LEMBRANÇAS, CRENÇAS, COBRANÇAS,
ESPERANÇAS E MUDANÇAS
05- O
MAIOR PECADO
José Vanin Martins – janeiro 2019
Cresci
tendo medo de pecar. Mas o que é pecar. Como criança era até difícil confessar.
A lista era sempre a mesma: desobedeci meus pais; brinquei durante a aula;
briguei com... (eh! Que brigas); menti... e não me lembro o que mais. Mas havia o pecado mortal. Este nem pensar. O
que era? Faltar missa aos domingos. Na minha família nem pensar.
Agora
me vêm à lembrança duas cenas de minha infância. A primeira aconteceu dentro de
um paiol de milho que havia no fundo do quintal. Devia medir uns três metros
quadrados. Quando não estava muito cheio gostava de brincar lá dentro. Uma
manhã, lá pelos meus 5-6 anos foi brincar com uma vizinha da mesma idade (!?),
Estava brincado de ser médico e ia consulta-la. Tudo dentro da maior inocência.
Minha mãe, com seu sétimo sentido, foi ver. Sem nada perguntar, gritou, mandou
a menina embora e começou nervosa jogar espigas de milho em mim. Fiquei
chorando, assustado e aí descobri o que talvez fosse o pecado mortal.
A
segunda aconteceu quando assustado, deveria ter meus sete anos, encontrei uma
calcinha “com sangue” da minha irmã adulta, deixada ou caída por acaso no chão
do quarto. Naquele tempo não devia haver absorventes íntimos. Fiquei assustado
pensando que minha irmã estivesse gravemente doente. Fui comunicar à minha mãe,
que ficou ruborizada, assustada e simplesmente me disse: “isto é coisa de
mulher; sua irmã não está doente; vai brincar”. Por muito tempo fiquei pensando
o que seria coisa de mulher.
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA
CONVERSAÇÃO
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