÉM UM AMOR QUE ORIENTA, EDUCA E EXIGE                        PRINCÍPIO COMPENSADOR
COM ENFOQUE EU E O OUTRO
1.     VER
O outro que devo amar sempre começa pelos que estão mais perto de mim. Como está o amor no relacionamento familiar. Família, mesmo que seja só de um filho, é uma espiral que vai  abrindo e acolhendo avós, tios e primos. Dentro da espiral da família ainda cabem os irmãos da Igreja, muitas vezes os vizinhos mais próximos; Provérbios até nos faz uma advertência: “10 Não abandone o seu amigo, nem o amigo do seu pai; e no dia difícil, não vá à casa do seu irmão: vale mais o vizinho perto do que o irmão longe (27,10)
2.     O amor às pessoas é uma espiral que sempre nos faz crescer. O amor é o maior sentido que podemos ter na vida. Sem o amor até a prática da religião perde o sentido, assim diz Tiago 1,27 “Religião pura e sem mancha diante de Deus, nosso Pai, é esta: socorrer os órfãos e as viúvas em aflição, e manter-se livre da corrupção do mundo”. João afirma “é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê 1Jo 4,27”.
3.      E o que é o amor? Paulo que se apaixonou pela vida de Jesus foi quem melhor descreveu na 1Coríntios 13, a sua prática do amor. Ele nos diz que o AMOR É: PACIENTE, PRESTATIVO, TUDO DESCULPA, TUDO CRE, TUDO ESPERA, TUDO SUPORTA, O AMOR JAMAIS PASSARÁ. Existe a fé, a esperança e o amor. A maior delas é o AMOR. Quem ama, diz Paulo, não é invejoso, exibido, orgulhoso, inconveniente, interesseiro, irritado, injusto, mentiroso e rancoroso. Assim foi Jesus, o homem perfeito. O meu lar precisa urgentemente tornar-se o laboratório desta prática do amor.
4.      
5.     AVALIAR
Há muitos pontos negativos no mundo moderno, mas há também pontos positivos que reaproximam as pessoas. Hoje todos estamos perto de todos através do whatsapp =(troca de mensagens), do face book =(livro de caras) e dos e-mail =(correio eletrônico) Pode ser
o começo de uma nova aproximação fria, eletrônica, virtual que deve se tornar calorosa, afetiva, pessoal e solidária. Estou usando estes meios? Como?
6.     O relacionamento familiar tornou-se mais afetivo? Os sentimentos mais transparentes porque criamos um clima de acolhida e respeito pelo outro? A prática da religião está me levando ao encontro ou desencontro do outro? Quanto mais me aproximo de Deus também mais me aproximo de meus familiares?
7.     Para amar de verdade em que pontos positivos devo melhorar mais ainda e em que pontos negativos devo corrigir-me mais ainda?

8.     AGIR
- Melhorar a paciência e a prestação de serviços dentro de casa.
- Vencer o meu rancor, minha irritação e mania de perfeccionismo dentro de casa.
- Exercitar a prática de ouvir, acolher e compreender os sentimentos dos familiares.



domingo, 3 de dezembro de 2017

34-  AMAR, O MELHOR CAMINHO – AMOR-EXIGENTE    José Vanin Martins
****************************************************************************************
SÉRIE  D-  12º.  PRINCÍPIO:  1 –O AMOR COM RESPEITO, SEM EGOISMO, SEM COMODISMO DEVE SER TAMBÉM UM AMOR QUE ORIENTA, EDUCA E EXIGE                        PRINCÍPIO COMPENSADOR
COM ENFOQUE EU
1.     VER
            Como eu pratico o amor? O amor é bastante declamado, cantado e vivenciado. Faço uma escolha das pessoas que amo e  uma escala na intensidade de amor que dou para cada pessoa.  Confesso que para algumas pessoas ou devoto o ódio ou pouco falta para isto. Percebo que é mais fácil retribuir o amor do que oferecer o amor. Espero primeiro ser amado para depois amar. Isto acontece até com a minha esposa e com os meus filhos.
2.     Confesso que muitas e muitas vezes o meu amor é interesseiro, embora procure negar. Como é bom ser amado, lembrado e paparicado. Isto me faz sentir bem e até agradecido. Nasci fruto de um encontro sexo-conjugal. Deveria ser natural o meu impulso para ir ao encontro dos outros e, isto não me acontece tão naturalmente.
3.     Encontro ou crio barreiras, até mesmo para ir ao encontro da esposa, ir ao encontro dos meus filhos. Tenho até mais facilidade com as pessoas de fora, com quem tenho afinidades do que com meus familiares. Deixei de ser o esposo amante e amoroso para tornar-me a autoridade de maneira autoritária. Perdi a sensibilidade e a criatividade na minha maneira de amar. Comecei a me machucar e reclamar acusando os outros.
4.     Qual é mesmo o sentido de amar? É fazer-me feliz ou fazer o outro feliz. Corro o risco de até deixar meus pais em segundo ou terceiro plano. Deles que recebi a vida, toda segurança e apoio na minha infância e juventude, tornaram-se motivos de lamúrias e cobranças daquilo que eu esperava e eles não me puderam dar.
5.     AVALIAR
Lendo o novo testamento descubro como Jesus deu o verdadeiro sentido ao AMOR. Primeiro condena uma falsa maneira da interpretação que deram ao sujeito do Amor. O amor era apenas para aqueles que nos amavam. Jesus diz: 43 «Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ 44 Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês! 45 Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos Mt 5,43-45.” Amo meus inimigos? Como?
6.     Jesus é verdadeiro e direto. Ele nos faz uma proposta da prática do amor: 38 «Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39 Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe dá um tapa na face direita, ofereça também a esquerda! 40 Se alguém faz um processo para tomar de você a túnica, deixe também o manto! 41 Se alguém obriga você a andar um quilômetro, caminhe dois quilômetros com ele! 42 Dê a quem lhe pedir, e não vire as costas a quem lhe pedir emprestado Mt 5,39-42». O amor é um difícil exercício que exige uma decisão de maturidade.  Esta proposta de Jesus dá para ser praticada dentro da família?  
7.     AGIR
- Deixar de ser “cri-cri” e colocar as minhas dificuldades de relacionamento no outro.
- Ser capaz de tolerar as exigências do outro por um exercício do amor.

- Ser capaz de perdoar e compreender o erro do outro, como prova de amor. 
CULPA OU COBRANÇA?
José Vanin Martins – 01/12/2.017

            O sentimento de culpa é prejudicial porque nos paralisa. O que fazer com este sentimento? Pais e filhos querem dele se libertar, pegar o sentimento de culpa, livrar-se dele e, inconformado com a situação, cada qual quer livrar-se da culpa. Isto acontece antes, durante e depois da recuperação do dependente. Vamos ver o depois da recuperação quando acontece o grande processo da sobriedade. Correm o risco de  substituírem o jogo da culpa pelo jogo da cobrança.
            Agora é enfrentar o presente. Os sujeitos são os mesmos. Voltam as lembranças.
Na memória emocional do filho ficou registrado o ambiente de casa, a falta de proteção, a severidade demais, a frieza diante dos seus sentimentos, as discussões e a consequente  separação dos pais, a ausência deles pelo excesso de trabalho..., a soma de tudo isto  levou o filho a rebelar-se, desobedecer, repetir de ano, fugir dos estudos e viver a própria vida fora de casa.  Após dezenas de anos e de ter passado por clinicas e/ou comunidades começa o difícil processo de recuperação. Está cansado, nocauteado por tanto tempo perdido. Luta pela sobriedade e sente-se, na necessidade ou no direito de cobrar colaboração financeira, sem definir-se num trabalho que lhe  dê a autonomia  e mais ainda, continua despreparado para compensar o emocional familiar.  
Por parte do pai e/ou mãe a memória emocional criou a ferida d’alma. Em muitas famílias, o casamento que não deu certo; o peso financeiro de quem fica com os filhos, sua sustentação e educação; a necessidade de ficar fora de casa por exigência do trabalho; a frustração diante do sonho idealizado;  o sentimento de estar só; a desobediência dos filhos;  as noites indormidas e o trabalho exigido; o desconforto social; a ausência ou fuga do dependente; o custo do tratamento; o sentimento de medo, de ausência maior;  a difícil busca para acertar; a comparação com aqueles que deram certo. Esgotado financeira e emocionalmente ainda dá um último esforço para ser solidário com o filho na sua busca de sobriedade. Espera exausto que tenha chegado o tempo do filho já maior, ter pelo trabalho, sua própria autonomia financeira.
            Os dois lados: pais e filhos somam as perdas. Todos são vítimas, assim um acaba machucando o outro. O fantasma das lembranças, pode trazer o sentimento da culpa de volta. A triste necessidade de querer que o outro mude por primeiro instala o sentimento da mútua cobrança.  É difícil neste momento lembrar-se da palavra de Jesus: “Quem estiver sem pecado jogue a primeira pedra”.
            Muitas vezes, o sentimento de culpa fica, simplesmente substituído, pelo sentimento da cobrança  sem a compensação do clima de respeito, carinho e verdadeiro perdão.

            Falta germinar para pais e filhos os FRUTOS DO ESPÍRITO: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si Gal 5,22-23.