quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

NIVELAR POR BAIXO

            O mundo pode ser melhor e será. O mundo é novo. Quando o mundo tornar-se adulto, ajuizado muitas coisas acontecerão e o novo mundo surgirá. Mas por agora, paciência. É hora de se indignar e, se possível fazer a nossa pequena parte.
            A dependência química lícita ou ilícita é a poluição da mente, é a crença que em sã consciência nada posso fazer, então o melhor é me refugiar com alguma substância que me leva do sonho, da euforia, da ilusão, do falso oportunismo para sentir-me capaz de viver num mundo onde a poluição real está minando todo e qualquer valor.
            Sou daqueles que acredito no valor do espírito e nos valores espirituais que representam a honestidade, o respeito, a dignidade, o esforço, a disciplina, a solidariedade, a justiça, a partilha, tudo isto como fruto do valor maior: O AMOR. Sou capaz de amar. Amar custa.
            Sou daqueles que ainda se indaga como o mundo será novo, se toda a tecnologia está à serviço da poluição, da violência, da destruição. E esta tecnologia já tomou conta de quase todas as famílias. A criança, desde pequena, na grande maioria, não sabe fazer outra coisa a não ser ligar o computador para se poluir na infinidade de jogos de violência. O jogo todo, só polui e qual erva daninha entra na mente e no coração penetrando no mais íntimo do espírito toda carga de maldade. No mundo do asfalto nem mais se sabe o que é uma erva daninha, o que é um joio.
            A criança pequena, segue o irmão que está tornando-se ou já tornou-se jovem e o filho jovem é fruto do exemplo do pai jovem e alucinado que morre de trabalhar para oferecer estes desvalores dentro da própria casa ou na casa dos avós que ficam paralisados ou admirados diante da agilidade dos netos no domínio desta tecnologia.
            O mundo, a sociedade, está como os donos dos grandes capitais querem: trabalhando em silêncio, sem reação alguma, facilitando o espaço e as organizações de corrupção, para o enriquecimento cada vez mais de menos pessoas, de um grupo seleto. Sente-se privilegiada quando surge um MORO na esperança que uma andorinha só fará o verão de uma nova era.
            O salário dos grandes poderes judiciário, legislativo e executivo já se tornou direito adquirido e sagrado. A grande fortuna de meia dúzia de empresários já se tornou acima de todos os impostos. Resta sangrar ainda mais o pequeno tirando os poucos direitos do trabalhador e de sua previdência.
            De vez em quando, há uma rebelião nos presídios sub-humanos, nas famílias de militares, num grupo limitado de jovens estudantes e a mídia toda bem orquestrada fala e coloca seus holofotes na “selvageria” de atitudes limitadas.  

            Fico a pensar o que será do mundo quando toda esta selvageria que está sendo semeada nas mentes, no espírito e no coração desta nova geração vier a explodir. Gostaria de não ficar apenas a pensar, mas a fazer alguma coisa além de orar. 

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