NIVELAR
POR BAIXO
O mundo pode ser melhor e será. O
mundo é novo. Quando o mundo tornar-se adulto, ajuizado muitas coisas
acontecerão e o novo mundo surgirá. Mas por agora, paciência. É hora de se
indignar e, se possível fazer a nossa pequena parte.
A dependência química lícita ou
ilícita é a poluição da mente, é a crença que em sã consciência nada posso
fazer, então o melhor é me refugiar com alguma substância que me leva do sonho,
da euforia, da ilusão, do falso oportunismo para sentir-me capaz de viver num
mundo onde a poluição real está minando todo e qualquer valor.
Sou daqueles que acredito no valor
do espírito e nos valores espirituais que representam a honestidade, o
respeito, a dignidade, o esforço, a disciplina, a solidariedade, a justiça, a
partilha, tudo isto como fruto do valor maior: O AMOR. Sou capaz de amar. Amar
custa.
Sou daqueles que ainda se indaga
como o mundo será novo, se toda a tecnologia está à serviço da poluição, da
violência, da destruição. E esta tecnologia já tomou conta de quase todas as
famílias. A criança, desde pequena, na grande maioria, não sabe fazer outra
coisa a não ser ligar o computador para se poluir na infinidade de jogos de
violência. O jogo todo, só polui e qual erva daninha entra na mente e no
coração penetrando no mais íntimo do espírito toda carga de maldade. No mundo
do asfalto nem mais se sabe o que é uma erva daninha, o que é um joio.
A criança pequena, segue o irmão que
está tornando-se ou já tornou-se jovem e o filho jovem é fruto do exemplo do
pai jovem e alucinado que morre de trabalhar para oferecer estes desvalores
dentro da própria casa ou na casa dos avós que ficam paralisados ou admirados
diante da agilidade dos netos no domínio desta tecnologia.
O mundo, a sociedade, está como os
donos dos grandes capitais querem: trabalhando em silêncio, sem reação alguma,
facilitando o espaço e as organizações de corrupção, para o enriquecimento cada
vez mais de menos pessoas, de um grupo seleto. Sente-se privilegiada quando
surge um MORO na esperança que uma andorinha só fará o verão de uma nova era.
O salário dos grandes poderes
judiciário, legislativo e executivo já se tornou direito adquirido e sagrado. A
grande fortuna de meia dúzia de empresários já se tornou acima de todos os
impostos. Resta sangrar ainda mais o pequeno tirando os poucos direitos do trabalhador
e de sua previdência.
De vez em quando, há uma rebelião
nos presídios sub-humanos, nas famílias de militares, num grupo limitado de
jovens estudantes e a mídia toda bem orquestrada fala e coloca seus holofotes
na “selvageria” de atitudes limitadas.
Fico a pensar o que será do mundo
quando toda esta selvageria que está sendo semeada nas mentes, no espírito e no
coração desta nova geração vier a explodir. Gostaria de não ficar apenas a
pensar, mas a fazer alguma coisa além de orar.
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