LEMBRANÇAS E REFLEXÕES José Vanin Martins
14- A REALIDADE SÓCIO-ECONOMICA DO PEREIRA JORDÃO.
O
Pereira Jordão era um dos bairros mais pobres de Andradina. Lá não tinha
chegado água encanada e esgoto, como também não havia iluminação nas ruas e nem
em todas as casas.
As
atividades econômicas mais importante eram: uma Granja de Ovos, uma máquina de
beneficiar arroz e um curtume. O comércio era muito fraco, alguns pequenos
armazéns e muitos pequenos bares. A grande parte dos trabalhadores encontravam
serviço na barragem de Urubupungá que estava na fase final. Os trabalhadores
eram chamados de “barrageiros” e já viviam na insegurança do emprego.
No
bairro não havia nenhuma escola pública e muito menos particular que oferecesse
o primário, o ensino básico, muito menos o segundo grau. A grande maioria
contentava-se com o ensino do primário. Os mais corajosos ousavam fazer o
ginásio e o segundo grau. Até para o curso ginasial exigiam o exame de admissão
que era pago; assim poucos tinham a oportunidade de estudar.
A
parte de lazer, cinema, clubes, piscinas, quadra de esportes, campo de futebol,
só nos outros bairros da “classe mais alta”. Os poucos jovens que tinham
trabalho, era no comércio, ou como servente de pedreiro, ou aprendiz de alguma
profissão...
A
parte rural da paróquia, pertencente ao Pereira Jordão, era formada por
pequenas chácaras de verdureiros, pequenos sitiantes, muitos pequenos
arrendatários e, todos trabalhando para o pão de cada dia. Seus filhos jovens,
com sacrifício, à maioria à pé, vinha estudar na cidade. Tinha três capelas:
Barro Preto, Campestre e uma na grande fazenda da Primavera.
O
grande desafio de todos é como seria o dia de amanhã. Não havia associações,
exceto um sindicato dos trabalhadores rurais, com uma atuação satisfatória.
Ninguém
tinha plano de saúde; quando precisavam era recorrer à santa casa ou algum
posto de saúde fora do bairro.
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