segunda-feira, 9 de outubro de 2017

29-  AMAR, O MELHOR CAMINHO – AMOR-EXIGENTE    José Vanin Martins
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SÉRIE  D-  10º.  PRINCÍPIO:  2 – A ESSÊNCIA DA FAMÍLIA REPOUSA NA COOPERAÇÃO, NÃO SÓ NA CONVIVÊNCIA  – PRINCÍPIO COOPERADOR
COM ENFOQUE EU E O OUTRO
1.     VER –
Como vejo o outro? O outro é sempre um mistério, mesmo os nossos filhos e aqueles com quem mais convivemos. Sempre vejo a aparência do outro e nem sempre a aparência revela o que ele está sentindo ou pensando. A aparência não revela a essência. No grupo familiar, marido e mulher se escolhem e querem uma experiência duradoura de vida a dois. Casam-se, supondo que tudo dará certo e que o outro escolhido, é a melhor escolha. Os dois não são parentes. Unem-se por um contrato. Já os filhos não são escolhidos, exceto em caso de adoção. Mas querer gerar o filho foi uma decisão e o filho sempre nasce dentro de uma caixa de surpresa que aos poucos vai se revelando. Filho é parente, é o mais próximo e normalmente o mais amado. É sangue de nosso sangue.
2.     Família é um processo construtivo. Nem o contrato civil, nem o casamento religioso, torna num passe de mágica, a família pronta. O primeiro valor a ser construído é o da cooperação. O casamento nunca pode tornar-se a soma do egoísmo de cada um. Cooperar sempre deixa uma parte para o outro realizar  ou para realizar com o outro. No início, a cooperação é à dois e em seguida vai-se multiplicando ou somando na medida em que os filhos nascem e crescem. Precisam, desde pequeninos, crescerem com a ideia de cooperação.
3.     Mais que convivência, o que constrói uma família é a cooperação. A cooperação nasce do afeto, da admiração, da gratidão, do respeito. Na cooperação reconheço-me como incompleto. Na realização da vida não é bom estar só. O outro é a minha parte inacabada, é para sempre meu auxiliar Gen 2,18.22.24). Sem o outro não existe a construção da família e é à família, enquanto família, pais e filhos se somando na cooperação que fazem surgir a força necessária para a construção do mundo.  Quando falta a cooperação, pode desaparecer a convivência, e a casa tornar-se apenas um amontoado de gente que se atrapalha.
4.     A grande aprendizagem começa pela admiração. Admirar as qualidades encontradas no outro que me levou a querer casar. Esta admiração deve ser para sempre. Depois admirar as qualidades que a criança dia a dia vai revelando. Agradecer a cada momento o bem do outro.  O outro é sempre um bem, uma riqueza. O outro não é meu concorrente, é a minha complementação. Sempre a admiração e gratidão devem ser acompanhadas do respeito. O outro ainda é um mistério inacabado. Ele tem muito mais para revelar e devo ser a parte que lhe completa para que a sua revelação sempre mais me surpreenda.
5.     AVAILIAR
        -  Observo, admiro o outro como parte necessária da minha realização?
- A minha família define-se mais por um amontoado de gente, por simples convivência ou pela cooperação?
- Em casa, já me portei como única do mundo com a responsabilidade de tudo fazer?
- As qualidades do outro me atrapalham, me ajudam ou são indiferentes?

6.     AGIR
- Observar, admirar e declarar para o outro as suas qualidades e riquezas.
- Fazer a listagem de todos os trabalhos dentro de casa e distribuí-los conforme a idade e o tempo de cada um, respeitando quando possível suas aptidões.
- Em casa, no trabalho, na sociedade, na Igreja tomar iniciativa de cooperar.


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