sábado, 11 de junho de 2016

DECIDIR – 8
 21/05/2.016

            Há tempo procuro a melhor explicação para esta afirmação de Jesus: “você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la. 19 Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que você ligar na terra será ligado no céu, e o que você desligar na terra será desligado no céu...» (Mt.26).
Como católico ouvi muitas explicações em defesa da própria instituição.  Agora encontrei no teólogo e historiador Eduardo Hoornaert, uma explicação que considero mais evangélica e me satisfez.
            Tento expor o pensamento do Eduardo. Ele explica que o conhecimento que Jesus tinha da palavra Igreja era a do contexto do seu tempo.  A palavra Igreja vem do grego (ekklésia) que é uma tradução do termo hebraico ‘knesset’ que significa sinagoga.  Jesus era judeu, pensava como judeu e estava diante de Pedro que também era judeu. O evangelho nos mostra Jesus pregando muitas vezes nas sinagogas, onde não havia a figura do sacerdote e sim do “rabi” = mestre.
            “As sinagogas são orientadas por lideranças naturais. Não há ordenação, nem imposição das mãos, nem hierarquia”. Neste sentido, o povo das aldeias, chamava Jesus de Mestre. O Rabi não pertence a alguma corporação. Seu vínculo fundamental é a com a comunidade (aldeia) local. Jesus nos evangelhos nunca foi chamado de sacerdote.
            Certamente, Jesus neste momento estava pensando na sua nova Igreja (sinagoga), liderada por pescadores e camponeses levando a nova mensagem do Evangelho.   Jesus dá a Pedro, e a cada novo Rabí,  o cuidado para que o poder da morte (exploração, ditadura,  egoísmo, individualismo,  doenças, injustiça, fome e...)  não prevaleça sobre seu pequeno rebanho. Vamos construir este sonho-projeto em cada célula, em cada grupo de CEBs, em cada grupo de fé,  igreja (sinagoga).



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