segunda-feira, 10 de agosto de 2020

IMAGINÁRIO DE UM PAI

 

IMAGINÁRIO DE UM PAI

José Vanin Martins – Agosto 2020.

 

            Fui e sou filho, hoje sou pai e meus filhos já se tornaram pais e eu me tornei avô. Esse foi o caminho: meu pai, eu como filho, eu como pai, e agora vejo meus filhos, os pais de meus netos.

            Já tinha doze anos, em 16 de agosto de 1953, quando no Brasil, pela primeira vez aconteceu a celebração do dia dos pais; iniciativa de Sylvio Bhering, publicitário, diretor do Jornal o GLOBO e da Rádio Globo; finalidade social e comercial e em seguida a data ficou fixada no 2º. Domingo de agosto. Só entrei nessa onda de celebração, depois de adulto.

            Como a maioria dos pais, tornei-me pai, já adulto e passei pelas fases dos 25 a 45 anos, 46 a 60 anos e hoje como idoso continuo e sempre serei pai, com a nova experiência de ser também avô. Como filho, nasci quando ainda não havia conflito de gerações. Como pai, vivi e vivo a crise do conflito entre muitas e diferentes gerações. Meus filhos nasceram dentro da geração X (anos 70 a 81...) e geração Y (fins de 80 e início dos 90) e os meus netos já fazem parte da geração Z (anos 2000) e da última geração considerada Alfa (a partir de 2010).

            Mas mesmo antes dessa classificação e divisão de gerações com seus conflitos, o pai de ontem como também o de hoje, são desafiados para educarem seus filhos. Não é fácil ser pai ou ser filho; o conflito parece existir desde que o mundo é mundo.

            Em todos os tempos, os pais assertivos, atenderam as seguintes exigências:

1.     Prover as necessidades dos filhos; (a. material para que tenham saúde; b. educacional para que tenham escolaridade; c. emocional para que tenham equilíbrio; d. espiritual para que tenham valores.

2.     Criar sentimento de pertença à família e a seus valores;

3.     Amar, criando sempre tempo de escuta; respeitar seus sentimentos;

4.     Indicar caminhos e valores;

5.     Estar atento aos limites de cada um e ouvir suas dificuldades;

6.     Incentivar a espiritualidade como luz para o caminho do bem;

7.     Valorizar suas conquistas;

8.     Dar liberdade de escolhas e responsabilidade pelas mesmas;

9.     Ser compassivo ao corrigir desvios de conduta, sempre com respeito;

10.  Lembrar sempre que o exemplo não é o melhor caminho, é o único caminho.

Hoje, cada vez mais cedo, os filhos vivem se socializando, seja pela mídia, seja pela experiência de pequenos grupos, onde a aprendizagem acontece pela embriagues grupal.

Não há um manual para ser pai; cada filho, em cada fase e em cada tempo, tem suas necessidades; Numa sociedade tão conflitiva, ser pai, exige a humildade da aprendizagem em grupo de pais, onde a troca de experiência possa acontecer de maneira consciente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário