A HORA SEMPRE
CHEGA - a
José
Vanin Martins – Dez 2020
Já
no mês dos oitenta, posso dizer, que vi a chegada da hora, a morte, das mais
diferentes formas: doença, hospitalizado, de coma, suicídio, acidente,
de-repente, dormindo, conversando, de férias, trabalhando, jogando e, das mais
diferentes idades: recém nascidos, criança, adolescente, jovem, adulto jovem, adulto
idoso.
Já
vi e participei de correntes de oração a favor da vida contra a morte. No
começo da corrente pensamentos positivos: ele vai sarar, ele vai recuperar, vai
dar tudo certo, tenha fé; depois de mais algum tempo, vem a resignação, seja
feita a vontade Deus, Deus sabe o que é melhor para ele; finalmente a
aceitação: foi melhor assim, ele descansou, estava sofrendo muito, é um descanso
também para a família, se ele sarasse e ficasse sequelas...
Vivenciei
muitos casos; num deles, os pais eram de dentro da Igreja e seu filho, um
menino, uma criança de quatro anos apenas ficou doente; foi hospitalizado,
médicos com dificuldades de encontrarem um diagnóstico; família, parentes,
amigos e toda uma Igreja, outras igrejas, foi uma grande corrente de oração,
foram dias e mais dias, mas a criança veio a falecer. Revolta dos pais, porque
Deus permitiu isto? Porque não ouviu as orações? Era uma criança linda,
inocente, tinha a vida toda para frente e Deus a levou. Por que?
Com
temor, ouço dar o meu pensamento a partir da Bíblia:
1. “Eu não sinto prazer com a
morte de ninguém - oráculo do Senhor Deus (Ez
18,32).
2. “Sim,
Deus criou o homem para ser incorruptível e o fez à imagem da sua própria
natureza. Mas, pela inveja do diabo, entrou no mundo a morte, que é
experimentada por aqueles que pertencem a ele” (Sab 2,24).
3. “Eu vim para que tenham
vida, e a tenham em abundância (Jo 10,10).
4. Jesus diante de sua morte:
a- Sentiu a tristeza e a
aflição de morte e por três vezes pediu para Pedro, Tiago e João, seus discípulos mais próximos, orarem para não caírem em tentação. (Mt 26 36-37; Mc 14,32-42; Lc
22,39-46)
b- Jesus, enquanto seus
discípulos dormiam, orou três vezes pedindo ao Pai para afastar o cálice do
sofrimento e, nas três vezes orou aceitando a vontade do Pai. (Mt 26,39.42.44; Mc 14,36.3941; Lc
22,42-46)
c-
Já pregado na cruz se sentiu abandonado pelo Pai (Mt 27,46; Mc 15,34) .
d-
Sem perder a confiança no Pai, quando chegou a hora, Jesus deu um forte grito:
Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Dizendo isso, expirou (Mt 27,50; Mc 15,36-37; Lc 21,46)
Pedro
nos fala que Jesus experimentou a morte, sem ter pertencido ao diabo; “levou
nossos pecados em seu corpo sobre a cruz para que morrêssemos para o pecado e
vivêssemos para a justiça (1Ped
2,19-24)”. Orar pela vida do doente é comprometer-se no trabalho da
justiça, para melhorar a qualidade de vida para todos aqui na terra.
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