PADRE CASADO NÃO É
“CONTAMINOSO” - 8
José Vanin Martins – Fevereiro
20201
A Igreja
conserva o celibato, porque sabe com “sabedoria e astúcia” premiar o
celibatário, dando-lhe exclusividade no exercício do poder sacro (sobre os
sacramentos) e administrativo da igreja. Oferece igualmente aos padres um
status de honra e segurança econômica sobre todos os homens e mulheres; Dá aos
padres, bispos e até ao papa ares de sacralidade que os tornam maiores do que
os anjos e os afastam do mundo e, em especial da impureza da mulher. .
Tudo contribui para que a maioria, dos fiéis,
especialmente as mulheres fiquem caladas. Com o fim do celibato, desconfio que
a igreja ainda manterá a proibição da ordenação da mulher por alguns motivos: a- O apego ao puro e o medo do impuro
está enraizado no pensamento e costumes da igreja; b- O medo de perder “o status, o lucro e as vantagens” obtidas pelo
celibato; c) terá que rever a sua
compreensão e posição prática na questão de gênero; d) terá que rever o dogma da imaculada conceição, dado à Maria,
porque não é a virgindade (o celibato) que torna a pessoa mais ou menos digna,
sagrada; e) terá que rever a
sexualidade e seu prazer, não apenas em função da procriação, e sim, dádiva de
Deus, para alimentar a felicidade e a comunhão.
A visão machista e antropocêntrica continua
considerando a mulher como pessoa da segunda classe. A maioria dos celibatários
têm medo da ascensão e emancipação da mulher, porque perderiam seu poder e seu
status.
O CEBI e o IHU Instituo Humanitas – UNISINOS, DIVULGARAM a CARTA
ABERTA DAS MULHERES À HIERARQUIAS DA IGREJA CATÓLICA no dia 31/03/2020. Creio
que deva ser um documento de leitura obrigatória para todos, especialmente os
das comunidades eclesiais e os membros da teologia da libertação.
Será que
dentro da Igreja, há padres que ainda pensam se sobressaírem pelo celibato
sobre as demais pessoas, homens e mulheres da “segunda classe”?
Dando
ouvidos e o coração para a mensagem de Jesus, esse problema, ainda é pequeno,
diante da necessidade de uma BOA NOVA para os OPRIMIDOS, EMPOBRECIDOS,
INJUSTIÇADOS nesse mundo TÃO DESIGUAL. A mulher está mais sensível para essa
conversão. Vamos fermentar essa reflexão.
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