segunda-feira, 12 de julho de 2021

JESUS DOS DOMINGOS

JESUS DOS DOMINGOS

Mc 6,6b-13

 

                Domingo passado participei de duas missas, de dois padres bem diferentes; um conseguiu ser mais teológico e de tudo que falou, perguntei depois ao companheiro que me acompanhava, sobre o que ficou em você do sermão do padre. Ele não me soube dizer, e confesso que também pouco me lembrava, porque pouco me servia.  O segundo padre foi pastor, e se uniu aos doze e caminhou com Jesus pelas ruas do Brasil de hoje. Muito me ficou gravado e deixou um desafio para fazer igual.

                Lí e reli o evangelho. Foi depois de ter ensinado pelos povoados, depois de ter constatado a vida que o povo levava, que Jesus viu a urgência de também enviar seus discípulos em missão de serviço. Nesse contexto Jesus foi bem claro: vocês vão DOIS A DOIS, com poder de expulsarem os espíritos maus. O que fizeram os discípulos?  Eles foram e anunciaram que todos deviam se arrepender de seus pecados, expulsavam espíritos maus e curavam muitos doentes, pondo azeite na cabeça deles.

                O trabalha de dois em dois dá mais forças e mais discernimento. Vão descobrir que é a discórdia, a desunião, o espírito do mau que enfraquece a caminhada do povo. Qual é o azeite que deve ser colocado na cabeça do povo para curar suas doenças? – É o azeite do bom relacionamento que cria laços de solidariedade.

                Na minha compreensão é esse o trabalho que Jesus espera para os dias de hoje. Ontem como hoje, para realizar essa tarefa, o discípulo não precisa do templo, de comida, de sacola para fazer “coletas” e nem de dinheiro. Precisam tornarem-se amigos das famílias para serem bem aceitos por elas,  criando entre elas laços do amor solidário.

                FICO A PENSAR, como vencer o sedentarismo que nos leva ficarmos dentro da segurança dos templos esperando a chegada do povo? O que nos leva querer primeiro a segurança dos estudos, do dinheiro, do templo, para depois pensar na missão? O que nos leva a ter medo da rua e da hospitalidade nas casas? 

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