sábado, 17 de julho de 2021

A INDISPENSÁVEL PRÁTICA DO AMOR - 1

 

21- A INDISPENSÁVEL PRÁTICA DO AMOR  - 1

José Vanin Martins –

            Diante de um excluído, de alguém abandonado na beira das estradas, de um pedinte que chega na porta de minha casa, dos milhares de excluídos pela falta de pão, de água, de vestuário, de casa, de saúde e de liberdade, me afasto deles, cada vez mais. O simples fato de não morar na periferia, já é uma das razões, de não ver de perto o sofrimento do povo.

            Viajando de carro, não é tão raro encontrar um andarilho, andando maltrapilho, com um saco nas costas, onde leva toda sua riqueza. Posso até ter compaixão, mas não paro o carro; se parasse o que iria fazer?

            Jesus, toma posição diante dos acontecimentos. Ao doutor da Lei que tentou Jesus perguntando: “O QUE DEVO FAZER PARA RECEBER EM HERANÇA A VIDA ETERNA? Jesus diz que a resposta já está na Bíblia; o mestre da Lei, bem conhecia o primeiro mandamento: “«Ame o Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força e com toda a sua mente; e ao seu próximo como a si mesmo.» Jesus lhe disse: «Você respondeu certo. Faça isso, e viverá!» Até aí tudo bem; sei quem é Deus, é um só e todo poderoso a quem amo. Mas quem é meu próximo?

            Jesus, conta um fato corriqueiro e verdadeiro. Fala de um homem assaltado, ferido e abandonado. Eu e você já ouvimos relato ou até presenciamos um fato semelhante. A novidade no fato, é que Jesus, logo aponta, um sacerdote e um seminarista que passaram pela estrada, viram o homem abandonado e nada fizeram. Padre e seminarista desciam do templo; com certeza estavam felizes, porque tinham cumprido a obrigação religiosa.

            Foi um samaritano, que não frequentava o templo, por isso mesmo, desprezado pelos judeus, que parou, cuidou do homem e o levou para um lugar seguro e se prontificou pagar as despesas do tratamento.

            Com esse fato, Jesus desmascara a prática religiosa dos sacerdotes, seminaristas e minha, que presto culto a Deus, e me esqueço dos abandonados pelas estradas da vida. Para completar seu ensinamento, agora é Jesus quem pergunta: “«Na sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? O especialista em leis respondeu: «Aquele que praticou misericórdia para com ele.» Então Jesus lhe disse: «VÁ, E FAÇA A MESMA COISA.»

-FICO A PENSAR:-

1. Minha prática religiosa, ao sair da Igreja, me permite desviar dos necessitados?

2. As lideranças religiosas de hoje, bispos, padres, pastores cuidam dos abandonados encontrados em seus caminhos?  Como esse exemplo auxiliaria na transformação da sociedade.

3. Não dá para fugir, não basta a prática religiosa; só a prática do amor incondicional é condição de vida eterna.

4. A vida eterna, não se ganha como herança pela prática dessa ou daquela religião. A vida eterna é para todos, é dádiva do PAI. Agora, a melhoria de vida para todos, aqui na terra, depende de meu compromisso e prática solidária e social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário