29- AMAR, O MELHOR CAMINHO – AMOR-EXIGENTE José Vanin
Martins
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SÉRIE
D- 10º. PRINCÍPIO:
2 – A ESSÊNCIA DA FAMÍLIA REPOUSA NA COOPERAÇÃO, NÃO SÓ NA
CONVIVÊNCIA – PRINCÍPIO COOPERADOR
COM ENFOQUE EU E O
OUTRO
1. VER –
Como vejo o outro? O outro é sempre um mistério, mesmo os
nossos filhos e aqueles com quem mais convivemos. Sempre vejo a aparência do
outro e nem sempre a aparência revela o que ele está sentindo ou pensando. A
aparência não revela a essência. No grupo familiar, marido e mulher se escolhem
e querem uma experiência duradoura de vida a dois. Casam-se, supondo que tudo
dará certo e que o outro escolhido, é a melhor escolha. Os dois não são
parentes. Unem-se por um contrato. Já os filhos não são escolhidos, exceto em caso
de adoção. Mas querer gerar o filho foi uma decisão e o filho sempre nasce
dentro de uma caixa de surpresa que aos poucos vai se revelando. Filho é
parente, é o mais próximo e normalmente o mais amado. É sangue de nosso sangue.
2.
Família é um processo construtivo. Nem o contrato
civil, nem o casamento religioso, torna num passe de mágica, a família pronta.
O primeiro valor a ser construído é o da cooperação. O casamento nunca pode
tornar-se a soma do egoísmo de cada um. Cooperar sempre deixa uma parte para o
outro realizar ou para realizar com o
outro. No início, a cooperação é à dois e em seguida vai-se multiplicando ou
somando na medida em que os filhos nascem e crescem. Precisam, desde
pequeninos, crescerem com a ideia de cooperação.
3.
Mais que convivência, o que constrói uma família é a
cooperação. A cooperação nasce do afeto, da admiração, da gratidão, do
respeito. Na cooperação reconheço-me como incompleto. Na realização da vida não
é bom estar só. O outro é a minha parte inacabada, é para sempre meu auxiliar Gen
2,18.22.24). Sem o outro não existe a construção da família e é à
família, enquanto família, pais e filhos se somando na cooperação que fazem
surgir a força necessária para a construção do mundo. Quando falta a cooperação, pode desaparecer a convivência,
e a casa tornar-se apenas um amontoado de gente que se atrapalha.
4.
A grande aprendizagem começa pela admiração. Admirar as
qualidades encontradas no outro que me levou a querer casar. Esta admiração
deve ser para sempre. Depois admirar as qualidades que a criança dia a dia vai
revelando. Agradecer a cada momento o bem do outro. O outro é sempre um bem, uma riqueza. O outro
não é meu concorrente, é a minha complementação. Sempre a admiração e gratidão
devem ser acompanhadas do respeito. O outro ainda é um mistério inacabado. Ele
tem muito mais para revelar e devo ser a parte que lhe completa para que a sua revelação
sempre mais me surpreenda.
5. AVAILIAR
- Observo, admiro o
outro como parte necessária da minha realização?
- A minha família
define-se mais por um amontoado de gente, por simples convivência ou pela
cooperação?
- Em casa, já me
portei como única do mundo com a responsabilidade de tudo fazer?
- As qualidades do
outro me atrapalham, me ajudam ou são indiferentes?
6. AGIR
- Observar, admirar
e declarar para o outro as suas qualidades e riquezas.
- Fazer a listagem
de todos os trabalhos dentro de casa e distribuí-los conforme a idade e o tempo
de cada um, respeitando quando possível suas aptidões.
- Em casa, no
trabalho, na sociedade, na Igreja tomar iniciativa de cooperar.
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