sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020


A FAMÍLIA DISFUNCIONAL
José Vanin Martins – Fev. 2020

            Existe família disfuncional? O que é uma família disfuncional?
            A maioria das famílias têm dificuldades em admitir que seja disfuncional. Até mesmo, algumas de suas causas, tornam-se “virtudes” a serem preservadas e incentivadas. O número de famílias disfuncionais é bem maior do que se imagina e são dentro delas que nascem e/ou crescem filhos desajustados, possibilitando assim, uma das causas da dependência química. A família usa de máscaras e sorrisos para exibir o melhor retrato possível. 
            A família torna-se disfuncional quando são movidas pelos EXCESSOS. Excessos de consumismo de todas as formas de bens, de trabalho profissional; de envolvimento social, político e ou voluntário; de práticas religiosas; de interferências de parentes ou “amigos”, na  sua vida,  com as melhores das intenções.
            São estes EXCESSOS que colocam a família, célula básica e principal da sociedade, num segundo plano e geram:
1.      uma família permissiva e  a substituição do o afeto pelos presentes.
            2.   um ambiente hostil de convivência, onde há:-
- o cansaço, o estresse e o mutismo;
- a vontade de sempre ter mais, o excesso de consumismo e exibicionismo;
- a falta de alegria, esperança e bom humor;
- a conversa áspera, desrespeitosa e até agressiva nas palavras e gestos;
- a incompreensão acompanhada da desconfiança;
- as lamúrias, queixas, acusações;
- a atenção voltada para os defeitos, por menores que sejam;
- a falta de observação dos valores de cada um.
            São EXCESSOS quando uma destas atividades ou a sua soma minam pouco a pouco:
- o tempo para a escuta atenta, o diálogo respeitoso e transparente entre o casal;
- o tempo para a observação  das virtudes, atitudes assertivas e declará-las para elevar a autoestima;
- o tempo para o relacionamento afetivo e descontraído entra o casal e do casal com os filhos;
- o tempo para o exercício da espiritualidade que me leva aceitar as diferenças e o exercício dos valores espirituais: amor, confiança, perdão, cooperação, cuidado, solidariedade e partilha; 
- o tempo para o descanso, a ociosidade, o lazer a dois e com a família;  
- o tempo para a cumplicidade, o carinho, à satisfação da libido, prazer essencial, na manutenção da vida conjugal.
            Tudo isto se torna mais fácil quando vivermos a ordenança de Jesus:  “Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas.» Mt 7,12. Agora, procuro sempre ficar atento para tornar a minha família cada vez mais funcional.

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