INQUIETAÇÕES E
LEMBRANÇAS
José
Vanin Martins – Agosto 2019
3-
Minha primeira nomeação
Fui
nomeado padre coadjutor de meu irmão que já tinha 13 anos como padre. Ele era o
vigário, dinâmico e também muito querido. Imaginem dois padres irmãos tomando
conta da mesma paróquia. Ele me deu todo apoio para inovar e trabalhar.
A
Igreja tinha sido recentemente construída. Uma verdadeira obra de arte. Era
grande em forma de uma cruz quadrada. Cabem 1.500 pessoas sentadas. O altar era
“cristocêntrico”, bem no meio da Igreja. Sua construção demorou apenas três
anos; um recorde; desmentiu o “disse que disse” que os padres nunca terminam
logo a construção da Igreja, para terem sempre como pegar o dinheiro do povo.
Tornei-me um artista, ou evangelista para dar
conta de proclamar o evangelho para tanta gente. Como conseguir atenção das
pessoas sentadas nos quatro lados da Igreja! Talvez também tenha perdido um pouco da minha
voz. Naquela época ninguém falava de “fonoaudiólogo”.
Já
tentei inovar desde o começo. Mesmo, em meio a uma Igreja tão grande e, o mesmo
nas capelas, Igrejas pequenas, tentava envolver as pessoas, questionando e
dando lhes vez e voz na hora do “sermão”. Participação era a palavra chave.
Nada do padre ser o “dono” do evangelho. Acreditassem e compreendessem a
proposta de Jesus e nada de acreditar na palavra do “padre”. Era, sou e sempre
procurarei ser um servidor da Palavra de Jesus. Estava tudo no começo.
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA
CONVERSAÇÃO
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