NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS,
GRITAR RESOLVE?
Fui marinheiro de
primeira viagem. Tive apenas curiosidade de ler poucos livros que me orientasse
sobre a educação dos filhos. Quis ser um pai exigente e errei na dosagem dos
gritos. Confesso que falhei no processo educativo. Será que meus filhos estão repetindo o
exemplo? Parei, pensei, pesquisei e
encontrei muita sabedoria para colaborar na educação de meus netos. Coloco a
disposição de pais e avós dos dias de hoje.
Hoje, a grande maioria
dos pais não bate nos filhos. Isto já é um avanço. Mas, muitos substituíram “a
surra”, “as palmadas” pelos gritos. Li e concordo: “Não, não existem gritos por
amor”. Grito quando já perdi meu domínio emocional e com ele a minha
autoridade. O grito de raiva não educa.
Gritar não muda
comportamento de filhos, não cria convicções. Cria apenas o medo. É triste os
filhos terem medo dos próprios pais. Gritar ou bater é sempre uma solução de
curto prazo. Com a repetição provoca mais mal do que bem. Começa a surgir
dentro de casa o ambiente nocivo de medo e gritaria. Quem grita mais alto? Os
filhos começam a gritar de volta.
O mais triste, é que
muitas vezes quando gritamos, perdemos o controle e acrescentamos aos gritos “xingamentos”
ou palavras depreciativas que diminuem a alto estima de nossos filhos. Este é o
maior prejuízo que cria o vazio da afetividade.
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