2020 – DIA DO TRABALHADOR
José
Vanin Martins
O que celebrar no DIA DO TRABALHADOR
em tempo de PANDEMIA?
Celebrar denunciando, a cara de pau
dos políticos, empresários, que mais uma vez, com a desculpa de uma pandemia,
acabam arrancando as migalhas de ganhos dos trabalhadores, registrados ou não.
Exigir a quarentena sim, sem prejudicar em nada os trabalhadores.
Os trabalhadores são os mais
explorados, espoliados, prejudicados, roubados e, ainda são enganados, pela
migalha dos seiscentos reais, como se isto fosse um gesto de bondade, de
misericórdia da classe política e patronal. Ao lado dos trabalhadores
registrados, há também a classe dos microempresários, donos do pequeno
comércio, ambulantes, taxistas e tantos outros mais, de “pires nas mãos”, aguardando
alguma dádiva dos que se consideram os donos poderosos do dinheiro.
Vamos celebrar a dedicação de todos
os trabalhadores da saúde. Sem as condições necessárias colocam suas vidas em
risco para salvarem vidas.
Fui olhar e fiquei estarrecido com o
que vi. A soma dos 20 maiores patrimônios dos senadores e deputados federais é
de 1,18 bilhão de reais. (Edson Sardinha – Congresso em Foco – 19/02/2019).
A soma dos patrimônios dos dez empresários mais ricos do Brasil é de 408,71
bilhões de reais. (Revista Veja –economia - 25 sets/2019). Entre eles tem um tal de Jorge Paulo Lemann,
que para o orgulho dos brasileiros, tornou-se o homem mais rico do Brasil no mundo.
A soma da riqueza acumulada no mundo, roubada dos trabalhadores, faz falta para
a ciência e necessidades básicas dos trabalhadores, e é responsável por todas pandemias
e demais calamidades que já existem e ainda irão existir. “A raiz de todos os
males é o amor ao dinheiro”. (1Tim 6,10) O que esse pessoal entende de pobreza?!
Você ouviu políticos falarem de
baixar seus salários e encaminharem a parte como doação para o combate do
coronavírus? Ainda não ouvi.
Maria, mãe de Jesus, vê um caminho
que Deus indica: “derrubar do trono os poderosos e elevar os humildes; aos
famintos encher de bens, e despedir os ricos de mãos vazias.” (Lc 1,52-53)
Esses políticos ainda terão o nosso voto?! O voto pode ser uma maneira
democrática de realizar esse projeto, sem derramamento de sangue. É preciso o
pobre confiar mais no pobre e votar no pobre, sempre atento para que esse pobre
não tenha o dinheiro como seu Deus (Lc 16,13).
Nenhum comentário:
Postar um comentário