segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 

INQUIETAÇÕES E LEMBRANÇAS   - 

  A      5-AS INQUIETAÇÕES – O QUE FAZER


José Vanin Martins – Maio 2020

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1.   Desde minha juventude leio e releio os evangelhos. Sou fã entusiasmado de Jesus e de suas propostas. Foi fruto de seu exemplo e ensinamento que nasceu o modelo das primeiras comunidades cristãs. Nelas prevaleceu a prática do amor e não a doutrina.

Vila Pereira Jordão (em Andradina) e Nova Independência formavam o território da Paróquia. Nos dois locais sobressaia a pobreza, o abandono. A primeira inquietação foi o que iria fazer. O povo precisava do direito de uma sobrevivência digna. Os jovens precisavam acreditar num novo futuro possível.

A vida da nova paróquia começava quando a construção da usina de Urubupungá terminava. Cada semana chegava a notícia de mais uma família que estava mudando para outras cidades em busca de sobrevivência. Algumas iriam viver sempre na dependência das grandes construtoras seja de hidroelétricas ou outras grandes obras. Seriam sempre “barrageiros”.

Animar a esperança da possibilidade de uma vida melhor, não só depois no céu, mas aqui e agora. Inquietava-me a lembrança das palavras de Jesus, registrada 5 vezes nos evangelhos: tenho compaixão desse povo, que não tem nada para comer; vocês mesmos dêem a comida a eles. Tudo isso acontecendo no tempo da ditadura militar (1964-1985).

O povo deve ter o poder de decisão. Isso aconteceu pelas 20 assembleias paroquiais, 10 no Pereira Jordão e 10 em Nova Independência, entre 1969 e final de1970. Nelas, a comunidade fazia a revisão do mês, decidia e o planejava o próximo mês. Enquanto fui o “vigário”, as eleições da diretoria e conselheiros, nas duas sedes, foram a cada dois anos. A inquietação pelo empobrecimento do povo me acompanhava.

 

 

BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO

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