O CAPÍTULO
SEGUINTE
10- OS QUE
CONSEGUEM ADMINISTRAR (1)
José Vanin Martins – Julho 2019
Hoje a realidade
que encontro no Amor Exigente é bem diferente de 23 anos atrás. Permanecem no
movimento e chegam ao movimento muitos pais com os filhos na casa dos 40 anos
mais ou menos. Antes a maioria dos pais que chegava, seus filhos eram
adolescentes ou jovens.
Hoje vivemos diferentes situações,
de filhos que na faixa dos quarenta, ainda usam a droga e convivem na casa dos
pais ou estão fora da casa dos pais, casados ou não, mas que dependem
financeiramente dos pais. Vou expor
algumas:
1.
Filhos
usuários que com o uso continuo “sob controle” da maconha desenvolveram também
o transtorno da esquizofrenia. Sem terminarem os estudos, sem preparo para o
trabalho, vivem na casa dos pais em contínua ociosidade.
2.
Filhos
usuários, que depois de muitos casamentos, tendo um filho com cada mulher e não
ficando com nenhuma, com dificuldades na profissão, voltaram para dentro da
casa dos pais e continuam o uso “sob controle”.
3.
Filhos
usuários, que com o uso continuo de uma ou mais droga ilícita, somada ao uso da
bebida, já tiveram filhos e não assumiram; os avós que criam. Hoje vivem às
custas dos pais em outra união conjugal, sempre com comportamentos
disfuncionais de agressividade e depressões.
4.
Filhos
usuários, que com o uso sob controle da maconha e bebida, casaram, tiveram
filhos, conseguiram se formar, sempre com dificuldades na profissão e no
sustento da família vivem dependendo da ajuda da família dos pais. No lar
dificuldades de relacionamentos.
5.
Filhos
usuários, “sob controle”, conseguiram se
formar, já tiveram trabalho com carteira registrada; já passaram o susto de terem
provocado uma falsa gravides, hoje vivem na casa dos pais, sem nenhuma
perspectiva.
6.
Filhos
usuários, “sob controle” morando na casa dos pais, faz algum trabalho
profissional, de tempo em tempo, para ter seu “dinheirinho”. Se sujeita, temporariamente às regras da
casa, depois “apronta”... é mandado embora de casa. Fica fora por algum tempo,
na necessidade faz promessas de mudança; é aceito de volta e tudo se repete.
7.
Filhos
usuários, que trazem consigo outros transtornos mentais. Em casa, seus
comportamentos agressivos, colocam em risco a própria família que por
necessidade se sentem na obrigação de interna-los. Vão para a clínica, melhoram,
recebem a alta, e voltando repetem os comportamentos inadequados.
8.
Filhos
usuários, “sob controle”, com mais
transtornos conseguem se formar num curso superior, passam em concursos
públicos, tomam posse e trabalham;
outros conseguem o exercício de uma profissão. Fazem bons casamentos e tem filhos. Todos
continuam com seus comportamentos inadequados, passam por muitas crises
emocionais, financeiras e de relacionamentos. Os pais vivem a temer o que possa
acontecer de pior. É como viver em cima
de uma corda bamba, ou em cima de um terreno minado. Até quando?!
Assim as
situações vão se multiplicando. Quanto mais avançam em idade, mais arredios
ficam à qualquer tratamento. Como será o capítulo seguinte?
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA
CONVERSAÇÃO
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