PADRE CASADO NÃO É
“CONTAMINOSO” - 2
José Vanin Martins – Janeiro
20201
Tive
a felicidade de me casar em 1977, ainda o CONCILIO nem tinha acabado. Apesar,
da ditadura no Brasil, para a Igreja os tempos eram outros. JOÃO XXIII, O PAPA
DO CONCÍCLIO teve como sucessor o papa PAULO VI.
Meu bispo e toda Igreja esperava que ele
incentivasse os novos ventos trazidos pelo Concilio. Foi ao contrário, Paulo
VI, com muita “sabedoria” começou o desmanche do Concílio de maneira prudente e
continuada. Os seus sucessores seguiram o mesmo exemplo; de um modo, todo
especial, o PAPA EMÉRITO, BENTO XVI.
Com
o PAPA FRANCISCO sopram novamente os bons ventos. Com o SÍNODO PARA A AMAZONIA,
devido à complexidade da região, renasceu a esperança que homens com família
constituída se tornassem padres.
Pouco
antes do Concílio, O Papa, diante de suas limitações, no governo de uma igreja
conservadora, -principalmente por parte da grande maioria do alto e baixo
clero-, deu um primeiro tímido passo, mudando o conteúdo e a linguagem do
RESCRITO que era até humilhante e ofensivo para o padre que quisesse se casar.
Vejamos a nova linguagem e normas do NOVO RESCRITO:
1.
Facilitar que faça, como leigo, serviços úteis à comunidade,
conforme os dons recebidos de Deus e seja bem acolhido.
2.
Poderá exercer a
função de diretor ou encarregado de ensinar disciplinas teológicas e nos
Institutos de estudos inferiores que dependam da autoridade eclesiástica.
3. Pode realizar as funções eclesiásticas que não
requerem a Ordem sacra.
4.
Poderá ensinar
religião em Instituições similares que não dependem da autoridade eclesiástica.
5.
Não pode
desempenhar funções formativas nos Seminários ou em Institutos equivalentes.
6.
Enviar um breve relatório a esta Congregação
sobre a recepção do Rescrito e sobre as perspectivas do clérigo dispensado e a
reação na sua comunidade eclesial.
O novo RESCRITO,
(item 5) ainda reflete, o pensamento da maioria conservadora, que o padre
casado é um perigo para os seminaristas e a prevenção é evitar que eles
lecionem nos seminários.
No item 6,
reflete a insegurança pela presença do padre casado na paróquia. Permanece o
interesse constante em conhecer a reação dos paroquianos.
A esperança que
a Igreja dispense o celibato, para quem queira ser padre nasceu com o Concílio
Vaticano II (1.965) e, é sabotada até hoje, completam 56 anos de espera, Por
que isso não acontece? Vamos pensar juntos na busca dessa resposta!
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