21- A INDISPENSÁVEL PRÁTICA DO AMOR
- 1
José Vanin Martins –
Diante de um
excluído, de alguém abandonado na beira das estradas, de um pedinte que chega na
porta de minha casa, dos milhares de excluídos pela falta de pão, de água, de
vestuário, de casa, de saúde e de liberdade, me afasto deles, cada vez mais. O
simples fato de não morar na periferia, já é uma das razões, de não ver de
perto o sofrimento do povo.
Viajando de carro, não é
tão raro encontrar um andarilho, andando maltrapilho, com um saco nas costas,
onde leva toda sua riqueza. Posso até ter compaixão, mas não paro o carro; se
parasse o que iria fazer?
Jesus, toma posição
diante dos acontecimentos. Ao doutor da Lei que tentou Jesus perguntando: “O
QUE DEVO FAZER PARA RECEBER EM HERANÇA A VIDA ETERNA? Jesus diz que a resposta
já está na Bíblia; o mestre da Lei, bem conhecia o primeiro mandamento: “«Ame o
Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua
força e com toda a sua mente; e ao seu próximo como a si mesmo.» Jesus lhe
disse: «Você respondeu certo. Faça isso, e viverá!» Até aí tudo bem; sei quem é
Deus, é um só e todo poderoso a quem amo. Mas quem é meu próximo?
Jesus, conta um fato
corriqueiro e verdadeiro. Fala de um homem assaltado, ferido e abandonado. Eu e
você já ouvimos relato ou até presenciamos um fato semelhante. A novidade no
fato, é que Jesus, logo aponta, um sacerdote e um seminarista que passaram pela
estrada, viram o homem abandonado e nada fizeram. Padre e seminarista desciam
do templo; com certeza estavam felizes, porque tinham cumprido a obrigação
religiosa.
Foi um samaritano, que
não frequentava o templo, por isso mesmo, desprezado pelos judeus, que parou,
cuidou do homem e o levou para um lugar seguro e se prontificou pagar as
despesas do tratamento.
Com esse fato, Jesus
desmascara a prática religiosa dos sacerdotes, seminaristas e minha, que presto
culto a Deus, e me esqueço dos abandonados pelas estradas da vida. Para
completar seu ensinamento, agora é Jesus quem pergunta: “«Na sua opinião, qual
dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? O
especialista em leis respondeu: «Aquele que praticou misericórdia para com
ele.» Então Jesus lhe disse: «VÁ, E FAÇA A MESMA COISA.»
-FICO A PENSAR:-
1. Minha prática
religiosa, ao sair da Igreja, me permite desviar dos necessitados?
2. As lideranças
religiosas de hoje, bispos, padres, pastores cuidam dos abandonados encontrados
em seus caminhos? Como esse exemplo
auxiliaria na transformação da sociedade.
3. Não dá para
fugir, não basta a prática religiosa; só a prática do amor incondicional é
condição de vida eterna.
4. A vida eterna,
não se ganha como herança pela prática dessa ou daquela religião. A vida eterna
é para todos, é dádiva do PAI. Agora, a melhoria de vida para todos, aqui na
terra, depende de meu compromisso e prática solidária e social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário