quarta-feira, 29 de novembro de 2017

INTERROGAÇÕES PROVOCATIVAS
José Vanin Martins – 29/11/2017

            Quando o filho está na “ativa”, no uso constante da droga, os pais vivem em “parafuso” procurando por todos os meios uma saída. Alguns gastam o que têm e o que não têm com o filho. Pagam traficantes e mantêm o consumo da droga quer de maneira direta, quer de maneira indireta. E o filho cada vez mais “se invernando” no mundo das drogas. Alguns que podem chegam a gastar fortunas. Tudo em vão.
            Quantas e quantas internações. Cada saída uma nova esperança e os pais dadivosos, recompensam os filhos com um novo carro e ofertas de novas possibilidades que o reconduzem  ao vício.
            Finalmente o  filho chega à abstinência e começa o processo da sobriedade. Quantos anos foram de vício? 5, 10, 20, 30 ou mais anos?  A experiência diz que o mesmo tempo de uso será o tempo da conquista da sobriedade. Este mesmo tempo passa a ser contado do primeiro dia de abstinência. Supondo que o filho iniciou o uso com 15 anos e por mais 15 anos viveu no vício; agora com 30 anos, começa o processo de mais 15 anos para poder dizer, que está sóbrio.
            É um longo processo e as etapas não podem ser queimadas.
            Reconquistar o tempo perdido. É na soma do arrependimento, do trabalho, da espiritualidade, da sociabilização, do respeito, da humildade, da gratidão, da solidariedade que consegue dia a dia a conquista da sobriedade.
            E OS PAIS? – Igualmente têm uma vida de codependentes. Sempre comportando-se  como muletas para os filhos. Não sabem viver sem eles ou “melhor” sem a dependência deles. Como conviver com a situação de filhos abstêmios em processo de busca da sobriedade?.
            Os pais estão cansados. Alguns têm mais de um filho dependente. Tanto o gasto emocional como também o gasto financeiro está esgotado.
            O filho em processo de sobriedade cobra por apoio financeiro mais do que o apoio emocional. Acredita que ele tem este direito mais do que o outro ainda na “ativa”.  O pai fica numa “sinuca de bico”.   Como fazer?
            Endividado, pagando cheque especial e empréstimos, fez o que pode, por dois anos, pelo filho em processo da busca de  sobriedade. Como gerenciar agora o déficit emocional e financeiro? Tem o direito de descanso e receber o carinho e não a cobrança?!

            VENCER TODA A CODEPENDÊNCIA DOS FILHOS PARA TER UMA VIDA SAUDÁVEL EMOCIONAL E FINANCEIRA  É O MELHOR CAMINHO PARA TODA E QUALQUER SOBRIEDADE.

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