INQUIETAÇÕES E
LEMBRANÇAS
José
Vanin Martins – Agosto 2019
4-
PARTE FINANCEIRA
Hoje me vem a lembrança e
interrogações de como sobrevivi financeiramente. Por incrível que pareça até os
25 anos, quando o bispo me ordenou padre nunca tive problema financeiro. Quem
me sustentou dos 12 anos aos 25 anos?
Acredito
que uma pessoa comum, um jovem, de todas as épocas, estaria lutando para sua
sobrevivência e pensando numa segurança econômica para o seu futuro. Eu
simplesmente estava num seminário, onde nunca faltou comida e onde minha
família não me deixava faltar roupas e calçados. Quem pagava os meus estudos? A
Igreja? Pagava para que eu estudasse! Tive de tudo e nada tive. O meu “pé de
meia” era o que eu estudei e, já era muito.
Nos
meus primeiros três anos como padre, fui morar com a minha família que também
morava em Andradina. Continuei não me perguntando de onde vinha o meu sustento
financeiro. Afinal comia, bebia, me vestia e quem pagava tudo isto? Comida,
roupa e cama, nunca me pesaram. Agora respondo, era a paróquia onde meu irmão
era o vigário.
O
dinheiro deveria vir das ofertas, das campanhas, das quermesses, dos dízimos
que os leigos conseguiam com seus trabalhos. A paróquia deveria ter uma
diretoria financeira. Sei que meu irmão padre era trabalhador, bom
administrador e estrategista. Construiu a maravilhosa Igreja da Paróquia com
várias salas e um grande salão paroquial, como já escrevi em apenas três anos;
Criou uma associação (ASA= Associação Social Andradinense) que construiu uma
creche; dava todo apoio para manutenção do asilo e zelava de muitas famílias
pobres.
BRASA QUENTE NA FOGUEIRA DA
CONVERSAÇÃO
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