JESUS DOS DOMINGOS
Mc 6,6b-13
Domingo passado participei de
duas missas, de dois padres bem diferentes; um conseguiu ser mais teológico e
de tudo que falou, perguntei depois ao companheiro que me acompanhava, sobre o
que ficou em você do sermão do padre. Ele não me soube dizer, e confesso que também
pouco me lembrava, porque pouco me servia.
O segundo padre foi pastor, e se uniu aos doze e caminhou com Jesus
pelas ruas do Brasil de hoje. Muito me ficou gravado e deixou um desafio para
fazer igual.
Lí e reli o evangelho. Foi
depois de ter ensinado pelos povoados, depois de ter constatado a vida que o
povo levava, que Jesus viu a urgência de também enviar seus discípulos em
missão de serviço. Nesse contexto Jesus foi bem claro: vocês vão DOIS A DOIS,
com poder de expulsarem os espíritos maus. O que fizeram os discípulos? Eles foram e anunciaram que todos deviam se
arrepender de seus pecados, expulsavam espíritos maus e curavam muitos doentes,
pondo azeite na cabeça deles.
O trabalha de dois em dois dá
mais forças e mais discernimento. Vão descobrir que é a discórdia, a desunião,
o espírito do mau que enfraquece a caminhada do povo. Qual é o azeite que deve
ser colocado na cabeça do povo para curar suas doenças? – É o azeite do bom relacionamento
que cria laços de solidariedade.
Na minha compreensão é esse o
trabalho que Jesus espera para os dias de hoje. Ontem como hoje, para realizar
essa tarefa, o discípulo não precisa do templo, de comida, de sacola para fazer
“coletas” e nem de dinheiro. Precisam tornarem-se amigos das famílias para
serem bem aceitos por elas, criando entre
elas laços do amor solidário.
FICO A PENSAR, como vencer o sedentarismo que nos leva ficarmos dentro da segurança dos templos esperando a chegada do povo? O que nos leva querer primeiro a segurança dos estudos, do dinheiro, do templo, para depois pensar na missão? O que nos leva a ter medo da rua e da hospitalidade nas casas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário