domingo, 4 de julho de 2010

AINDA É TEMPO


Cada vez mais o vício da droga mata nossos filhos, nossos sonhos e cada vez mais cedo. Foram tantos anos de trabalho, de noites sem dormir, de sonhos, de estudos.
Eles deixaram de ser testemunhas oculares de como se cresce e se faz na vida para ostentarem contra nós sua rebeldia e sua marginalidade.
O exemplo que oferecíamos exigia toda nossa atenção para nossos trabalhos, nossos estudos, nossas aquisições, nossos títulos, nossas reuniões e nossos amigos. Éramos pessoas em busca de realização querendo ainda mais. Nossos filhos já teriam meio caminho preparado. O dia de amanhã nunca chegou.
Esquecemos que uma só coisa é necessária e, que à cada dia, bastam as suas preocupações. A coisa necessária é a perda de tempo, é o tempo de escuta das necessidades, da ansiedade, dos medos, das emoções do filho criança que cresce. Faltou-nos tempo.
Pensávamos, que seria natural, nossos filhos seguirem nossos exemplos. Afinal, filho de peixe peixinho é... e, nos esquecemos que no mar da vida tubarões ferozes, revestidos de golfinhos seduziam nossos filhos para águas e praias mais prazerosas.
É difícil nos reconstruirmos, nos tornarmos pessoas mais simples e menos ambiciosas; usarmos de nosso tempo para aquilo que é essencial: a escuta dos nossos filhos. Por que não começarmos agora?!

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