sexta-feira, 11 de julho de 2014

Conversando – Ela está chegando
DIÁRIO DA MANHÃ `12/6/2014 
JOSÉ VANIN MARTINS
A droga, silenciosamente vai entrando em todas as casas.  Antes  pensava que a droga somente entrasse nas famílias desestruturadas ou fosse usada por marginais.
Hoje toda família pode conviver com um membro dependente químico; pode ser família empobrecida,  família da classe média,  família da classe alta;  famílias de baixo nível de escolaridade; famílias de doutores; famílias de prática religiosa e com sólidos princípios.  Nenhuma família está isenta de conviver com um dependente de droga.  A droga se tornou a epidemia do final de milênio e se projeta para o domínio do próximo. 
Numa primeira reação as famílias apavoradas se perguntam: em que errei?... Não adianta buscar resposta a esta pergunta. Ninguém errou.  Somos responsáveis. A culpa deixa a família imobilizada.
Temos que ter o bom senso e agir com rapidez. Nada de vergonha ou falso moralismo. Muitas famílias que podem, querem esconder o problema e colocam seus filhos em clínicas de alto custo, debaixo do maior sigilo. Por quanto tempo a redoma salvará?
Estamos diante de um doente, portador da doença da Adição. e doença é caso de política pública.  O governo timidamente está dando os primeiros passos, sejam bem vindos. É preciso a soma  de toda organização da sociedade civil para minimizar o avanço desta epidemia.
Adição é uma doença complexa reconhecida e classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com o código CID-10. Já atinge 10% da população mundial:

Adição -  “Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente apesar das suas conseqüências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações”. É uma doença bio-psico-sócio e espiritual. Vamos continuar esta conversa?

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