sábado, 24 de dezembro de 2016

É NATAL, DEUS NÃO SE DEIXA ENGAIOLAR.
José Vanin Martins – 24/12/2.016
               No princípio antes que existissem o céu e a terra, antes que o mundo existisse DEUS já era. O mundo foi criado por Deus e no mundo Deus criou o ser humano, o minúsculo pensante. O minúsculo pensante sempre quis conhecer sua origem e como ser criado começou a perguntar pelo seu criador.
               Num determinado momento da história, Abraão começou a ter uma nova explicação e uma nova experiência de relacionamento para e com o seu criador. Sua descendência foi aumentando e todos continuaram a mesma busca de encontrar respostas para a explicação de sua própria história. Assim nasceu a história de um povo que se considerava diferente de todos os outros povos. Este povo considerava-se povo de Deus, povo escolhido de Deus, povo “privilegiado” de Deus.
               Foi dentro da história deste povo que aconteceu a presença de um homem chamado JESUS, que se disse DEUS, filho de DEUS e que viveu AMANDO E FAZENDO O BEM. As autoridades religiosas deste povo em cumplicidade maléfica com as autoridades dominadoras de seu tempo julgaram, condenaram e mataram este JESUS que segundo vários testemunhos oculares RESSUSCITOU dentre os mortos.   
               Os outros povos continuaram também com suas próprias explicações. O homem, minúsculo pensante sempre quis encontrar a explicação de sua origem.
               Nasci no Brasil depois que o mundo já era mundo há milhões de anos e nasci dentro da história de uma família. Esta família tinha absorvido a religião católica como a única, a melhor e verdadeira explicação dos relacionamentos do homem com Deus, através de Jesus. Já encontrei, como certa, toda explicação do relacionamento do homem com Deus “engaiolada” dentro desta religião. Ouvia falar de outros relacionamentos “errados” com Deus de outros povos. Perto de minha família havia também outras pessoas que se relacionavam com o nosso mesmo Deus de Jesus, mas já de maneira diferente.
               Cresci dentre desta família com esta religiosidade e fui para o seminário e estudei para ser padre. Dentro desta instituição fui reforçado na crença de ser a minha religião “católica” a única e verdadeira seguidora fiel dos ensinamentos de Jesus.
               Como minúsculo ser pensante pelos estudos e pela convivência conheci outras pessoas de outros povos e outras religiões com outras explicações em busca de Deus. Lembrei-me então do ensinamento de JESUS que disse: “os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e verdade. Porque são estes os adoradores que o Pai procura. 24 Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade. » João 4,23-24. A verdade de Deus não dá para ser “engaiolada”.
               Deste JESUS o que mais me chama atenção e me desafia é o seu mandamento: “Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. 35 Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos. » Jo 13,34-35. Jesus foi bem claro e categórico: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. 13 Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos. 14 Vocês são meus amigos, se fizerem o que eu estou mandando.”  Jo 15,12-14.
               E QUEM SÃO OS OUTROS?  É o próprio Jesus quem nos dá a resposta apontando o homem assaltado, abandonado e socorrido pelo Samaritano Lc 10,25-37; é o pobre Lázaro na porta do rico Lc 16,19-31; são todos os que sofrem as seis necessidades: fome, sede, nudez, desalojado, doente e prisioneiro Mt,25,31-39.

               Hoje é NATAL. Não estou em nenhuma gaiola religiosa. Fico feliz quando contemplo pessoas de todas as religiões procurando humildemente seguir os ensinamentos e a prática de vida de JESUS. 

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