A REDE EMOCIONAL (3)
José
Vanin Martins – Fev 2.019
Vamos ver
alguns retratos destes pais, com filhos dependentes na faixa dos quarenta anos,
ainda presos na rede emocional, adoecidos emocionalmente.
Há pais de
filhos desajustados, que tiveram filhos
com diferentes mulheres sem se comprometerem com nenhuma, deixando para seus
pais, muitas vezes as consequências do sustento ou da pensão alimentícia.
Há pais que por amor aos netos, acreditam que
eles se encontram dentro de sua rede de proteção. Assim motivados pelos netos,
socorrem os filhos em suas necessidades, alimentando sua dependência. Estes
filhos levam a vida familiar conforme suas escolhas; não tomam consciência que
seus filhos já crescidos, necessitam de pais melhores. Ainda também, continuam
em muitas e diferentes situações dependentes financeiramente.
Há pais que
estão empobrecidos, porque investiram seus bens, até seu sustento financeiro,
nos filhos na tentativa de protegê-los em suas “burradas”, ou pior ainda em
suas penalidades diante da lei.
Há pais adoecidos, físico e emocionalmente por
acreditarem que ainda não fizeram de tudo na proteção de seus filhos.
Há pais que
não conseguem se libertar da vergonha de terem filhos com a doença da
dependência química e tudo fazem para esconderem a doença de seus filhos,
salvando assim a própria reputação.
Há pais envolvidos de corpo e
alma no trabalho profissional, no trabalho voluntário e vida social, indo além,
dos limites físico-emocionais, como fuga, para “salvarem” a imagem de seu nome.
de sua família e de seu filho dependente.
Há pais com
o relacionamento conjugal prejudicado. Não conseguem mais falarem a mesma
linguagem sobre o relacionamento com o dependente. Alguns até já se separaram por estarem presos em diferentes redes
de proteção.
Dá para se
libertarem desta rede emocional? Os filhos ainda conseguirão ser o sonho que
sonharam e deixarão de ser o pesadelo que tanto temem?
Os pais,
por primeiro, precisam de se libertar desta rede emocional. Só depois, já libertos,
terão o seu próprio lugar respeitando o lugar escolhido pelos seus filhos. Como
se trata de um envolvimento doentio crônico é preciso o apoio contínuo do grupo de auto e mútua ajuda.
Há pais que
com serenidade, e amor incondicional, libertos de todas as amarras da rede
emocional, ficam ao lado do filho e enfrentam todos os preconceitos. Conhecem a
verdadeira dimensão da doença com as respectivas manipulações do doente. Por ser também uma doença espiritual, se alimentam
com uma espiritualidade libertadora que é de grande valia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário