QUEM VAI MUDAR PRIMEIRO
José Vanin Martins – Maio 2019
Já
faz tempo que dura a quebra de braço. Filhos já adultos, alguns já casados,
administrando o uso da droga lícita ou ilícita, outros em abstinência, muitos
mantendo defeitos de caráter, outros morando ainda na casa dos pais mantendo em
constante pé de guerra o relacionamento familiar,
Os
pais continuam inconformados. Perguntam até quando? A cruz parece e é pesada
demais. Com tanta caminhada e esperança, parecem esquecer que a doença é progressiva
e incurável. O USO PODE SER CONTROLADO. Mas a doença consiste na compulsão e
obsessão pelo uso da substância química, do alimento, do jogo, do sexo, dos defeitos de caráter e grande
dificuldade nos relacionamentos.
Os
filhos estão igualmente inconformados, Desistem facilmente da medicação Até que
muitas vezes querem parar o uso e alguns
até conseguem. Querem uma nova vida e se esforçam. Vivem na dificuldade de
se aceitarem como portadores da dependência
química e de outros transtornos mentais. Questionam até quando a família, especialmente
a mãe, vai deixar de pegar no pé. ELES ACREDITAM NELES.
Psiquiatras,
psicólogos e religiosos buscam entre agulha no palheiro a melhor maneira de
tratamento. É uma doença complexa e exige um tratamento multiprofissional
envolvendo a família.
Existe
luz no fundo do túnel? Sim Deus, que não
desacredita da pessoa e ama, mesmo quando não correspondido, tem um amor
compassivo, porque amou, perdoou até seus inimigos. Deus acredita em todos os
membros da família. Só Deus conhece as possibilidades de cada um, Quem ama, não
revida, não fica cobrando, aprende cuidar do doente, sabe viver e deixa o outro
viver. É preciso acreditar no outro, SEM CRIAR EXPECTATIVAS, deixar que ele assuma
sua vida e as consequências de seus atos.
É
difícil aceitar que a nossa parte no tratamento só consiste em AMAR, construindo no lar um ambiente despoluído da tristeza, das
comparações, das meias palavras, das dúvidas e SEMEAR fé, esperança, alegria,
humor, otimismo, respeito, paz, compreensão.Tudo mais depende dele.
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