INQUIETAÇÕES E
LEMBRANÇAS
José Vanin Martins – Novembro
2019
,
1. 3- O SALÃO
(GALPÃO) QUE VEIO DA BARRAGEM
Por
quanto tempo ficaríamos nesta situação de ter a sede da paróquia num espaço
coberto com folhas de coqueiro? Podia até ser romântico, mas não era tão
funcional. Não tinha e não tenho costume de registros com fotos... Mas tenho
saudades.
A
barragem como chamava, a construção da Usina elétrica de Urubupungá já estava
no fim. Estava desmantelando os muitos galpões que serviram na construção para
alojamentos dos trabalhadores e outras finalidades. Meu irmão Padre Vicente que
bem se relacionava com os engenheiros e a direção da construção da usina
pleiteou e conseguiu a doação do material de um destes galpões para o
salão-igreja da nova paróquia. As tesouras dos galpões vieram montadas.
Precisaríamos
dos esteios para a sustentação. Ainda foi graças ao meu irmão que os esteios de
aroeira foram doados pelo gerente da Fazenda do Estado. Tudo que veio da Usina
foi reaproveitado: madeiramento, ripas, os vitros, telhas e pouco a pouco o grande
salão foi aparecendo. Foi feito o piso, a parte elétrica tudo à toque de caixa.
Aquilo que demoraria anos... Em pouco tempo tornou se realidade, Separada, mas
emendada ao salão foi construída uma pequena capela de oração, onde ficava o
sacrário e cabiam umas quinze pessoas. Na porta da capela foi dependurada uma
placa de madeira na qual para quem entrava estava escrito: AQUI SE ENTRA PARA
ADORAR A DEUS e do lado de dentro para quem saia estava escrito: DAQUI SE SAI
PARA AMAR O IRMÃO.
No
centro da parede atrás do altar foi colocada uma linda imagem de madeira de JESUS,
O BOM PASTOR, especialmente confeccionada para a capela, como presente das
irmãs da família Silva e, na lateral, uma pequena imagem, também de madeira, réplica
da imagem de Nossa Senhora Aparecida, que era de minha mãe.
Quando
aconteceu a inauguração? Já não me lembro da data, mas no “LIVRO DO TOMBO” que
está na Paróquia tem tudo registrado. Será que alguém registrou com uma
fotografia?
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA
CONVERSAÇÃO
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