terça-feira, 13 de agosto de 2019


O CAPÍTULO SEGUINTE
10- OS QUE CONSEGUEM ADMINISTRAR  (1)
José Vanin Martins – Julho 2019

                Hoje a realidade que encontro no Amor Exigente é bem diferente de 23 anos atrás. Permanecem no movimento e chegam ao movimento muitos pais com os filhos na casa dos 40 anos mais ou menos. Antes a maioria dos pais que chegava, seus filhos eram adolescentes ou jovens.  
            Hoje vivemos diferentes situações, de filhos que na faixa dos quarenta, ainda usam a droga e convivem na casa dos pais ou estão fora da casa dos pais, casados ou não, mas que dependem financeiramente dos pais.  Vou expor algumas:
1.      Filhos usuários que com o uso continuo “sob controle” da maconha desenvolveram também o transtorno da esquizofrenia. Sem terminarem os estudos, sem preparo para o trabalho, vivem na casa dos pais em contínua ociosidade.
2.      Filhos usuários, que depois de muitos casamentos, tendo um filho com cada mulher e não ficando com nenhuma, com dificuldades na profissão, voltaram para dentro da casa dos pais e continuam o uso “sob controle”.
3.      Filhos usuários, que com o uso continuo de uma ou mais droga ilícita, somada ao uso da bebida, já tiveram filhos e não assumiram; os avós que criam. Hoje vivem às custas dos pais em outra união conjugal, sempre com comportamentos disfuncionais de agressividade e depressões.
4.      Filhos usuários, que com o uso sob controle da maconha e bebida, casaram, tiveram filhos, conseguiram se formar, sempre com dificuldades na profissão e no sustento da família vivem dependendo da ajuda da família dos pais. No lar dificuldades de relacionamentos.
5.      Filhos usuários,  “sob controle”, conseguiram se formar, já tiveram trabalho com carteira registrada; já passaram o susto de terem provocado uma falsa gravides, hoje vivem na casa dos pais, sem nenhuma perspectiva.
6.      Filhos usuários, “sob controle” morando na casa dos pais, faz algum trabalho profissional, de tempo em tempo, para ter seu “dinheirinho”.  Se sujeita, temporariamente às regras da casa, depois “apronta”... é mandado embora de casa. Fica fora por algum tempo, na necessidade faz promessas de mudança; é aceito de volta e tudo se repete.
7.      Filhos usuários, que trazem consigo outros transtornos mentais. Em casa, seus comportamentos agressivos, colocam em risco a própria família que por necessidade se sentem na obrigação de interna-los. Vão para a clínica, melhoram, recebem a alta, e voltando repetem os comportamentos inadequados.
8.      Filhos usuários, “sob controle”,  com mais transtornos conseguem se formar num curso superior, passam em concursos públicos,  tomam posse e trabalham; outros conseguem o exercício de uma profissão.  Fazem bons casamentos e tem filhos. Todos continuam com seus comportamentos inadequados, passam por muitas crises emocionais, financeiras e de relacionamentos. Os pais vivem a temer o que possa acontecer de pior.  É como viver em cima de uma corda bamba, ou em cima de um terreno minado. Até quando?!
Assim as situações vão se multiplicando. Quanto mais avançam em idade, mais arredios ficam à qualquer tratamento. Como será o capítulo seguinte?

BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA CONVERSAÇÃO
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