A FAMÍLIA
DISFUNCIONAL
José
Vanin Martins – Fev. 2020
Existe
família disfuncional? O que é uma família disfuncional?
A maioria
das famílias têm dificuldades em admitir que seja disfuncional. Até mesmo,
algumas de suas causas, tornam-se “virtudes” a serem preservadas e
incentivadas. O número de famílias disfuncionais é bem maior do que se imagina
e são dentro delas que nascem e/ou crescem filhos desajustados, possibilitando
assim, uma das causas da dependência química. A família usa de máscaras e
sorrisos para exibir o melhor retrato possível.
A família
torna-se disfuncional quando são movidas pelos EXCESSOS. Excessos de consumismo
de todas as formas de bens, de trabalho profissional; de envolvimento social, político
e ou voluntário; de práticas religiosas; de interferências de parentes ou
“amigos”, na sua vida, com as melhores das intenções.
São estes EXCESSOS que colocam a família, célula
básica e principal da sociedade, num segundo plano e geram:
1. uma
família permissiva e a substituição do o
afeto pelos presentes.
2. um ambiente hostil de convivência, onde há:-
- o cansaço, o estresse e o mutismo;
- a vontade de sempre ter mais, o excesso de consumismo e
exibicionismo;
- a falta de alegria, esperança e bom humor;
- a conversa áspera, desrespeitosa e até agressiva nas
palavras e gestos;
- a incompreensão acompanhada da desconfiança;
- as lamúrias, queixas, acusações;
- a atenção voltada para os defeitos, por menores que sejam;
- a falta de observação dos valores de cada um.
São EXCESSOS
quando uma destas atividades ou a sua soma minam
pouco a pouco:
- o tempo para a escuta atenta, o diálogo respeitoso e
transparente entre o casal;
- o tempo para a observação das virtudes, atitudes assertivas e
declará-las para elevar a autoestima;
- o tempo para o relacionamento afetivo e descontraído entra
o casal e do casal com os filhos;
- o tempo para o exercício da espiritualidade que me leva
aceitar as diferenças e o exercício dos valores espirituais: amor, confiança, perdão,
cooperação, cuidado, solidariedade e partilha;
- o tempo para o descanso, a ociosidade, o lazer a dois e
com a família;
- o tempo para a cumplicidade, o carinho, à satisfação da
libido, prazer essencial, na manutenção da vida conjugal.
Tudo isto
se torna mais fácil quando vivermos a ordenança de Jesus: “Tudo o que vocês desejam que os outros façam
a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas.» Mt
7,12. Agora, procuro sempre ficar atento para tornar a minha família cada
vez mais funcional.
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